Em entrevista exclusiva ao Entretetizei, a cantora contou detalhes do seu novo clipe Onda e expectativas para 2021
Malía, cantora carioca de 21 anos, está abrindo seu espaço. Com uma voz forte, potente e única, ela já coleciona inúmeras conquistas. Em setembro de 2019, foi uma das grandes atrações do Rock in Rio, muito elogiada por Zé Ricardo, diretor artístico e curador do festival.
Além disso, a compositora realizou o sonho de gravar ao lado de Alcione, que é sua grande inspiração na música e já soma participações com artistas como Jão, Rodriguinho, Mc Zaac, Mumuzinho e o rapper BK. Agora, lança seu mais novo single Onda, com participação especial de Léo Santana.
https://www.instagram.com/p/CLK9fNFhyXQ/
Com muito humor e simpatia, Malía falou ao Entretetizei em entrevista exclusiva sobre suas parcerias musicais, pessoas que admira, trabalhos na pandemia, expectativas para 2021 e muito mais. Confira a seguir:
Você se chama Isadora, de onde vem o nome Malía?
Eu pensei muito quando fui procurar por nomes artísticos porque eu queria um com o qual eu me identificasse bastante. Pesquisei nomes africanos e surgiu Malía, que foi o nome que mais me abraçou. Acho que é importante ter um nome artístico para distinguir quem é você e quem é o artista, separar o lado profissional do pessoal porque muitas vezes é tudo muito junto misturado. Então é legal saber quem é a Malía e quem é a Isadora.
No clipe, você faz personagens? Qual mensagem você quis passar?
Eu queria muito que o clipe imprimisse uma das coisas que eu mais gosto que é festa. [Retratar] um momento em que as pessoas estão celebrando e resistindo, por mais que, às vezes, a vida não esteja tão fácil, sabe? Eu quis mostrar as infinitas possibilidades de ser quem eu sou e que as pessoas ao redor sentissem essa mesma vibe. Por isso quatro personagens, quatro Malías completamente diferentes mas que, ao mesmo tempo, tem uma linha condutora que é uma única pessoa, porque nós podemos ser quem a gente quiser ser. Às vezes a gente vai acordar num dia que estamos de um jeito, vamos querer usar uma roupa e ouvir uma música e em outro dia estaremos de outro jeito. Eu tenho muito disso e acho importante você saber se ouvir pra entender quem você quer ser. E claro, sempre respeitando todas as possibilidades e as pessoas ao seu redor.
E as inspirações de moda do clipe? A bota que você usa no início, é linda!
Quero dar um destaque pro Marcell Maia, meu stylish, que é incrível! Ele traz muita informação de moda, entende muito o que eu quero e traz várias referências. A gente troca essas figurinhas e vamos chegando num denominador comum. Eu deixei ele trabalhar muito tranquilamente, a assinatura é dele. Ele já me conhece o suficiente pra saber o que faz sentido ou não e eu vou separando os looks que ele apresenta. Eu queria uns looks que fossem diferentes e que tivessem muita personalidade. Esse primeiro look, por exemplo, além de eu ser apaixonada por essa bota, o Marcel colocou duas pulseiras da Versace nelas. Então são esses mínimos detalhes que são feitos para se tornar algo singular e para fazer a diferença, porque a gente acredita num trabalho rico em detalhes.
Como foi feito o convite para a participação do Léo Santana em Onda? Vocês já planejavam fazer algo juntos?
Essa música foi escrita há uns dois anos atrás e já foi feita para ser interpretada por mim e pelo Léo (rindo, ela diz : “gente, eu sou muito abusada”). Sou fã do Léo e quando assisti um show específico dele em Niterói (RJ), fiquei muito encantada pelo profissionalismo, pela sonoridade, por quanto ele é grande no palco. Ele é um artista com uma performance sem igual, como poucos no Brasil, acho o show dele muito completo. E isso me impulsionou. Só que pra que esse momento aconteça e faça sentido, nós precisamos passar por algumas outras coisas, mudar de fase no trabalho… então houve um belo momento que eu, no estúdio, mandei uma mensagem pra ele e falei sobre a música. Ele quis ouvir, curtiu e a gente fez acontecer.
E como foi trabalhar com o Léo Santana?
O Léo é muito profissional, uma pessoa incrível e eu aprendi muito com ele. É generoso, ele escuta, ele traz coisas, é muito detalhista. Ele traz a visão dele pro trabalho e é muito bacana porque dá pra ver que ele se sente parte e faz com que a gente se sinta parte daquela parceria, sabe? Isso é especial, trabalhar com uma pessoa que te dê espaço pra falar as coisas, que soma. Foi incrível e ele é um profissional exemplar.
O clipe de Onda foi gravado durante a pandemia. Como foi esse processo? Quais os cuidados tomados?
Existem algumas dificuldades óbvias por conta do distanciamento, mas todo mundo que estava ali tinha feito o teste e estávamos dentro dos protocolos da OMS. Fiquei tranquila por não ter sido meu primeiro clipe gravado na pandemia, foi o quarto. Então eu já estou meio que acostumada, já sei como é, que existe todo um ritual: limpar sapato, não entrar com sapato no set, não permitir que qualquer pessoa entre no set e só entrar quem realmente tiver feito o teste. Então é diferente, mas ao mesmo tempo a gente já entendeu como fazer.
Antes de lançar o clipe, você comentou sobre ter se inspirado na Rihanna. Conta mais!
A Rihanna me inspira em como ela consegue traduzir muito bem o que acredita e transpor isso para a música. Acho muito interessante como ela faz isso no comportamento e como existe uma pluralidade em tudo o que ela faz. Ao mesmo tempo, tem um conceito ali muito forte e acaba sendo muito potente. Isso me inspira demais.
Você já tem feat com Rodriguinho, com Mumuzinho e agora canta pagode baiano com o Léo Santana. Você já pensou em fazer um álbum de pagode ou samba?
Eu não me prendo a gêneros, tanto que eu denominei minha sonoridade de trapcal. Não me prendo nem a cabelo (risos)! Acho que é tudo muito fluido, não somos uma pessoa só o tempo inteiro. Nós somos várias coisas e é óbvio que a gente vai criar um conceito mas não acho que haja limites. Eu não descarto nada porque eu penso que as possibilidades estão aí para serem usadas e pra gente fazer acontecer, é só ter um espaço e, se fazer sentido, com certeza eu faço.
Há planos de novo álbum?
Olha, não sei qual o formato ainda. Não sei se vai ser álbum, não sei se vai ser EP mas tem projeto que eu tô pensando, formulando. Pra esse ano pode esperar outros feats que eu tô bem animada pra fazer e eu tô bem ansiosa com o que esse ano pode nos trazer. Espero que os shows voltem!
Como foi sua pandemia?
Eu trabalhei na pandemia. Tive meus lançamentos (FLOW, Mexe, Kimbala), fechei parceria com algumas marcas. Mas não trabalhei tanto quanto gostaria de ter trabalhado. É sobre isso também, sobre a gente repensar como vamos colocar os projetos que tínhamos na mente pra rua, tudo da melhor forma, sendo responsável, e entendendo onde estamos pisando.
Sabemos que você admira muito a Alcione. Como foi conhecer e gravar com sua ídola?
Foi maravilhoso porque ela é uma mulher muito generosa e é incrível você ser reconhecido por uma pessoa que você ama, que você acompanha por muito tempo e admira. É muito surreal. Ela me trouxe uma força muito grande. Ter a Alcione do meu lado, legitimando quem eu sou, é muito incrível.
Você já foi muito comparada com a Iza. O que acha dessa comparação?
Maravilhoso! Além de a Iza ser esteticamente linda e perfeita, a música e a entrega dela são maravilhosas. Eu amo a stylist que a veste, Bianca Jahara. (“A Iza, vai que em breve a gente faça um feat”, brincou). Eu a admiro muito, é uma mulher preta que tá ocupando os espaços, uma das maiores artistas do país e o posicionamento dela é muito importante. Então, amem pela Iza.
Como foi pra você participar do Rock in Rio?
Foi incrível ter a experiência de participar do backstage de um festival que, muitas vezes, a gente está como espectador. Estar lá, como cantora e apresentadora, foram experiências incríveis que me trouxeram uma bagagem e uma experiência prática muito legal e eu vou trazer isso pra vida.
Você teve uma ascensão na carreira relativamente rápida depois do seu contrato com a Universal Music. Já teve, por exemplo, três músicas em novelas. Qual é a sensação de ouvir suas músicas ali?
Pra mim, que tô dentro dessa loucura, é um processo que eu não consigo mensurar, não consigo ter noção da dimensão das coisas. Mas é maravilhoso ser reconhecida! É maravilhoso ver uma novela que está tocando sua música, mesmo que ainda o seu rosto não chegue nos espaços. Eu me sinto muito feliz por ter chegado até aqui e por ter tido pessoas ao meu redor que me ajudaram a crescer, que estão comigo nessa e que acreditam no meu sonho. Além dessas pessoas que estão do meu lado, poder me conectar com outras pessoas que ainda não me conhecem e que vão me conhecer por ali, é maravilhoso. Muito gratificante.
Quais são suas expectativas para 2021?
Ai, eu tô muito positiva! Tenho muitos trabalhos, projetos, contribuições. Eu já tô fazendo. Vão ser lançadas várias coisas e tô com um expectativa muito positiva.
Confira o clipe de Onda:
Conta pra gente, qual sua música preferida da Malía? Siga o Entretetizei no Twitter, Insta e Face pra ficar por dentro de todas as notícias do mundo da música.
*Crédito da foto de destaque: Divulgação Universal Music