Halloween: como as bruxas do cinema contam a história da bruxaria

Seis bruxas do cinema que falam sobre bruxaria real, mas que não te matam de susto

Se você é uma pessoa antenada nas realidades diversas que existem ao seu redor, já deve ter ouvido falar sobre wicca e sobre bruxaria natural. Acontece que, longe da ideia de que as bruxas são apenas uma nova representação do feminismo, existem bruxas e bruxos de verdade por aí.

Harry Potter que nos perdoe, mas na verdade a bruxaria é um conceito de estudo e prática, e não envolve varinhas, pedras da ressurreição e nem capas da invisibilidade. As bruxas estão soltas mesmo, mas não é no sentido negativo!

Para te lembrar de que a bruxaria pode ser uma coisa muito boa e que não é só sobre ser as netas das bruxas que não foram queimadas, reunimos seis filmes sobre bruxas que falam muito sobre a realidade do mês de outubro!

Para te provar que o Entretetizei também é cultura, vem aprender sobre as obras de ficção que podem te ensinar sobre as bruxas de verdade.

Segue o fio…

Matilda (1996)

Foto: Divulgação

Se você assistiu Matilda na infância e achou que aquela era só uma história fofinha sobre uma garota com poderes que escolhe fazer o bem, você assistiu meio certo.

Com uma narrativa que aborda a infância de Matilda, a protagonista infantil cheia de poderes mágicos, com uma família disfuncional e com o dom para criar justiça, o filme mostra a base da bruxaria: moderna ou ancestral.

Tendo um pouco de conhecimento adequado sobre o tema, é fácil descobrir que as bruxas são, na verdade, versões adultas da Matilda. Usando foco na leitura e no estudo, com aprendizado sobre justiça, poder da mente e senso crítico, a bruxaria real está muito presente na abordagem da obra.

Abracadabra (1993)

Foto: Divulgação

Um clássico do Halloween de qualquer criança dos anos 90 e 2000, Abracadabra reúne um elenco de peso, com nomes como Bette Midler, Kathy Najimy e Sarah Jessica Parker. O longa conta sobre as três irmãs Sanderson.

As irmãs são bruxas vilãs que sugam a vida de criancinhas para se manterem sempre jovens e belas. Mas quando uma dessas armadilhas dá errado e elas são mortas por enforcamento, a mais velha das irmãs Sanderson, Winifred (Bette Midler), taca uma maldição na sua vila inteira e promete voltar, anos depois, no Dia de Todos os Santos.

Claro que a gente sabe o fim da história, se diverte com a comicidade do roteiro e cruza os dedos com ansiedade para mais aventuras dessas três bruxas. Mas na verdade esse não é um filme tão aleatório assim… Com cenário baseado em Salem, Massachusetts, o filme satiriza o que de fato aconteceu naquela região em tempos passados. A Caça às Bruxas foi um evento de Salem, e tem uma história triste. E para dar uma dica extra, fica aqui a chamada para o livro Eu, Tituba: bruxa negra de Salem, romance baseado em uma das primeiras bruxas caçadas por lá.

O Serviços de Entregas da Kiki (1989)

Foto: Divulgação

Com direção de Hayao Miyazaki, fundador e diretor do estúdio de animação mais famoso do Japão, o Studio Ghibli, O Serviços de Entregas da Kiki conta sobre a jovem Kiki, uma bruxa que chegou ao seu ano de transição e precisa se afastar de casa para aprender a se virar sozinha.

Claro que o filme tem romance juvenil, aventuras leves e personagens apaixonantes, isso além da qualidade de roteiro e animação, mas tem uma pista escondida no filme: as bruxas reais também tiram um ano para si!

Chamado de Ano da Iniciação, as bruxas costumam tirar um ano de estudos intensos e práticas mais básicas, para poder aprender sobre o ofício das ervas, as funções das pedras, a força dos elementos da natureza e a importância das artes de adivinhação.

Diferente da Kiki, é claro, as bruxas não voam em vassouras, mas aprendem a se virar e usam esse ano de aprendizado para se conhecerem melhor e descobrir se aquela crença faz sentido em suas perspectivas.

O Castelo Animado (2005)

Foto: Divulgação

Mais uma pérola do Studio Ghibli, também dirigido pelo incrível Hayao Miyazaki, o filme é uma adaptação da obra homônima que conta com três volumes sendo de autoria da inglesa Diana Wynne Jones.

Sophie leva uma vida monótona e completamente rotineira, até ser ajudada por um bruxo misterioso e acabar sendo amaldiçoada por uma bruxa e se tornando uma velha. Para quebrar a maldição, Sophie vai atrás do bruxo que a ajudou e se torna uma moradora do seu castelo andante e mágico. Tudo isso em um cenário de guerra!

Parece bobagem, mas O Castelo Animado também tem partes sobre a bruxaria real. O bruxo Howl, por quem Sophie acaba apaixonada, é um reconhecido feiticeiro e usa seus dons para – além de combater a guerra do seu próprio jeito – vender poções e infusões que ajudem as pessoas das vilas a se curarem. Baseado em dois lugares diferentes, um em cada reino da guerra, Howl é um herói inegável e mostra um pouco como funciona a bruxaria natural: com apreciação da natureza e trabalhos curandeiros.

Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira (1996)

Foto: Divulgação

Sabrina Spellman é uma adolescente que vem de uma família de bruxas e está aprendendo a domar seus poderes e se relacionar com a magia. Focado em falar sobre adolescência e força feminina, o seriado misturava comédia e romance e criava situações inusitadas. A ideia gerou inspiração para filmes e até uma releitura atual, produzida e distribuída pela Netflix, chamada O Mundo Sombrio de Sabrina.

Apesar de toda a fantasia envolvida na ideia, Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira era leal com a ideia de bichos de estimação companheiros das bruxas.

Os gatos – não só os pretos – são animais muito próximos e queridos pelas bruxas, porque eles são sensíveis e mais racionais, além de completamente instintivos. Seguindo a importância dos chamados animais totens e da facilidade da relação do feminino com o felino, o livro Minha Lady Jane também brinca sobre a importância da ligação humana com seu instinto animal, e sobre como cada bruxa pode se adequar de acordo com a sua personalidade. Os gatos pretos são animais logo associados com a bruxaria, por causa da crença popular que eles trazem azar. A verdade é que, além do gatinho Salem, da Sabrina, muitas obras de ficção sobre bruxaria tentam a todo custo tirar essa imagem sobre os felinos pretos.

Da Magia à Sedução (1998)

Foto: Divulgação

Para fechar a lista com chave de ouro, trouxemos o filme Da Magia à Sedução, estrelado por Sandra Bullock e Nicole Kidman.

As irmãs Owens são descendentes de uma família ancestral na bruxaria, toda composta por mulheres, as gerações estão amaldiçoadas a nunca conseguirem o amor verdadeiro.

Quando a personagem de Nicole Kidman mata, sem querer, seu namorado abusivo apenas usando ervas, as duas se enroscam em uma situação complicada com a lei e tentam a todo custo se livrar do detetive que busca o corpo do falecido agressor.

Além de debater sobre relacionamentos abusivos, luto, suicídio e família, Da Magia à Sedução usa mais do que o imaginário bruxo e fala com certa fidelidade sobre como as bruxas conhecem as ervas e são curandeiras, mas ainda melhor: fala sobre como são mesmo feitos os feitiços. Na infância, a personagem de Sandra Bullock faz um feitiço para que seu homem dos sonhos seja perfeito e inexistente, e mais importante do que o romance do filme, a verdade é  que feitiçaria é exatamente mudar o ritmo da vida com o poder da mente (falando bem superficialmente sobre o tema, claro!).

Agora conta pra gente qual desses é o seu filme preferido sobre bruxas e se você sabia que todos eles bebiam mesmo da fonte real dessa religião pagã. Estamos te esperando nas nossas redes sociais: Twitter, Insta e Face.

*Crédito da foto de destaque: Arquivo pessoal

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