A cantora acaba de lançar o single que retrata a angústia da pandemia
A cantora Sandy acaba de lançar Universo Reduzido, seu mais novo single. A música retrata a angústia da pandemia que todos nós sentimos. A faixa veio junto com um clipe belíssimo e cheio de simbologias e projeções, além de uma carta aberta escrita por Sandy, que conta um pouco mais sobre esse projeto.
Sandy está trabalhando em Universo Reduzido desde janeiro, quando começou a composição, que só foi terminada recentemente. Ela fez questão de lançar a faixa ainda este ano e antes de começar a época dos lançamentos natalinos. Veja a capa do single:
Sandy, que trabalhou com Celso Bernini na elaboração desse clipe, contou que Celso chegou a sonhar com o clipe: “O Celsinho estava muito sintonizado, ele até sonhou com a ideia da projeção. O clipe trabalha com umas projeções ali. Foi muito legal isso.”
O clipe de Universo Reduzido teve o processo inverso e foi gravado antes da música ter sido finalizada. O produtor Jason Tarver terminou de mixar a faixa assistindo ao clipe pronto: “Nesse processo, a gente mandou o clipe para o Jason, então ele finalizou as coisas que ele colocou na música, vendo o clipe, o que nunca tinha acontecido. Isso foi muito interessante. A mixagem da música, ele fez assim. Os últimos elementos que ele colocou também foram feitos assim. Foi muito legal, tudo ficou muito integrado”, conta Sandy. Assista ao clipe:
Sobre planos para o próximo ano, Sandy revela que quer criar um álbum novo no primeiro semestre e finalmente voltar aos palcos no segundo semestre. Ela também disse que caso a HBO Max oficialize o convite para a 2ª temporada de Sandy + Chef, aceitará. Veja o que Sandy disse sobre a turnê:
‘’Pretendo passar por muitas cidades, contemplar quase todos os estados, depende do tempo que eu tiver para fazer essa turnê. Mas, claro, no meu ritmo, daquele jeitinho. Não sou uma pessoa que faz 15, 20 shows por mês, porque eu não aguento. Tenho meu filho, tenho uma vida que é muito importante para mim e que hoje eu posso ter esse tempo para me dedicar. […] Vamos deixar a coisa assentar um pouco mais. A gente, graças a Deus, tem uma boa cobertura vacinal no Brasil. Mas vamos esperar a terceira dose, a galera estar mais vacinada, e as coisas estarem bem mais tranquilas, aí eu volto no ano que vem. […] No ano que vem, a gente vai ter turnê, se Deus quiser, de algum jeito. Talvez com distanciamento ainda, com protocolos, mas vai ter.”
Para o lançamento de Universo Reduzido, a cantora publicou também uma carta aberta ao público. Confira:
“A música Universo Reduzido é uma tentativa de organizar, expressar ou, talvez, até exorcizar a montanha russa interna de emoções dos últimos dois anos. É uma música muito introspectiva que se esforça em cavar a fundo sensações muito reais – às vezes muito subjetivas e às vezes bem objetivas – que fazem parte desse novo vocabulário de emoções com que fomos obrigados a conviver nesses últimos tempos.
Ela completa, de certa forma, quase que um padrão de como eu produzi as músicas nesse período (como no EP: 10:39). Todas intensas, muito introspectivas e realmente me traduzindo muito. Espero que ‘Universo Reduzido’ venha para selar esse ciclo de produções assim. Sigo na expectativa de, no ano que vem, encontrar espaço interior para escrever coisas mais leves e voltar a viver coisas mais comuns do dia-a-dia.
Para mim, nesse período, pareceu impossível produzir outro tipo de coisa. Era como se minha arte, minha música não pudesse ser mais leve porque soaria como uma total desconexão com a realidade vivida por mim e, imagino, por grande parte das pessoas.
Mesmo acreditando que essa música possa ser o fim desse denso ciclo, ela não é, exatamente, ou somente positiva. Penso que representa bem a sensação de muita gente; algo como: ‘vamos ver como as coisas vão, de fato, ficar’.
O clipe todo foi pensando, também, para trazer uma simbologia em todos os detalhes. Algo bem não-literal das sensações que estamos vivendo. Todo ambiente é ‘firme, rígido’ ao primeiro olhar aparente, mas, por dentro, não tem essa solidez toda. É, na verdade, um passeio por sensações expressas pelos movimentos corporais ou na utilização de sobreposições. Tudo mostra esse misto de sentimentos que vivemos nesse período. Como os sentimentos contraditórios de uma satisfação de, por exemplo, poder ter um contato maior com a família e ao mesmo tempo, um desespero de não ter contato com o mundo, ou ainda, de não ter boas perspectivas.
Na música – produzida na Espanha com Jason Tarver e no Brasil com o Lucas (Lima) – houve o cuidado em ter arranjos que, de certa forma, fossem esse complemento de toda simbologia pensada. Como se nada estivesse soando como realmente é. O piano não soa exatamente como um piano, a bateria não soa exatamente como bateria, as cordas não soam exatamente como cordas. O único elemento que soa ‘real’ e fidedigno é a minha voz – ainda que embargada de toda essa carga de sentimentos. Tudo isso para, mais uma vez, simbolizar essa sensação de que o mundo inteiro está lá, mas não está.
E nesse trabalho está, como sempre, a minha verdade.
Com amor,
Sandy”
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Universal Music