Resenha | Desenfrenadas

Jovem e descolada, a série aproveita as diferenças de personalidade e contexto de suas quatro protagonistas para falar de empoderamento feminino e sororidade

[Contém spoiler]

Desenfrenadas (Aceleradas em português) é uma série mexicana original da Netflix criada por Diego Martínez Ulanosky, narra a história de três amigas que em um momento de crise saem da Cidade do México para esquecer os seus problemas. Até que uma nova passageira muda os planos das três. 

Vera (Tessa Ia), uma blogueira de moda que acredita ser a reencarnação de Kurt Cobain, chega ao fundo do poço no trabalho e começa a sentir que seu relacionamento co-dependente com homens da moda não a satisfaz mais, Rocío (Bárbara López), estudante de neurocirurgia, atleta e filha modelo com uma vida supostamente perfeita, mas sufocante, está prestes a se mudar para a Suécia com o seu noivo Juanpi (Tomás Ruiz), mas a memória de Sofía (Camila Valero), sua irmã mais nova falecida recentemente, deixou a margem para questionar suas prioridades e Carlota (Lucía Uribe), poeta com ideias feministas, incapaz de compartilhar suas criações com o mundo por medo de julgamento, vive com uma mãe dominante e passa os dias flertando com um namorado cibernético que ela não conhece na vida real.

As três mulheres na metade dos vinte anos são amigas desde a infância, apesar de terem atitudes muito diferentes entre si, têm um ponto em comum: nenhuma delas estão realmente felizes com a direção que suas vidas tomaram.

Foto: divulgação

Na véspera da partida de Rocío, Vera propõe uma viagem de despedida na qual elas podem relaxar e esquecer tudo em Oaxaca, mesmo contra a vontade de seu pai, Ignacio interpretado por Fernando Ciangherotti, Rocio deixa a Cidade do México com as suas amigas. No entanto, durante uma parada em uma loja de conveniência, elas encontram Marcela (Coty Camacho), uma garota com histórico de violência, abuso e um relacionamento muito destrutivo com Joshua (Diego Calva), que ameaça as jovens para levarem para Oaxaca para encontrar o seu irmão.

Enquanto as jovens estão no veículo, a família da Rocío a procura, e as pessoas da agência de moda que a Vera trabalha também a procuram, devido ela ter levado os vestidos que iriam ser usados para uma sessão de fotos, dando um prejuízo de cerca de 30 mil. 

Foto: divulgação/Netflix

Entre as meninas, Rocío e Carlota são as únicas que sentem pena de Marcela e tentam ajudá-la, enquanto Vera passa por uma crise em seu trabalho com a divulgação de um vídeo que acaba com toda a sua reputação.

Em meio a tanta confusão, Rocío perde a sua carteira com todos os cartões e dinheiro, e Vera tem seus cartões cancelados por seu pai que decide não bancar mais ela, assim, as meninas são obrigadas a aceitar ajuda de alguns estranhos, o que as levam a ter novas experiências, passam a enfrentar seus medos e a se conhecerem. 

Foto: divulgação/Netflix

Com classificação para maiores de 16 anos, Desenfrenadas possui muitas cenas de sexo. Durante os 10 episódios da primeira temporada, temas como feminismo, abuso sexual, abuso psicológico, relacionamento tóxico e tráfico de drogas são abordados. A trama explora nuances de uma geração de mulheres já afetada por mudanças de comportamento individuais, mas ainda refém de opressões estruturantes — de raça e classe, inclusive.

Desenfrenadas, teve um retorno incrível do público, por abordar temas pouco falados na televisão mexicana, apesar disso, a série não foi renovada para a segunda temporada. 

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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Netflix

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