Foto: reprodução/Editora Intrínseca

Resenha | A República do Dragão aborda consequências da guerra

A República do Dragão, continuação de A Guerra da Papoula, desenvolve o poder da protagonista em um cenário cruel e próximo da realidade

 

Após o sucesso que foi A Guerra da Papoula, de R. F. Kuang, considerada uma das 100 melhores fantasias pela revista Times, sua continuação, A República do Dragão, mantém a qualidade e traz uma protagonista ainda mais segura dos seus poderes.

Com uma escrita poderosa, rica em detalhes e repleta de críticas sociais, a autora continua a jornada da protagonista Rin, dessa vez em busca de vingança e da salvação de seu povo. Os dois primeiros volumes da trilogia já foram lançados e a editora Intrínseca anunciou que o lançamento do último livro está perto de acontecer!

 

Sobre a obra

Imagem: reprodução/Twitter @intrinseca

 

Após a vitória na Terceira Guerra da Papoula, as províncias estão atoladas em miséria, destruição e os conflitos ainda estão longe de terminar. A população sabe que no Império Nikara a paz é apenas uma ilusão, o desespero está instaurado e todos depositam esperança na garota que conjura as chamas, Fang Runin.

Seguindo os acontecimentos do primeiro livro, os personagens precisam lidar com os novos e perigosos conflitos. Rin salvou o Império da Federação de Mugen usando seus poderes xamânicos, porém esse ato também foi a causa de muitas atrocidades, já que o fogo atingiu uma vasta região. A culpa a corrói por dentro e o único jeito de silenciá-la um pouco é com o uso do ópio, que se torna um vício.

Agora, a garota tem uma missão em vista: se vingar da Imperatriz, que traiu a nação. Com a ajuda de aliados já conhecidos e de novos, como o líder da Província do Dragão, Rin precisará arquitetar um plano perfeito, enquanto tenta se proteger de conspirações. A República do Dragão retrata as consequências da guerra e como a sede por dominação pode despertar as piores atitudes.

 

A República do Dragão

Foto: reprodução/Instagram @intrinseca

 

Acompanhar o desenvolvimento de Rin ao longo do primeiro volume já havia sido incrível. O poder que exala das cenas em que ela está em ação nos faz desejar ler mais e mais sobre a guerreira e seus amigos. É aí que chega A República do Dragão, uma sequência necessária, que nos conecta ainda mais com a história.

Se antes Rin estava tentando entender todas as mudanças em sua vida, agora, apesar de ainda ter muitas perguntas, encontramos uma versão sua mais decidida e mais conectada com seus poderes, mostrando seu grande desenvolvimento. Revisitar os personagens traz um ar de nostalgia e, assim como a garota repete algumas vezes durante o livro, certos acontecimentos do passado parecem até momentos de outra vida.

Com uma escrita que consegue passar a atmosfera de cada momento inflamante e com críticas sociais importantes sobre a China e os tempos de guerra, R. F. Kuang retrata momentos tensos e cenas fortes sobre a destruição pós-guerra e a incansável jornada da luta pela paz e igualdade.

 

Mensagens, reflexões e momentos marcantes

O livro também nos faz refletir que nem sempre as pessoas que estão ao nosso redor são completamente confiáveis, algumas apenas fingem ser. Em contrapartida, também reforça o poder da verdadeira amizade, como a de Rin e Kitay e, também, a magnitude do xamanismo.

A ganância por terras e comando traz disputas de tirar o fôlego e mais uma vez os personagens ficam à beira da morte, nos tirando o fôlego em capítulos frenéticos. Com diálogos bem construídos, nos aprofundamos ainda mais no universo da trilogia, o que faz a história continuar rica e interessante, dando uma ótima ponte para as cenas do próximo volume.

Foto: reprodução/Instagram @intrinseca

 

Apesar de não ser o foco principal desse enredo, algumas pitadas de romance muito bem construídas também surgem durante as páginas. As despedidas de personagens importantes para a trama são arrebatadoras, assim como a aparição de novos e o retorno de outros que, há muito tempo, não estavam presentes na trama.

Por fim, é impossível deixar de destacar as cenas em que Rin usa asas em chamas, fazendo referência à Fênix, sua deusa. Se as surpresas não paravam de aparecer, essa nova estratégia usada em batalha, quando ela percorre os ares imponente, ganha o coração de quem está lendo.

A força de Rin, seu posicionamento como uma líder e sua bagagem de conhecimentos é inspiradora. O final apresentando a mensagem de que um povo, apesar de estar em frangalhos pela guerra, nunca deixa de lutar pelos seus direitos, também é um encerramento que fascina e nos deixa com ansiedade de devorar o próximo livro.

Você já leu A Guerra da Papoula e A República do Dragão? O que espera do encerramento? Conta para a gente nas redes sociais do Entretê (Facebook, Instagram, Twitter) e nos siga para ler outras resenhas de livros, filmes e séries!

 

*Crédito da imagem de destaque: reprodução/Editora Intrínseca

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