Relembre os melhores momentos das séries que marcaram este ano
O ano já está quase acabando, mas antes que acabe, nada melhor do que uma retrospectiva para lembrar todo o caminho percorrido até aqui. Foi um ano de muitas produções, tanto de séries quanto de longas-metragens, chegando nos principais streamings do mundo. Entre estreias aguardadas por anos, mistérios que ainda não tínhamos desvendado e novas revelações, teve algumas séries que ficaram em nossos corações, nos emocionaram, nos fizeram refletir, ditaram tendências de moda e comportamento e quebraram a internet com todo o engajamento que o mundo digital, sempre atento, deu para essas produções.
Pensando nisso, o Entretê listou 5 das séries mais marcantes deste ano. Confira:
Stranger Things
Um dos destaques do ano foi a tão aguardada quarta temporada de Stranger Things, que desde o começo chamou atenção pela sua trama bem construída, desenvolvimento de personagens, referências de clássicos do terror/suspense dos anos 80 e trilha sonora, que apresentou muitas músicas para a nova geração. Uma delas foi Running Up That Hill, da cantora inglesa Kate Bush, que ficou no topo das paradas de música depois de décadas.
Quase chegando aos momentos finais dessa história de ficção científica que cativou uma multidão, os roteiristas já começaram a amarrar algumas pontas soltas, focaram em questões que passaram batidas nas outras temporadas mas que fizeram toda a diferença para entender os mistérios de Hawkings. Além disso, apresentou novos personagens que foram fundamentais para a trama e cativantes para o público, como o Eddie Munson (Joseph Quinn), para logo depois partir nossos corações completando a narrativa do herói com um sacrifício pelo bem maior e, claro, a série teve um tom bem mais sombrio do que as outras temporadas. Quem não tomou susto com os ataques do Vecna que atire a primeira pedra.
As quatro temporadas estão disponíveis na Netflix.
Euphoria
Cada geração tem uma série de adolescentes problemáticos que nos marcam e refletem os problemas sociais e culturais da sociedade. A bola da vez é Euphoria, trazendo sempre assuntos desconfortáveis, mas necessários, de uma forma crua, com muito glitter e cenas bem construídas visualmente. E, claro, com ótimas referências de filmes como Diários de Um Adolescente (1995), Kids (1995), Taxi Driver (1976), A Origem (2010), Enter the Void (2009), Cisne Negro (2010), Midsommar (2019), entre outros.
Em sua segunda temporada, alguns personagens ficaram apagados para que outros pudessem ter seu momento no spotlight. Rue (Zendaya) continuou na sua luta contra seus demônios internos e os vícios, e acabou se envolvendo em um triângulo amoroso. Maddy (Alexa Demie) teve seus momentos de dominância, mas o verdadeiro destaque foi Cassie (Sydney Sweeney). Na primeira temporada, a personagem teve destaque, mas foi só com o conflito entre melhores amigas por causa de Nate (Noah de Elordi), que desvendamos o que tinha por trás de sua personalidade romântica.
Entendemos sua dependência emocional, sua raiva e suas motivações. Tudo que era escondido por trás de um sorriso, de uma necessidade de agradar as pessoas e seus looks que traziam a fantasia de menina doce e comportada.
Outra personagem que teve sua vez foi Lexi, interpretada por Maude Apatow, que sempre estava na sombra de sua irmã e resolveu usar as vantagens da timidez – como a observação atenta de tudo que estava acontecendo ao seu redor -, para construir uma peça autobiográfica, além de protagonizar um dos momentos mais leves da série cantando Stand By Me, clássico dos anos 60, com Fezco, interpretado pelo ator Angus Cloud.
Quer relembrar todos esses momentos? A primeira e segunda temporada estão disponíveis na HBO Max.
A Casa do Dragão
Desde o final de Guerra dos Tronos, série que quebrou os recordes de visualização e mudou a forma de se fazer séries na televisão, a fan base estava com um gosto amargo na boca. Uma das características mais marcantes da série, além das mortes de personagens favoritos, era o desenvolvimento dos personagens, e para os fãs o arco narrativo de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) foi mudado nos últimos episódios de uma forma brusca. Foi feita até uma petição para que a HBO apresentasse um final alternativo.
Havia muitos rumores sobre spin-offs após o final do fenômeno televisivo, mas nenhum saiu da sala de roteiro. Alguns estão em desenvolvimento, outros foram descartados já no episódio piloto. Nessa pilha de tentativas sobre o universo fantástico de Westeros, apenas um deles se destacou. Adaptado do livro Fogo e Sangue, de George R.R. Martin, o spin-off A Casa do Dragão se passa 200 anos antes dos acontecimentos da série original, e traz a história da dinastia Targaryen em sua glória em um período que vai do reinado de Viserys I, interpretado por Paddy Considine, até a Dança dos Dragões, episódio que culminou em um massacre, tanto de pessoas, quanto dos dragões que arrancam suspiros dos espectadores.
A luta constante pelo poder e pelo privilégio de sentar no Trono de Ferro continua, mas dessa vez a briga é entre os cabelos platinados, sem profecias de fim de mundo, nem gigantes, nem libertação de povos escravizados. A série segue os mesmos padrões da produção anterior, tanto em roteiro quanto em técnicas de filmagem. A primeira temporada teve diversas reviravoltas, saltos temporais, apresentação de personagens marcantes como Rhaenyra (Milly Alcock, Emma D’Arc) e Daemon Targaryen (Matt Smith), polêmicas, intrigas, mentiras, mortes, e claro, muitos dragões.
Quem aí também estava com saudade de ouvir um ‘’Dracarys’’ nas telas? Só resta aguardar a segunda temporada agora, mas enquanto isso, a primeira temporada está disponível no HBO Max, junto com todas as temporadas de Guerra dos Tronos.
Dahmer: Um Canibal Americano
A Netflix está cada vez mais entregando conteúdos sobre serial killers da vida real, seja em documentários ou séries baseadas em histórias reais, pois, sim, tem um público que adora assistir e entender as motivações por trás das crueldades cometidas por um assassino.
Com toda a polêmica envolvida em sua estreia, a série Dahmer: Um Canibal Americano, criada por Ryan Murphy, trouxe a história de Jeffrey Dahmer, um serial killer responsável por 17 assassinatos entre 1978 e 1991. Misturando realidade e ficção, a produção foca na perspectiva das vítimas do assassino. Dahmer logo se tornou uma das séries mais assistidas da plataforma, e só recentemente teve a sua quantidade de visualizações superadas.
Mesmo com o clima pesado das cenas e conteúdo, o que não faltou foi conteúdo humorístico (os famosos memes) com a cena que Dahmer força a vítima a assistir algo na TV.
A série está disponível na Netflix.
Wandinha
Essa já pode entrar para as melhores, apesar de ter sido lançada recentemente. Até Lady Gaga já entrou na tendência e fez a dança de Wandinha ao som de Bloody Mary, música do seu álbum Born This Way (2011). Nessa nova empreitada de Tim Burton, Wandinha Addams é interpretada por Jenna Ortega, que recentemente foi indicada ao Globo de Ouro 2023 pela atuação na série.
Depois de um ataque a seus colegas de escola, para defender seu irmão do bullying, a nossa malvada favorita é levada para o internato Nevermore, lugar para os desajustados e excluídos da sociedade. A trama explora a adolescência da jovem, o conflito com sua mãe Mortícia e o desenvolvimento das suas habilidades paranormais enquanto investiga uma série de assassinatos pela cidade de Jericó.
Se engana quem acha que já conhece a história de cor pois, apesar de introduzir alguns elementos fantásticos na narrativa, Tim Burton quis trazer os personagens para a vida real e mostrar um lado que nunca foi mostrado antes, nem na série original dos anos 60 e nem nos filmes que nos acompanharam durante nossa infância, aprofundando a narrativa da personagem e dando um novo tom ao preto e branco do clássico.
Para abraçar a nostalgia, o elenco conta com a nossa Wandinha original, Christina Ricci, que dessa vez interpreta a Professora Thornhill.
A primeira temporada está disponível na Netflix.
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*Crédito da foto de destaque: Entretetizei