Conheça autoras contemporâneas incríveis que têm ascendência japonesa
Você sabe que dia é hoje? No Brasil, 18 de junho é dedicado ao Dia Nacional da Imigração Japonesa, em virtude da relevância da comunidade japonesa e de seus descendentes no contexto social, econômico e cultural do país.
Por isso, a fim de comemorar a data, o Entretê separou dicas de leitura com o intuito de divulgar escritoras nipo-brasileiras fantásticas que estão revolucionando a escrita com suas histórias únicas e disruptivas.
Com toda a certeza, tem livros para todos os gostos. Ou seja, vão sobrar motivos para você ler e conhecer várias histórias sen-sa-ci-o-nais. E cuidado: é provável que você saia com uma lista recheada de novos livros para ler. Confira!
Infantojuvenil
1. Hanny Saraiva
Além de escritora, Hanny Saraiva é revisora e roteirista de um podcast infantil chamado Histórias para Ouvir com Árvores. A Joaninha Asiática e os Duendes Azuis (2021) foi seu primeiro livro para o público infantil, e pode ser lido para crianças que ainda não completaram um ano de idade.
2. Elis Horie
A autora de Meu Amigo Manuel (2021), Elis Horie, tem formação em pedagogia, bem como em língua e literatura brasileira e portuguesa pela Universidade Estadual de São Paulo. Além disso, atuou no Japão como pesquisadora na área de educação para crianças estrangeiras. Do mesmo modo, sua obra também tem tradução para o inglês, sob o título My Friend Samuel (2022).
3. Fabia Yumi Yoshida
Fabia Yumi, ou simplesmente Yumi, é autora de livros como Lunares (2020), Alice Tie, De Onde Você Vem? (2021) e Terra, Água, Fogo e Ar: A Educação Infantil no Ritmo da Natureza (2024), sempre com foco na vivência ou experiência das crianças. De maneira idêntica, sua publicação mais recente se concentra no trabalho pedagógico com as crianças pequenas.
4. Adriana Takada
Adriana Takada é apaixonada por gastronomia, arte, livros e viagens. Não por acaso, sua obra de estreia se chama Cecília e Olívia e os Seres Elementais (2023) e conta as histórias de aventura vividas por irmãs gêmeas enquanto conhecem criaturas fantásticas.
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Poesia
5. Liana Nakamura
A criadora dos versos de Amarela-Manga: Uma Antologia Nipo-Poética (2023), Liana Nakamura, vive mergulhada no mundo das letras. Afinal, quando não está escrevendo, trabalha como bibliotecária. Da mesma forma, também foi vencedora de vários concursos literários e faz parte da coletânea de contos e poesia Off-FLIP de Literatura (2024).
6. Beatriz Tajima
Azul Petróleo (2023) é a obra-prima da beletrista Beatriz Tajima. Mas, antes disso, seus poemas já faziam parte de antologias diversas. Isto é, enquanto seu livro ainda não existia, os textos autorais que escrevia eram publicados em um blog homônimo, que conquistou 40 mil acessos de leitores do mundo todo.
7. Isabella Yoshimura
Isabella Yoshimura tem graduação em Audiovisual e já integrou a direção e o roteiro de um curta-metragem. Além disso, ainda produziu um podcast documental durante a pandemia, o São Paulo Isolada. Poemas Surdos (2023) é sua primeira incursão na cena literária.
8. Karen Kawana
Com Pequenas Coisas (2021) e Cancioneiro da Desilusão (2022), a poeta Karen Kawana, também doutora em filosofia, mestre em literatura japonesa e tradutora do japonês, busca contemplar e refletir a vida, visto que seus escritos ressoam com temas que vão desde arte, cultura até identidade.
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Conto
9. Ana Shitara
Revoada (2022) é o primeiro livro de contos de Ana Shitara, professora graduada em Letras e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo. Mas não se trata do único gênero que escreve, pois também é autora de Sob o Sol a Pino (2023), romance que retrata diferentes mulheres amarelas.
Novela
10. Beatriz Misaki
Uma das mais jovens escritoras nipo-brasileiras da lista é Beatriz Misaki. Ela publicou de forma independente a novela young adult Buruna: Por um Canto Amarelo (2024), que já evidencia, logo no título, se tratar de uma obra para entender melhor as vivências, os traumas e as questões de uma pessoa amarela.
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Romance
11. Harini Kanesiro
A historiadora paulistana Harini Kanesiro é mestre em escrita criativa e autora de O Tempo é o que Acontece na Ausência do Infinito (2023), romance escrito durante sua dissertação. Só para ilustrar, o livro fala, dentre tantos temas, sobre perdas, separação e esperança.
12. Nico Hirata
Essas Malditas Árvores (2023) é a obra de estreia de Nico Hirata, que, além de advogada, usa das palavras para escrever um título que mescla realismo fantástico com filosofia, em um ensaio que se debruça não apenas sobre a consciência humana, mas também a não humana.
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Não ficção
13. Simone Toji
A estudiosa por trás de The Immensity of Being Singular (2023), Simone Toji, é doutora em Antropologia Social e mestre em Sociologia e Antropologia. Em sua pesquisa, ela apresenta as vidas de quatro migrantes na cidade de São Paulo, de acordo com uma análise etnográfica de suas experiências na capital paulistana.
Muito além da diversidade: leia escritoras nipo-brasileiras
Viu só como tem muitas autoras nipo-brasileiras e inúmeras obras literárias para conhecer? Elas escrevem sobre suas experiências e a cultura nipo-brasileira, mas também retratam a vida de forma lúdica, poética, filosófica, realista…
Aliás, para conhecer mais o trabalho de cada uma delas e, melhor, acompanhar outras escritoras nipo-brasileiras, siga o coletivo Escritoras Asiáticas & Brasileiras, que reúne não apenas mulheres amarelas ou com ascendência japonesa. Sem dúvida, vale muito a pena!
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Texto revisado por Karollyne de Lima