o ultimo jogo
Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Pandora Filmes

Resenha | O Último Jogo retrata a rivalidade entre Brasil e Argentina de maneira surreal e cômica

Com roteiro inspirado e adaptado a partir de um livro chileno, O Último Jogo estreia nos cinemas do Brasil no dia 11 de março 

Um filme de produção com tripla nacionalidade: brasileira, argentina e colombiana. O Último Jogo conta a história de dois vilarejos separados por 9 km, a fronteira internacional e uma rivalidade absurda. Com o fechamento de uma fábrica que sustenta a cidade, os arquirrivais vão entrar em campo para se enfrentar pela última vez. O primeiro longa de ficção dirigido por Roberto Studart, estreia no Brasil no dia 11 de março, mas nós, do Entretetizei, já conferimos tudo e vamos te contar nossas percepções.

O clássico antagonismo entre Brasil e Argentina é retratado de uma maneira óbvia, porém com uma roupagem diferente. O roteiro, escrito por Studart e Ecila Pedroso, é baseado no romance El Fantasista, do chileno Hernán Rivera Letelier. Roberto conta que não se imaginou logo de cara adaptando a obra. “Era uma narrativa brilhante, mas não para o cinema.”

Mas, para nossa alegria, quase três anos depois, o diretor mudou de ideia: “E se eu transportasse o livro de Hernán para um universo fantasioso de rivalidade entre Brasil e Argentina, fazendo uma adaptação mais livre?” A adaptação saiu do papel com a distribuição da Pandora Filmes.

narrator o ultimo joogo
Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Pandora Filmes

A trama começa com uma partida acirrada entre Belezura e Guapa, na qual os brasileiros levam a pior. A equipe não vai nada bem e ainda precisa lidar com a realidade do fechamento da fábrica da indústria moveleira que sustenta a pequena cidade, em que todos do time trabalham. Nesse cenário, vencer a última partida contra os argentinos parece ser a única chance dos moradores terem uma grande alegria. 

Então, a narrativa segue com um cruzamento da história de diferentes personagens. Todos eles têm uma coisa em comum: farão qualquer coisa para vencer essa partida, custe o que custar. Eles precisam encontrar um craque para salvar esse jogo. A chegada de um forasteiro, conhecido como O Fantasista (Bruno Belarmino) chama a atenção de todos.

o fantasista
Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Pandora Filmes

Mas ele e sua mulher (Betty Barco) precisam ser convencidos a ficarem até o dia do jogo. Para isso, os moradores inventam uma série de mentiras e envolvem até a polícia nessa missão de fazer o tal Fantasista ficar e jogar pela equipe. Apesar de ter muito da perspectiva masculina, até pelo maior número de personagens desse gênero e pela história aparentar se passar décadas atrás, o filme entrega muitas situações hilárias e um tanto quanto absurdas.

O longa apresenta alguns elementos de realismo fantástico, um gênero típico da América Latina, fazendo parecer que os personagens vivem num universo paralelo. Isso diz muito sobre o filme, dá um ritmo frenético para as partidas, ao mesmo tempo que diverte e choca o espectador

Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Pandora Filmes

Confira o trailer oficial:

Nos bastidores

Em O Último Jogo, as duas partidas de futebol mostradas têm um papel fundamental e Studart define que realizá-las foi algo insano. “Decidi que iríamos filmar os jogos com uma intensidade parecida com a do futebol americano, algumas marras do basquete.” Além disso, o filme contou com moradores da própria cidade como figurantes para diferentes cenas, inclusive as de jogo. “Eles não tinham ideia de como se fazia um filme. Se doaram inteiramente.”

Para a seleção do elenco, que inclui, além de Belarmino, Pedro Lamin e Juliana Schalch, a produção precisou encontrar atores que soubessem jogar futebol. “Existe um surrealismo no humor desse filme e buscávamos algumas características muito específicas no elenco. Não foi fácil. Alguns personagens precisavam jogar bola, caso contrário, as filmagens seriam um inferno, pelo pouco tempo que tínhamos. É claro que no Brasil isso não é exatamente um problema.”, conta Roberto.

Mais sobre o diretor

Roberto Studart fez sua estreia como diretor com o documentário Pra Lá Do Mundo, finalista da 36ª Mostra de Cinema de São Paulo, em 2012. Em 2016, seu segundo documentário, Mad Dogs, participou de diversos festivais internacionais, entre eles o Sheffield Doc Fest (Inglaterra) e o Santa Barbara International Film Festival (Califórnia). Levou ainda o prêmio do público de Melhor Documentário no Maui Film Festival, sendo, em seguida, comercializado em diversos países.

Lembre-se: devem ser tomadas as devidas precauções contra o coronavírus. Confira os protocolos dos cinemas da sua cidade. 

Quer saber mais sobre outros lançamentos do mundo do cinema? Siga o Entretetizei no Twitter, Insta e Face para mais resenhas e notícias do mundo do entretenimento.

 

Você também pode gostar:

 

*Crédito da foto de destaque:  Crédito da foto: Reprodução/Divulgação Pandora Filmes

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!