Foto: A2 Filmes/Divulgação

Resenha | Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa

O longa conta a história de uma menina judia alemã que nunca perdeu sua resiliência

Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa (2019) proporciona uma história de inocência e mostra a resiliência de uma criança, tentando entender o nazismo sob a percepção da perseguição de sua família. O longa pode ser comparado com a ingenuidade e a infância roubada que vemos em A Menina que Roubava Livros (2013) e Jojo Rabbit (2019). 

Essa produção alemã possui grandes mulheres por trás. O filme é dirigido por Caroline Link, cineasta alemã que foi reconhecida com um Oscar, anteriormente, por Lugar Nenhum na África (2003). Além disso, a obra é baseada no clássico infantil, semi biográfico e homônimo, de Judith Kerr

Foto: A2 Filmes/Divulgação

Anna (Riva Krymalowski), de 9 anos, é uma menina judia alemã que vive uma vida tranquila, com preocupações normais de uma criança: fazer amizades e brincar com seus bichinhos de pelúcia. Porém, a sua rotina é inesperadamente virada do avesso quando seu pai, um articulista de jornal de muito prestígio com uma posição contra o nazismo, passa a ser perseguido com a ameaça de Hitler no poder

A primeira grande decisão da menina, antes de fazer sua mudança repentina para a Suíça, começa na escolha inocente de qual companheiro de pelúcia ela deve levar. Entre um esfarrapado coelho rosa e um mais novo, ela prefere levar o mais novo para não magoá-lo, deixando o coelho e seus outros brinquedos para quando pudesse voltar. Ela só não esperava que não fosse voltar

A partir desse ponto, acompanhamos um roteiro de amadurecimento da personagem que é muito sagaz e consegue entender em partes a gravidade da figura de Hitler, mas não compreende o porquê de não poderem mais voltar para casa. 

Foto: A2 Filmes/Divulgação

Anna é inspiradora por sua resiliência e pela coragem com que encara a sua nova realidade. Ela leva consigo que, para qualquer lugar que vá, ela terá que se provar sempre mais esforçada e mais trabalhadora que o restante das pessoas, por conta de seu status de refugiada.

Além disso, não somente as barreiras culturais e linguísticas são tratadas sob o prisma de visão da garota, o longa também introduz a xenofobia e o antissemitismo, com o cuidado necessário para não perder o ponto do vista inocente no qual a audiência é inserida. Este é o maior trunfo de Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa: a capacidade de colocar o telespectador no lugar de Anna e sentir empatia por ela. 

Hitler fez com que Anna e sua família perdessem sua casa e seu conforto., Além de algumas das casas que encontrou pelo caminho, como a Suíça e a França, até conseguirem se estabelecer definitivamente na Inglaterra. A figura do coelho cor de rosa está sempre presente como a lembrança ingênua de um passado deixado para trás, que não antecipava uma infância difícil de uma refugiada

 

Trailer de Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa

 

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*Crédito da foto de destaque: A2 Filmes/Divulgação

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