Entrevista | Bruxa Cósmica: Relação com a bruxaria de verdade e universo artístico

Bruxa Cósmica é uma artista irreverente, forte e comanda a cena de Ballroom nacional nesse momento, e tem tudo para te conquistar em cada resposta

Bruxa Cósmica é um sucesso visual e musical, presente dado ao grande público do movimento Ballroom, e apesar do nome artístico curioso, usa a pele física de Victórya Devin, nascida em Governador Valadares, em Minas Gerais.

Ela é performer, coreógrafa, cantora e compositora, cursando Arte Corporal pela UFRJ, e já foi nomeada Legendary Mainstream da América Latina pelo Icon José Xtravaganza, father do coletivo House of Xtravaganza, fundado em Nova York, em 1982, e coreógrafo da mega turnê Blond Ambition, de Madonna. Ou seja: ela é perfeita no que faz e arrasa as estruturas por onde passa.

Victórya também é a representante da House of Xtravaganza no Brasil e em toda a América Latina, como Princess desde 2020.

Bruxa Cósmica com o rosto coberto com uma máscara de renda, encarando a câmera diretamente.
Foto: Divulgação/Augusto Follmman

E tem mais: Victórya acabou de ser indicada em duas categorias no Video Music Festival 2021, que rola dia 15 de dezembro, com cerimônia de premiação no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. As categorias são Melhor Videoclipe Estreante e Melhor Coreografia em Videoclipe, ambos na modalidade nacional da premiação, e são um reconhecimento para o clipe (imperdível) de Boicote. Que, inclusive, coloca Bruxa Cósmica como diretora de arte, figurino, styling e a coreografia do videoclipe, além de compositora da faixa, claro.

“Tenho essas aptidões de também fazer os figurinos, pensar nos looks, maquiagens. Isso é uma referência que tenho de casa, com a figura de minha avó, que era costureira e uma estilista de nascença. Cresci neste ambiente de pensar nas roupas, no design, nos detalhes. Fico imensamente feliz de saber que as pessoas gostam dessa parte do meu trabalho também. A coreografia foi inspirada em caminhadas de guerra e eu inicio a sequência de dança com o catwalk, um elemento específico do Vogue, e trabalhamos outros elementos do Vogue junto, como hands performance, que são característicos da cultura. A escolha dos passos é para firmar essa dança de guerra, dança de batalha, que é o Vogue em si dentro do Ballroom, uma dança de força, resistência. A coreografia no clipe também traduz a força de nosso grupo, formado por pessoas LGBTQIA+, nossa força diante da batalha e a dança como aliada a essa batalha, por isso no cenário tem o tanque de guerra, por exemplo, tudo fazendo uma relação com o corpo ativo, o corpo pronto para lutar e se manter forte”, explicou ela sobre o prêmio. E agora, na nossa entrevista, revela mais um pouco sobre sua ancestralidade, carreira e inspirações.

Bruxa Cósmica fazendo pose para a câmera, com a perna no alto, bota prateada e roupa rosa
Foto: Divulgação/SuperNova

Entretetizei: Eu adorei que você escolheu o nome artístico de Bruxa Cósmica. Isso teve uma importância ancestral na escolha? Digo: isso tem algo que vem de algum lugar da origem da sua carreira, como um apelido ou algo assim?

Bruxa Cósmica: O nome Bruxa Cósmica se deu por conta da minha trajetória na bruxaria. Eu vim de uma família muito espiritual, tanto da parte de mãe quanto de pai, tenho descendência indígena originária por parte de pai, que foi corrompida a partir da geração da minha avó (mãe do meu pai). Com algumas evidências que conseguimos juntar, somos descendentes de Xakriabá, que é da região norte de Minas, e é muito voltado para a cura, as ervas, minha avó ainda preserva muitos desses conhecimentos. Por parte de mãe, temos conexão com religiões como a católica, a cristã e também a umbanda, porém de uma forma mais esotérica. Conheci a partir da Bíblia o quanto a religião e os dogmas criam realidades e faz você seguir essas realidades e estruturas. Com isso, fui estudando o que me favorecia dentro daquilo que eu acreditava, estudei muito do Cristianismo, estudei muito também essa relação das ervas, como podemos manipular produtos naturais para ajudarem no corpo, na mente. Fui pesquisando o que fazia sentido para mim, de forma independente, mas num sentido científico mesmo, questões neurológicas, biológicas, cognitivas que têm no nosso corpo e relacionando isso com a nossa realidade, e foi a partir daí que comecei a me iniciar na bruxaria. Recebi algum conhecimento por parte de minha avó sobre leitura de mão e fui pesquisar a partir daí a relação com a astrologia. Tudo isso comecei a estudar sozinha pela internet, fazendo pesquisas sozinha, chegando a conhecimentos aprofundados, e analisando tudo da melhor maneira, assim fui me aprofundando sobre como manipular energia, se conectar com essa energia, sobre se iniciar na bruxaria, seguir os dogmas, conectar as vertentes. Nunca me identifiquei com nenhuma vertente wicca, por ser muito afastada da minha realidade e por eu já ter essa referência indígena por parte de pai, então transformei meu ritual da bruxaria como uma pajelança, como uma forma de se conectar à energia que eu tenho ancestral mesmo, como genética, que é essa relação com a natureza. Entendo o quanto faz sentido toda a relação dos povos celtas, com as mitologias, mas para trazer isso para o Brasil, com as referências com que me identifico, precisei traduzir um poucos as coisas e trazer meu ritual para a minha terra.

Bruxa Cósmica com peruca de pedras prateadas, roupa rosa e unhas longas
Foto: Divulgação/SuperNova

E: Aliás, a sua carreira já é extensa e conta com trabalhos muito legais. O quanto isso te impulsionou para seguir como cantora e compositora fora do circuito exclusivo da dança? 

BC: Não considero minha carreira extensa, mas fico muito feliz de já ter feito bastante coisa, muitos trabalhos legais, tive muitas experiências, mas ainda me vejo iniciando, e isso me impulsiona muito (ter vivido essas experiências) porque foram um aprendizado. Vejo meus processos e projetos autorais como uma oportunidade de colocar em prática este aprendizado. É uma correlação de tudo que aprendo e de tudo que coloco em prática. Ser bailarina, estudar o corpo, ser estudante do movimento, enxergar a dança para além de um produto, me abriu muito para entender minha própria arte. Tudo tem um corpo, tudo se move, tudo tem uma corporeidade, uma história e é isso também que busco com meu canto. Continuar mantendo este respeito com a arte e com as minhas experiências e traduzir isso para que outras pessoas se identifiquem com essas experiências, se inspirem, se motivem a continuar. Sou muito motivada pelo amor, pela liberdade, por você poder ser quem você é de forma autônoma, e isso é muito difícil porque não é o dinheiro que vai te dar essa autonomia, nem alguém dizendo o que você tem que fazer, etc. Então, é através do processo de autoconhecimento e é o estudo que proporciona isso. De forma geral, eu estar trabalhando com a minha arte, dançando, coreografando, dando aula, cantando, compondo, atuando, isso tudo é um espaço de processo de aprendizado mesmo. Quando tenho a oportunidade de criar, assinar tudo isso, é um local onde me experimento. Não me cobro tanto como uma entrega a outra pessoa, sei que são trabalhos diferentes mas me permito viver uma liberdade, sem cobrança dos meus trabalhos autorais, porque estou me descobrindo como artista, estou descobrindo qual a minha marca no mundo como Bruxa Cósmica. Sei que tem muito ainda para aprender e expandir, e que isso ainda é tudo o começo dessa caminhada. 

E: Eu assisti e ouvi os seus trabalhos desse ano e adorei que seu estilo de cantar vem de algo muito próximo da recitação. Senti que é como se você fosse uma artista da época marginal (como Ana C, por exemplo), recitando e musicando temas de forma completamente poética. Você sente que esse é um trabalho que vai ganhar ainda mais público no Brasil, que ainda é um país que demonstra certo medo do novo na arte?

BC: Acredito que sim, que é uma forma popular de cantar, próximo à conversação, à recitação da poesia, principalmente. Considero isso ainda muito novo, o Brasil precisa entender a sua própria história, o quanto nosso país é múltiplo e todas as nossas formas de expressão. O que eu tenho, quero compartilhar, quero que as pessoas se sintam acolhidas também, não é para distanciar ninguém, pelo contrário. É engraçado porque às vezes sinto que o público um pouco mais velho, por volta de 40 anos, ama muito meu trabalho, às vezes não entendem muito a minha forma de cantar, mas conseguem sentir algo diferente, algo novo, e se isso inspirar alguém é o que mais me deixa feliz porque se comunicar com pessoas da mesma faixa etária pode ser mais fácil, mas se comunicar com pessoas que não entendem nada da sua realidade e eles gostarem, te motivarem, isso é muito gratificante. É uma das experiências mais loucas quando alguém que não faz parte da sua realidade se identifica com aquilo, acho que isso é arte: conseguir traduzir esta pluralidade para que outros se identifiquem mesmo sem entenderem direito no momento. Isso abre espaço para cada um ir explorar e descobrir mais sobre aquilo, e isso me deixa fascinada, de poder instigar alguém a ir conhecer mais do meu trabalho. 

E: Boicote é uma música genial! Desde a letra até o clipe. Como foi elaborar a ideia visual do vídeo ao redor da letra?

BC: Boicote foi uma experiência maravilhosa. O processo de escrever a letra veio antes, e depois o processo de produção musical com o Lírio Lym, que é meu produtor. Começamos a construir os intervalos de tempo, com o impacto que a gente queria, toda essa sonoplastia da música em geral. Após tudo isso ficar pronto, eu ficava imaginando um filme, toda vez que ouvia a música vinha um filme na minha cabeça e comecei a tentar trazer para a minha realidade esse filme que estava na minha cabeça. Não consegui reproduzir 1% do que eu queria, porque não tinha essa possibilidade financeira, o clipe foi totalmente independente, sem patrocínio, nem apoio, então fiz como pude. Fui atrás dos significados que aconteciam na minha mente, o sentido que esse filme tinha na minha cabeça, que era um filme de ação, com várias locações, helicópteros, não consegui mas encontrei soluções, como os locais do clipe, que traduzem um pouco a sensação, como o tanque de guerra, que fica num espaço ex-militar aqui no Rio. Isso tudo tem a ver com a mensagem da música, que fala de resistência, subversão, sobre não concordar com a política e governo atuais. Esse tanque de guerra do clipe é um objeto icônico dos anos 50, 60, do exército brasileiro, e foi muito significativo estar ali com nosso grupo, com pessoas trans, homens gays, eu mesma com a minha realidade. Tudo foi elaborado com muito cuidado para poder manter a intenção do que eu havia pensado daquele filme de ação, em que a gente subverte o controle sobre os nossos corpos, nossas vidas, tomando este controle das mãos de quem tem.

E: Eu senti que Witch Cxnt tem uma pegada visual extremamente elegante e  que se destaca bastante do que andamos vendo por aí no cenário musical, e eu acho que tem muito ali que poderia ser usado de referência de fotografia para as novas gerações. Como foi o processo de desenvolvimento de um vídeo tão limpo, mas tão provocativo ao mesmo tempo? 

BC: Em Witch Cxnt, quis trazer este contraste com Boicote, que tem um clipe mais cultural, em que eu apresento minha cultura, de onde eu vim, minha intenção, qual é a minha força. No Witch Cxnt, a ideia é mostrar mais o lado particular, íntimo, mais interno meu. Todo o visual também foi produzido por mim, foi pensado, elaborado por mim, mas foi um desafio pensar que o vídeo seria tão limpo. Eu me apeguei muito à minha corporeidade, ao meu olhar e intenção interna, como no preenchimento de câmera, no próprio preenchimento de vídeo e coloquei poucos elementos para guiar o clipe em si. Tivemos três locações, tem apenas uma sequência coreográfica, não foi um clipe em que eu quis dançar muito, quis encarar mais de frente minha atual realidade, que é a voz, a lírica, que é falar e usar essa potência que temos que é a fala. Foi um desafio, na verdade, eu gosto muito de ter bastante o significado das coisas, com bastantes elementos, e esse clipe foi um desafio nesse sentido porque foi mais limpo, centralizado e interno, focado em traduzir e me apresentar como uma porta-voz de uma força. A força é Boicote e quem carrega essa força sou eu, Witch Cxnt.

E: Eu também quero – muito – saber como anda a recepção do público a cada passo que você dá. Porque eu assisti todos os vídeos que você postou e percebi que tem uma fluidez neles. Eles não seguem muitas semelhanças, mas trazem muita força representativa (de corpos, de vozes, de lutas, de causas) e me deu um quentinho no coração ver que não tem uma quebra bruta de um trabalho para o outro, como geralmente existe em trabalhos de artistas hypados. Como isso se reflete no público?

BC: Fico muito feliz de saber que você sentiu isso e que aqueceu seu coração porque eu gosto de ver também nas pessoas que acompanho, cantoras e cantores de modo geral. Gosto de ver que aquele artista e aquele outro tem uma personalidade, que ele tem algo que motiva mais do que só estar ali, sendo um cantor, um artista, que a arte vem de outro lugar, ela vem antes disso tudo. Tento seguir a minha verdade, minha a realidade, e não sei como vai ser minha próxima criação, por exemplo. Já tenho ideias, referências e inspirações, mas, na realidade, o próximo passo tem que ser orgânico, natural, tem que vir de dentro para fora. Acredito que quem me acompanha e gosta do meu trabalho também espera algo assim, que saia de dentro de mim, porque quem me acompanha sabe quando não estou confortável, sabem quando não é a minha força, quando não sou eu mesma. Quero me comunicar com essas pessoas que me sentem e quero que elas sintam a minha verdade também. Quando faço uma obra autoral, tendo essa liberdade para falar, falar de verdade o que está no meu coração, não estou seguindo um padrão, um roteiro de marca para fazer, a marca sou eu, então vou usar este espaço para me libertar e expressar a realidade daquela música, e quem me curte vai se enxergar ali, vai me enxergar ali e vai viver aquilo junto comigo. O público tem gostado, fiz há poucos dias um show ao vivo tocando os três singles que lancei e fiz uma performance de Witch Cxnt ao vivo no Festival Internacional de Documentário de Moda, organizado pelo IED, Instituto Europeu de Design. Foi maravilhoso, as pessoas ficaram surpresas. Eu gosto de ver a reação das pessoas assistindo porque elas não imaginam que eu vou fazer aquele tipo de música, cantar aquelas letras, isso me dá uma motivação.

E: Onde você costuma encontrar inspiração para as letras das músicas? Surge aos poucos, como uma construção? 

BC: Isso é muito variável porque às vezes escrevo sobre uma realidade, sobre algo que me aconteceu, às vezes escrevo porque aquilo me despertou uma sensação e eu começo a imaginar em cima daquela sensação. Às vezes escrevo porque as palavras são bonitas e eu tenho vontade de usá-las. Às vezes escrevo porque comecei a criar diálogos na minha mente e aquilo acaba se tornando uma história, e da história se torna poesia, na poesia encontro uma musicalidade, uma harmonia. É muito múltipla a minha inspiração para escrever. Sempre gostei de escrever e a primeira música que compus é uma canção gospel, eu tinha sete anos de idade e mostrei para minha mãe e uma amiga dela, e era uma história sobre o Rei Davi, então sempre fui meio emocionada com as histórias, com a realidade, com a existência de um modo geral. Se alguma coisa existe e me desperta um sentimento, uma sensação, provavelmente eu vou escrever sobre aquilo. Não que vá se tornar música, mas vou escrever sobre, e começa um pouco assim, pelo meu gosto de escrever. Algumas dessas escritas ficam bonitas e se tornam melódicas e acabam se tornando música. Outras não, como Boicote, por exemplo, que eu escrevi e não estava achando muito bonito, não era sobre ser bonito, belo ou poético, era sobre dizer “basta”, dizer “me respeite”, “se coloque no seu lugar” e “me dê espaço”, e às vezes isso também é necessário, colocar para fora, desabafar. Eu me permito também escrever sobre um local de expressão mesmo, seja de sentimentos bons, conturbados, seja o que for, eu me permito escrever. Mas para virar música é todo um processo, depende de muitos fatores.

E: Você é uma performer incrível, e não há dúvidas disso. Já houve a ideia de uma exposição virtual do seu trabalho? Como uma live interativa ao estilo performance artística? Com os fãs interagindo de forma virtual e direto com o seu trabalho do momento?

BC: Obrigada! Isso seria um sonho para mim. Eu já tive vontade, vejo em alguns jogos isso acontecendo, show virtual, lives, e esse mundo virtual, interativo, é meu sonho. O meu segundo público mais potente é no Spotify, se encontra nos Estados Unidos e eu não sei quem são essas pessoas, gostaria muito de encontrá-las. Acho que se eu tivesse a oportunidade de fazer um show interativo virtual, uma performance, eu iria conseguir reunir essas pessoas que me escutam, reunir meu público, que não conheço. Vamos ver se não aparece uma oportunidade para fazer isso acontecer. Por enquanto, estou tentando levantar live performances para filmar e disponibilizar no YouTube, porque acredito muito nessa linguagem da performance ao vivo. Mas é meu sonho fazer a performance virtual interativa, se alguém que estiver lendo quiser me ajudar nessa, estou super aberta.

E: Seu estilo é muito artístico, e eu sinto que tem muito mais por vir, além de músicas e coreografias tão expressivas… Tem planos para os próximos passos? Especialmente nesse momento em que o mundo está ensaiando voltar ao normal (ou ao mais normal possível)? 

BC: Meus planos agora são de mergulhar cada vez mais na música, na voz, na arte vocal, na fala, e continuar estudando muito para expandir meu entendimento e conhecimento sobre tudo isso, e para preparar meu primeiro álbum. Quero muito fazer e lançar um álbum, espero que isso aconteça em 2022. Tenho mais singles para virem antes do álbum, com certeza ainda lançarei alguns em breve. O álbum precisa de um tempo maior, já estou trabalhando nele, entendendo as possibilidades, porém os singles também podem esperar que já estão vindo por aí. Espero que a gente possa se conectar cada vez mais, seja de forma virtual ou com shows presenciais, espero rodar o mundo e entender a conexão com as pessoas através da música, da arte, porque isso me alimenta, e quero poder alimentar a esperança, a inspiração de pessoas que muitas vezes não têm nenhuma referência, não têm quem traduza esses sentimentos que muitas vezes não são simples, não são fáceis de compreender, mas através da arte acontece esse acolhimento, então vamos fazer. A arte me salvou, me abraçou, me fez compreender muito de mim mesma. Foi através da arte que consegui curar parte da minha vida e evoluir, ter forças para continuar, então é isso que quero conseguir passar para quem me escuta, para quem um dia vai me ouvir, essa esperança, essa força e, principalmente, o amor próprio, o autocuidado, que é o que a gente tanto precisa neste novo momento, aprender a cuidar e amar de si mesmo com generosidade para poder dar isso ao outro. Poder ser quem você é para ser um coletivo, ser um para ser o todo. Este é meu maior lema, é o que eu entendo da vida, é um dos ensinamentos que a bruxaria ensina muito, que Jesus Cristo ensina, que o Budismo ensina, que todas as religiões de modo geral ensinam. Conheça-se e cuide-se primeiro para poder auxiliar o outro. E que a arte venha para poder nos ajudar, vou seguir trabalhando na minha arte, na minha história, vivência, processo criativo, para que isso se multiplique e floresça não só para mim, mas para todo mundo.

Bruxa Cósmica fazendo pose, com botas prateadas, roupa rosa e peruca de pedras prata
Foto: Divulgação/SuperNova

Eu amei conhecer melhor o trabalho da Bruxa Cósmica por meio dessa entrevista, e o Entretê adora a ideia dos trabalhos dela crescendo ainda mais. E você? Conta pra gente sobre o que você curte nesse estilo, lá nas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Divulgação

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