O livro de Taylor Jenkins Reid é um romance incrivelmente emocionante, mas o roteiro de sua adaptação deixa a desejar
Espirituoso. Romântico. Preguiçoso. Decepcionante. Adaptação da história homônima escrita por Taylor Jenkins Reid, Amor(es) Verdadeiro(s) é uma ótima produção para pessoas que compram seus ingressos com o desejo de assistir a um romance dramático, simples e agradável. Com distribuição da Diamond Films, o filme conta com sessões especiais desde 11 de maio e estreia hoje (18) nos cinemas brasileiros.
Amor(es) Verdadeiro(s) conta a história de Emma (Phillipa Soo), que retorna a sua cidade natal para superar o desaparecimento do helicóptero em que estava seu marido, Jesse (Luke Bracey), no dia do aniversário de um ano do casamento. Anos depois, Emma reencontra seu antigo melhor amigo, Sam (Simu Liu), que é secretamente apaixonado por ela. Recém-noivos, Emma sente que sua segunda oportunidade de ser feliz chegou, até ela descobrir que Jesse está vivo.
O roteiro, que é assinado pela autora e seu marido, Alex Jenkins Reid, é o problema mais marcante da adaptação. A opção de estar no presente, retornar ao passado — que poderia ter sobressaído mais, diga-se de passagem — e viajar para o futuro em tons frios, muitas vezes seguidas, não é interessante. O seguimento da montagem não é o mesmo do livro, que, por sua vez, se desenrola na ordem certinha, o que torna o filme previsível, além de perder o entusiasmo do público em momentos importantes da narrativa.
Andy Fickman é o responsável pela direção, mas também não realiza um bom trabalho. Às vezes, é impossível especificar se uma parte da produção teve a edição conduzida em Hollywood ou no CapCut. Sobre a trilha sonora, a sensação é de que colocaram as músicas inteiras para tocar, ao passo que espaços com a dimensão perfeita para aperfeiçoar a conexão de quem está assistindo com os personagens são preenchidos e, oportunidades de fazer a porção de emoção do enredo crescer, perdidas.
Amor(es) Verdadeiro(s) conta com as interpretações de Phillipa Soo, Luke Bracey e Simu Liu como os protagonistas Emma, Jesse e Sam, que não são incríveis, mas também não são ruins, e acertam em cheio individualmente. Soo, Bracey e Liu cumprem exatamente a promessa feita no trailer do filme: um drama romântico que poderia tranquilamente ser reproduzido na Sessão da Tarde.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Diamond Films