Crítica Love Lies Bleeding, por Entretetizei
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Crítica | Love Lies Bleeding – O Amor Sangra

Com romance, crime e fisiculturismo, filme estrelado por Kristen Stewart é chocante, mas tem final controverso

Em uma era de retorno ao fanatismo pelo shape perfeito, Love Lies Bleeding – O Amor Sangra traz a admiração do corpo sarado como templo. Mas não só isso. O filme também aborda um amor intenso, uma família envolvida em uma teia criminosa e até onde podemos ir para conseguir o que queremos. E surpreendentemente, o novo longa de Rose Glass (Saint Maud, 2019) equilibra todos os pontos com uma narrativa eletrizante.

Katy O'Brian como Jackie
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Sobre Love Lies Bleeding – O Amor Sangra

A trama traz a história de Lou (Kristen Stewart), uma gerente de academia solitária. Um dia, ela conhece Jackie (Katy O’Brian), uma aspirante a fisiculturista que está de passagem do Novo México para Las Vegas, onde irá participar de uma competição. A partir do instante em que se conhecem, Lou e Jackie desenvolvem um amor fulminante que provoca uma reação violenta, e as duas se vêem presas na rede criminosa da família de Lou.

O filme é carregado por uma estética dos anos 1980 muito bem montada em todos os detalhes. Luzes neon, objetos de época e uma trilha sonora retrô compõem a ambientação de Love Lies Bleeding. Além disso, o figurino é uma dose extra ao estilo do longa. Por isso, o espectador se vê imerso na década de 1980 de forma bem potente, o que intensifica o envolvimento com a trama. Sem dúvidas, é um dos pontos de mais destaque na produção.

Love Lies Bleeding tem paixão queer
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Atuações impecáveis

Um brinde para as atuações! Kristen Stewart (Spencer, 2021) entrega um de seus melhores trabalhos até o momento. A cada nova produção, a atriz tem provado que consegue sustentar papéis complexos. 

Além disso, Katy O’Brian (The Mandalorian, 2019-presente) mostrou um potencial enorme no papel de Jackie. Por mais que Lou seja a protagonista, a personagem de O’Brian é quem se torna a figura ativa que trará as reviravoltas do filme. Juntas, as duas precisam lidar com uma mescla de sentimentos muito distintos, como amor, ódio e vingança. Isso aprofunda as personagens, e as atrizes não nadam raso.

Vale destacar, também, que os personagens de apoio não são desperdiçados graças à teia do crime elaborada no longa, que se torna ainda mais interessante pelas atuações. Um salve para Ed Harris (Os Eleitos, 1983) no papel de Sr. Lou, Dave Franco (Truque de Mestre, 2013) como JJ e a engraçadíssima mas pouco conhecida Anna Baryshnikov (Manchester à Beira-Mar, 2016), que atua como Daisy.

Katy O'Brian e Kristen Stewart em Love Lies Bleeding
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Final controverso

Certamente, o final do filme é capaz de dividir opiniões devido à liberdade autoral que Rose Glass tem. Isso porque os filmes da diretora, como Saint Maud (2019), costumam ter um cunho psicológico forte, e o novo longa não foge disso. Porém, Love Lies Bleeding se manteve em um espectro de realidade durante grande parte da narrativa. Por isso, a escolha de fechar o filme de tal maneira gera uma quebra de expectativa, negativa para alguns.

Mas esse ponto tem capacidade de tornar o novo longa ruim? Jamais! Na verdade, ter um final com um viés mais psicológico e quase surrealista, para muitos, torna a digestão do filme mais lenta, e a busca por explicações e finais entendidos vira uma tarefa proveitosa e com discussões bem interessantes.

Kristen Stewart como Lou
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Vale a pena assistir?

Love Lies Bleeding é eletrizante do início ao fim. As atuações são impecáveis e transportam o arco narrativo de forma perfeita. O espectador se sente envolvido durante toda a duração do longa. Além disso, a paixão queer e o humor ácido na medida certa deixam a trama mais completa e chamativa para públicos diversos. Dessa forma, mesmo com um final que decai, o filme tem muito potencial para ser um dos destaques do ano.

Love Lies Bleeding estreia hoje (1) nos cinemas brasileiros.

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Texto revisado por Thais Moreira

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