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Wendigo: curiosidades sobre a lenda na qual o filme Espíritos Obscuros foi inspirado

A criatura mitológica do novo filme da Searchlight Pictures, o Wendigo, está relacionado à preservação do meio ambiente

 

No próximo 28 de outubro a Searchlight Pictures estreia Espíritos Obscuros, filme inspirado na antiga lenda norte-americana sobre o Wendigo. Produzido por Guillermo del Toro e dirigido por Scott Cooper, o longa se baseia no conto de The Quiet Boy, de Nick Antosca

A história se passa em uma cidade isolada do estado de Oregon, nos Estados Unidos. Na trama, uma professora do fundamental (Keri Russell) e seu irmão xerife, (Jesse Plemons) acabam se envolvendo com um aluno misterioso (Jeremy T. Thomas). O aluno, porém, acaba se revelando cada vez mais enigmático e seus segredos obscuros levam todos a encontros apavorantes com uma lendária criatura ancestral que aparece diante deles.

A tal criatura é baseada no Wendigo, da mitologia das tribos indígenas americanas. Confira agora algumas curiosidades sobre esse espírito obscuro:

 O que é o Wendigo? 

O Wendigo (também encontrado como winddsgvigo ou wetiko) é uma criatura mitológica. Enquanto em algumas versões sua forma se assemelha a de um cervo, em outras, se parece com um espírito maligno que vive nas florestas do norte da Nova Escócia, na costa leste e na região dos Grandes Lagos, ambos no Canadá. Segundo o povo indígena Anishinaabe, o termo Wendigo significa ganância.

A Origem da Lenda

Conhecido como comedor de homens, o Wendigo é uma criatura destrutiva e canibalista associada ao inverno, ao frio e à fome. Ele está presente no sistema de crença tradicional de muitos povos de língua algonquiana, dentre eles o Ojibwe, o Saulteaux e o Cree, além do Naspapi e o Innu.

“Nos anos 90, havia um senso de que o Wendigo poderia ter sido inspirado pelo contato indígena com nações europeias”, diz Grace T. Dillon, do povo Anishinaabe e Conselheira Nativa Americana que ofereceu seus preciosos conhecimentos para a produção de Espíritos Obscuros. “Dentro da minha comunidade – tenho família tanto em Garden River em Ontário, Canadá, como em Bay Mills Nation na Península Superior de Michigan – temos falado sobre muitos aspectos do Wendigo. Ele pode se manifestar de muitas formas, mas é sempre, em primeiro lugar, um espírito.

 A Relação do Wendigo com o Meio Ambiente 

Chris Eyre, membro do Conselho Anishinaabe Nativo Americano e cineasta que também auxiliou a produção de Espíritos Obscuros, explica que o Wendigo é uma metáfora particularmente pungente para as turbulentas relações que os humanos têm agora com a Terra. “O Wendigo traz uma mensagem de que se você invadiu um território que não estava autorizado a invadir, ele irá consertar esta situação. A maior mensagem é que a Terra está aqui há milhões de anos. Mas nós nunca podemos destruí-la; ela irá nos destruir. Ela não precisa de nós para viver”.

Confira também o trailer de Espíritos Obscuros, cuja estreia nos cinemas brasileiros está prevista para 28 de outubro.

E então, animades para assistir a essa super produção de terror? Conta pra gente lá nas Redes Sociais do Entretetizei (Twitter, Insta e Face). E nos acompanhe para ficar por dentro do melhor do mundo do Entretenimento.

*Créditos da foto de destaque: Divulgação

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Resenha | O Último Duelo: uma verdadeira aula de história sobre a luta de uma única mulher contra uma sociedade machista

Filme de Ridley Scott, O Último Duelo conta a história real do combate até a morte entre Jean de Carrouges e Jacques Le Gris e a luta de Marguerite de Carrouges para provar sua inocência

{Contém Spoiler!} 

Antes de começar a escrever a resenha sobre o filme, devemos levar em consideração alguns fatores importantes. O Último Duelo é um filme baseado em uma história real, que aconteceu no ano de 1386, na França, onde um cavaleiro do rei, Sir Jean de Carrouges, desafiou seu até então amigo e também cavaleiro, Sir Jacques Le Gris, a um duelo até a morte. O motivo: a esposa de Jean, Marguerite, havia assumido que Jacques a estuprara. Esse é o enredo principal do filme, agora, vamos aos detalhes históricos.

Foto: Divulgação | Sir Jean de Carrouges (Matt Damon) e Sir Jacques Le Gris (Adam Driver)

Para quem já viu o longa de Ridley Scott, fica bem clara a situação tanto política, quanto econômica da França de 1380. O reino francês, que passava por uma crise política após a morte de Carlos IV, em 1328, entrou em guerra com o reino da Inglaterra pela disputa do trono. O que ocorreu é que o então rei inglês, Eduardo III, era neto de Felipe, o Belo, e usou desse parentesco para justificar sua reivindicação ao trono francês. Entretanto, o objetivo de Eduardo era unir os dois países em um só, conquistando a França e se beneficiando de seu comércio em expansão. Afinal, a França lucrava bastante com suas indústrias têxteis, mesmo importando lã da Inglaterra.

Foto: Divulgação | Carlos IV, Rei da França

A Guerra dos Cem Anos durou um século de batalhas sangrentas, com grandes e importantes perdas para os dois lados – incluindo Joana D’Arc, uma jovem camponesa francesa que, após muitos anos, viria a ser um nome importante na história do país – e resultou na vitória da França, na cidade de Castillon. Dividida em quatro períodos e  iniciando em 1337, a guerra passou por diversas pausas devido à Peste Negra, doença que dizimou um terço da população europeia, e encontrou seu fim em 1453.

Para a Inglaterra, a guerra significou o fim das tentativas de obter domínio sobre a Europa. Na França, a guerra fortaleceu o sentimento patriótico e foi extremamente importante para o surgimento de uma monarquia nacional e absolutista.

Foto: Divulgação | Guerra dos Cem Anos

Você deve estar se perguntando o que essa pequena introdução de história tem a ver com o filme. Pois bem, Jean de Carrouges foi um cavaleiro da tropa real e lutou durante a Guerra dos Cem Anos, servindo à Coroa francesa e ao seu rei, Carlos VI, além de ser vassalo do Conde Pierre. Seu amigo mais íntimo e também padrinho de seu filho – Jean foi casado com Jeanne de Tilly e, com ela, teve um herdeiro. Tanto Jeanne quanto seu filho morreram devido à Peste Negra -, o escudeiro Jacques Le Gris, também virou vassalo de Pierre, sendo considerado seu favorito.

Ao longo dos anos, Jacques Le Gris foi agraciado com mulheres, títulos e reinos, incluindo Aunou-le-Faucon, uma região que fazia parte das terras da família Thibouville e, por assim dizer, pertencia ao dote de Marguerite de Thibouville. A propriedade havia sido vendida ao Conde Pierre para saldar as dívidas de Robert de Thibouville para com a Coroa e foi repassada a Jacques como pagamento, em 1377, após o escudeiro sair para coletar os aluguéis. 

Foto: Divulgação | Marguerite de Thibouville (Jodie Comer)

Em 1380, Jean de Carrouges retorna à sua terra após anos lutando na Escócia – batalha essa que foi perdida e extremamente vergonhosa para a Coroa – e casa-se com Marguerite de Thibouville.  À época, a jovem era considerada bela, modesta e de berço, com um dote que incluía diversas propriedades e hectares de terra. O casamento não foi feliz por muitos anos, mas serviu seu propósito para Jean. Quando descobriu que não seria proprietário da maior parte do dote de sua esposa, a propriedade Aunou-le-Faucon, Jean partiu em busca de explicações, confrontando Conde Pierre e Jacques Le Gris, o que destruiu definitivamente a amizade entre os dois cavaleiros.

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Alguns anos mais tarde, Carrouges e Le Gris concordaram em selar a paz em um evento na Escócia, onde o primeiro apresentou sua esposa ao segundo, que se viu completamente apaixonado. É importante lembrar que os costumes na época não impediam relações extraconjugais e, inclusive, era algo amplamente aceito dentro da sociedade. Quando Carrouges viaja à Paris a fim de coletar seu pagamento pela campanha na Escócia, Le Gris invade a propriedade de Jean e estupra Marguerite, sob o pretexto de que os dois estavam apaixonados e que era dever dele cobrar dela essa paixão. Marguerite passa por diversos dias em sofrimento absoluto, até resolver contar a seu marido o que o escudeiro havia feito. 

Foto: Divulgação | Sir Jean de Carrouges (Matt Damon) e Marguerite de Carrouges (Jodie Comer)

Antes mesmo do século XIV, e durante muitos anos depois, o estupro era considerado algo normal e a vítima, na esmagadora maioria das vezes, deveria ficar calada a respeito disso. Também acreditava-se que, para se gerar um filho, a esposa deveria sentir prazer durante o ato sexual. “A pequena morte”, como eles chamavam, deveria ocorrer e, com ela, a semente era implantada no útero da mulher, gerando um filho. Essa teoria era amplamente discutida tanto nas cortes quanto na sociedade. Então, quando Marguerite resolve se expor e contar que foi estuprada por um dos homens de confiança do Conde Pierre, seu discurso é ridicularizado pelo fato dela se encontrar grávida. Por diversas vezes, a jovem foi acusada de gostar da relação com Le Gris, de ter provocado tal situação e, como consequência, de ter engravidado dele. A verdade dos fatos, como se descobre alguns meses mais tarde, é que o filho não era de Le Gris, mas sim herdeiro de Carrouges.

Após contar para o marido o que havia acontecido com ela, ele parte em busca de um julgamento justo ao apelar ao próprio rei e pede o que era chamado na época de Trial by Combat, julgamento por combate, na tradução literal. Nele, os cavaleiros lutam até a morte, provando a culpa ou a inocência da ré em questão. Eles podem escolher qualquer tipo de arma à sua disposição e nenhum golpe é condenado. Esse combate é realizado dentro de uma arena, com a presença dos reis, nobres e sociedade, para que haja testemunhas do caso. Se Carrouges vencer o combate, Marguerite é inocentada e considerada sincera em seu julgamento, já que todas as acusações de estupro eram consideradas infundadas na época. Se perder, sua esposa é considerada mentirosa e é queimada na fogueira por falso testemunho.

Foto: Divulgação | Sir Jean de Carrouges (Matt Damon) e Sir Jacques Le Gris (Adam Driver)

O duelo por combate de Jean de Carrouges e Jacques Le Gris é o último julgamento do tipo a acontecer na França, uma vez que o combate foi proibido após a Guerra dos Cem Anos, pelo então rei Carlos VII. Jean e Jacques se enfrentam com lanças, espadas, cavalos e machados e o primeiro saiu vitorioso, após pedir para que o segundo confessasse seu crime, o que não aconteceu. Com um golpe fatal de espada no rosto, Jean celebra a vitória e inocência de sua esposa perante a corte e sociedade. Jacques é então despido de sua armadura e pendurado em praça pública, ao lado de pequenos ladrões e assassinos, onde é hostilizado pelo povo, tendo seu corpo profanado. Após um tempo, ele é arremessado em uma cova coletiva e sua memória fica manchada, mas nunca esquecida.  Após o duelo, Jean de Carrouges tenta reaver a propriedade de Aunou-le-Faucon, mas Conde Pierre a pega de volta e fica com ela para si, claramente em respeito à morte do amigo e fiel escudeiro Jacques Le Gris.

Foto: Divulgação

Sobre o filme de Ridley Scott, O Último Duelo

A adaptação do livro homônimo de Eric Jager por Ridley Scott, é algo absurdamente deslumbrante. Famoso por dirigir filmes épicos como o icônico Gladiador, Scott transformou a história em algo muito além das expectativas, fazendo com que o espectador conhecesse as versões de uma forma ainda mais íntima do que a lida no livro de Jager ou nos livros de história.

Foto: Divulgação

Dividido em três capítulos, O Último Duelo conta a história do estupro de Marguerite vista pela perspectiva dos três personagens centrais da história: Jean de Carrouges, vivido por Matt Damon; Jacques Le Gris, vivido por Adam Driver; e Marguerite de Carrouges, vivida por Jodie Comer. Ela entrega absolutamente tudo, de forma viva e nos dá uma Marguerite não indefesa, como retratada pela história, mas empoderada, ciente de si e de sua história e seu sofrimento fica evidente em cada segundo de todo o filme. 

Foto: Divulgação | Marguerite de Carrouges (Jodie Comer)

Adam Driver, que também está em busca de seu primeiro Oscar, dá um show de talento, ao fazer o impetuoso Jacques Le Gris. Durante o filme, ele demonstra toda a sua sensualidade ao lado de belas mulheres, fala latim – o que, para a grande maioria das moças, já é um sinal de elegantismo – e mostra um físico impressionante, que fica evidente nas cenas de batalha. Como o vilão da história, Driver dá tudo de si para o papel e quem não sentiu raiva de seu personagem nas cenas mais cruéis do longa, com certeza não viu direito. Há quem diga que se o espectador sentiu raiva do vilão é porque o ator entregou muito além do esperado. 

Foto: Divulgação | Sir Jacques Le Gris (Adam Driver)

Um grande nome que aparece nos filmes como Conde Pierre, é o nosso eterno Batman, Ben Affleck. Apesar de aparecer poucas vezes, Affleck atua como um personagem boêmio, adúltero e cômico, alternando entre cenas divertidas e de embates rasos tanto com Driver, quanto com Damon. Suas falas também beiram à comédia e mostram um Conde mimado e desinteressante. Fora que a caracterização de seu personagem é uma das mais caricatas do filme, apresentando Affleck como um mero coadjuvante.

Foto: Divulgação | Conde Pierre (Ben Affleck)

Uma coisa que eu, como espectadora, gostei muito durante o filme foi a posição das câmeras de acordo com cada capítulo, mostrando a perspectiva de cada personagem. Cada um dos três capítulos conta com detalhes a história de Marguerite; porém, em cada olhar, você percebe detalhes que não contém no outro capítulo. Ou seja, aquela premissa de que existem sempre três histórias:, a sua, a minha e a verdade, é evidenciada em cada uma das partes contadas no filme – inclusive, dando ênfase na palavra verdade quando começa o capítulo contado pela própria Marguerite. A cenografia também chama muita atenção, uma vez que o filme se passa durante o século XIX, em uma França despedaçada pela morte de seu rei. 

Apesar de ser um filme cruel, que mostra a vulnerabilidade das mulheres durante a Era Medieval – e um pouco durante a atualidade – Ridley Scott faz questão de terminar o filme com uma cena em que Marguerite é ovacionada pela população, após ter sua verdade atestada em combate. Durante todo o filme, Jodie Comer e sua Marguerite são humilhadas e maltratadas por uma sociedade extremamente machista e patriarcal, condizente com sua época. Scott procura mostrar nos diálogos, o quanto a mulher sofria por conta de seu sexo e nos apresenta um viés completamente errado sobre a anatomia humana, defendida por homens da Corte e do Clero. Ao dar o primeiro passo para defender-se de um estupro, Marguerite é abandonada e humilhada por todos ao seu redor. Sofre uma pressão negativa de sua própria sogra que, além de não acreditar nela, a incentiva a ficar calada, revelando que também havia sido estuprada e que, por pertencer ao seu marido (quase como uma propriedade), ela deveria ficar quieta sobre tudo o que acontecera.

Foto: Divulgação

O que ocorre, na verdade, é que Marguerite foi a primeira mulher na história da França, e ouso dizer no mundo, a ter coragem de enfrentar sua família, homens poderosos e toda uma sociedade para provar seu valor. Para provar que ser mulher não é apenas obedecer seus maridos e sofrer consequências de atos que elas nem cometeram ou pediram para acontecer. A poderosa mensagem que Scott faz questão de passar ao final do longa, é que as mulheres não só podem como devem enfrentar seus abusadores e irão sair vitoriosas de suas denúncias, e que homens pequenos e vis que fazem da mulher um objeto não merecem perdão ou, em um sentido mais de acordo com o filme, não merecem viver. 

Foto: Divulgação

Com atuações impecáveis, cenários lindíssimos e uma história difícil de ser contada, mas esculpida com maestria por Scott, O Último Duelo é um filme que promete render alguns Oscars para o elenco, diretor e time de roteiristas. Um emocionante filme de época, com foco em mostrar a história por trás da máscara do patriarcado e machismo, no qual os espectadores podem trazer para atualidade conceitos que são explorados no filme, como estupro, ciência, anatomia humana e relações interpessoais.  

O filme estreou no último dia 14 de outubro e está em todos os cinemas brasileiros. Confira o trailer clicando abaixo.

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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Resenha | La Venganza de las Juanas: o quanto você acredita no poder do destino?

A nova produção da Netflix é uma novela mexicana condensada em 18 episódios, que conduz quem assiste a um caminho de mistério, suspense, descobertas e força feminina

La Venganza de las Juanas, em português A Vingança das Juanas, é a nova produção mexicana da Netflix, que nos transporta a um mundo de drama, suspense e romance. A série é uma adaptação da novela colombiana Las Juanas, de 1997, que também teve outra adaptação para a televisão mexicana em 2018, chamada Hijas de la Luna.

A série é exclusiva da Netflix e produzida pela Lemon Films (Monarca; Control Z). O roteiro, com colaboração de Alejandro Reyes, foi pensado por Jimena Romero, filha de Bernardo Romero, que criou a história para a televisão colombiana. Diferente da versão original, La Venganza de las Juanas tem um foco maior na visão das mulheres e nos envolve em seus dramas pessoais e profissionais.

“Coincidências não existem”

La Venganza de las Juanas é centrada na história de cinco mulheres que possuem a mesma marca de nascença, têm o mesmo primeiro nome e se hospedam ao mesmo tempo no mesmo hotel em Cancún. A partir do momento que se encontram, vão em busca do passado misterioso em que elas e suas mães estão envolvidas, para descobrirem o que mais têm em comum. 

Quando descobrem que são filhas de um político poderoso, as mulheres entram em uma teia de suspense, mistério, manipulação e mentiras que une o passado, o presente e muitas histórias. Elas contam ainda com apoio e ajuda, especialmente de um detetive e de um especialista em computadores, para recolher provas contra o homem e a família que fizeram mal a elas e às suas mães. 

Imagem das cinco Juanas conversando enquanto seu avô, Jorge Marroquín as observa desde uma varanda.
Fonte: Divulgação/Vogue

 

As cinco Juanas têm vidas e personalidades distintas, que são apresentadas paralelamente na série. Esse é um dos pontos ricos da produção, porque nos transporta e cria um sentimento de identificação com histórias de bondade, ilegalidade, dúvidas e construção de personalidade. Em vários momentos, é possível pensar: O que eu faria nesse caso? Eu seguiria o mesmo caminho de quem?”

Entre interesse por dinheiro, busca pela verdade, dúvidas e diferenças, as cinco mulheres se descobrem como irmãs e aprendem a conviver e se apoiar: Juana Manuela, Manny, (Zuria Vega) é dançarina em uma boate; Juana Valentina (Renata Notni) é uma jornalista investigativa; Juana Matilde (Juanita Arias) é uma cantora colombiana; Juana Caridad (Oka Giner) é uma noviça que cresceu no convento; e Juana Bautista (Sofía Engberg) é taróloga; respectivamente da esquerda para a direita na imagem abaixo:

As 5 Juanas lado a lado
Fonte: Divulgação/Netflix

 

Além delas, o elenco também conta com a atuação impecável de Carlos Ponce como Simón Marroquín, Fernando Becerril como Rogelio Marroquín, Iván Amozurrutia como Federico Marroquín, Mauricio Isaac como Victor, Ricky del Real como Daniel Roldán, Jorge Antonio Guerrero como Lorenzo, Verónica Merchant como Susana Bravo, entre outros. 

A nostalgia das novelas mexicanas

As histórias das cinco mulheres abrem leques para outros mistérios e trazem à tona um turbilhão de sentimentos sobre os mais diferentes temas. La Venganza de las Juanas é um suspense que fala sobre feminismo, sororidade, tráfico, corrupção, violência contra mulher, controle, resistência e aposta todas as fichas no poder do destino

A construção da série traz muito das novelas, em que várias histórias se desenvolvem paralelamente e se encontram em um ponto, geralmente no patriarca de uma família rica e influente. Além disso, muitos mistérios têm soluções previsíveis, mas isso não tira o brilho e o suspense dos 18 episódios que prendem do início ao fim.

Outro ponto que faz referência às novelas é a quantidade de episódios, para que a história comece e termine sem pontas soltas. La Venganza de las Juanas tem apenas uma temporada, mas poderia, tranquilamente, ser dividida em duas com menos episódios cada, já que acontece uma reviravolta que muda o rumo da história e encerra um ciclo

Fonte: Divulgação/Netflix

 

O final da primeira temporada responde às dúvidas que os episódios trouxeram e amarra as pontas dessa parte da história. Por outro lado, ele também apresenta mais mistérios, que levam a novas perguntas à espera de respostas em uma segunda temporada, que ainda não foi confirmada. 

Vale a pena assistir La Venganza de las Juanas?

A resposta é sim! Apesar de algumas informações se perderem pelo caminho e algumas tramas serem apresentadas e solucionadas apenas superficialmente, a série La Venganza de las Juanas é digna de maratona e nos guia em um caminho de descobertas junto com as protagonistas. 

A mistura de suspense, mistério e romance, com temas sensíveis e enredos diferentes entrelaçados, é um prato cheio para quem gosta de novelas mexicanas e produções latinoamericanas no geral. Além disso, é uma série que nos faz repensar julgamentos e nos relembra o poder do destino para unir pessoas e histórias. 

Assista ao trailer e adicione a série à sua lista na Netflix:

 

E aí, já viu ou vai correr pra assistir? Conta pra gente e acompanhe mais conteúdos sobre produções latinoamericanas nas redes sociais do Entretetizei: Insta, Face e Twitter.

 

*Crédito da foto de destaque: Divulgação/Tech News Brasil

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45º Mostra recebe o seminário internacional de mulheres no audiovisual

O evento gratuito e aberto ao público, acontece nos dias 25 e 26 de outubro com transmissão pelo canal da Mostra no Youtube

O encontro das mulheres no audiovisual na Mostra acontece pelo segundo ano consecutivo, para discutir sobre a participação feminina na Indústria. Os dois encontros contarão com mulheres da França, Espanha e países da América Latina. 

Primeiro encontro 

Leslie Thomas, secretária geral do CNC – Centre National du Cinéma et de l’Image Animée, órgão vinculado ao Ministério da Cultura da França, vai compartilhar os avanços da igualdade de gênero na indústria audiovisual em uma conversa com  a ex-consulesa da França do Brasil, Alexandra Loras.

*Foto: Ancine

Tal avanço é consequência da realização das políticas públicas implementadas a partir de 2019, como a concessão de um bônus de aumento em 15% de apoio financeiro para produções com maioria de mulheres em posições de liderança criativa, e a inclusão de cláusula sobre assédio sexual nos contratos de seguro das produções audiovisuais, garantindo a interrupção das filmagens para averiguação de denúncias.

Segundo encontro

Nessa mesa será apresentada  a pesquisa “Mulheres na Indústria Audiovisual: Um panorama de Países da América Latina e da Espanha”, que traz dados sobre a participação feminina no audiovisual do Brasil, México, Argentina, Uruguai e Espanha, mostrando a semelhança no que se refere à minoria das mulheres no exercício das funções de liderança nas funções técnicas e criativa (direção e roteiro).

 

Promovida pela WIPO – World Intellectual Property Organization, instituição vinculada à ONU. A pesquisa conta com a participação de quatro brasileiras: Débora Ivanov, Luciana Vieira, Aleteia Selonk e Marcia Candido.

No segundo dia de encontro será possível também conhecer os movimentos de mulheres do audiovisual da Argentina (Sabrina Farji | La Mujer y el Cine), do Chile (Camila Rodó Carvallo | Nosotras Audiovisuales), do México (Theresa Solis | Mujeres en el Cine y la Televisión e da Espanha) e da Espanha (Cristina Andreu | CIMA – Asociación de Mujeres Cineastas y de Medios Audiovisuales) que, juntamente com Tata Amaral, do +Mulheres (Brasil) irão debater sobre como atuar para a promoção de uma real igualdade de gênero dentro da indústria audiovisual.  

Programação

MESA 1: Diversidade – as políticas promovidas pelo CNC / França
Dia 25 de outubro, segunda-feira
Horário: 15h
Local: Canal da Mostra no Youtube
Convidada: Leslie Thomas, secretária geral do CNC – Centre national du Cinéma et del’Image Animée (França)
Mediação: Alexandra Loras

 

MESA 2: Mulheres na América Latina e Espanha
Dia 26 de outubro, terça-feira
Horário: 15h
Local: Canal da Mostra no Youtube
Convidadas:
Sabrina Farji | La Mujer y el Cine (Argentina)
Theresa Solis | Mujeres en el Cine y la Televisión (México)
Cristina Andreu | CIMA – Asociación de Mujeres Cineastas y de Medios Audiovisuales (Espanha)
Tata Amaral | +Mulheres (Brasil)
Camila Rodó Carvallo | Nosotras Audiovisuales (Chile)
Mediação: Luciana Vieira

 

Animados para acompanhar o Seminário Internacional de Mulheres no Audiovisual? Conta para a gente e siga o Entretetizei no TwitterInsta e Face para ficar por dentro de tudo do mundo da música e do entretenimento.

*Crédito da foto destaque: Reprodução Mostra

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