Co-protagonista de Bia concedeu uma entrevista ao Entretetizei
Gabriella Di Grecco é co-protagonista da série Bia, do Disney Channel, e antagonista do especial da série que foi lançado no Disney Plus. Ela já fez dança na Broadway, estudou na American Academy of Dramatic Arts, é tecnóloga em Ciências Ambientais, especializando-se no bioma do Pantanal e estudou Arte Samurai no Japão, com o mestre Samurai Tetsuro Shimaguchi, treinador e coreógrafo do filme Kill Bill.
A atriz já interpretou papéis centrais em musicais como Cinderella e Cinza, teve também passagens por Globo e SBT, mas foi na trama da Disney que a atriz ganhou seu papel de maior destaque. Em 2020, Gabriella foi convidada para ser apresentadora do Disney Planet News, um programa que mostra os bastidores e novidades da Disney Channel, exibido no Brasil e em toda a América Latina, e gravado em português e espanhol.
Além disso, Gabriella lançou também seu canal no YouTube com o projeto independente Tamo Junto, um programa onde recebe artistas, os convida para um bate papo e fazem música juntos. Nesse projeto, Gabriella elabora um cenário que é a cara do seu convidado, mudando a estética visual do programa conforme o artista que está com ela. O mesmo ocorre com as músicas, os covers, mashups e featurings: a escolha das canções mostra a identidade sonora do convidado. Com o bate-papo, conhecemos quem é o artista convidado de verdade, tocando em um lugar onde ele mostra que é um ser humano como qualquer um.
Confira a entrevista completa com Gabriella Di Grecco:
Entretetizei: Antes de chegar à Disney você passou por outro sucesso teen, Cúmplices de um Resgate. Qual a principal diferença na rotina de trabalho fora do Brasil?
Gabriella Di Grecco: Cúmplices era uma novela, então gravávamos muitas cenas por dia (entre 20 e 30 cenas). Por essa razão, o dia a dia era super dinâmico no set, estudávamos a cena com bastante objetividade e as gravações eram rápidas. A comunicação no set era bem precisa para ter esse andamento rápido. Bia é uma série. Apesar de ser exibida diariamente na televisão, o andamento no set era outro. Gravávamos 10 cenas por dia. Por essa razão, uma cena poderia ser gravada repetidas vezes antes de ir para a próxima.
Entretanto, ainda que existam essas diferenças técnicas, Bia e Cúmplices tinham uma coisa em comum: uma sensação de família. Tanto em Bia como em Cúmplices eu me senti completamente acolhida pelas pessoas que trabalhavam ali. Foram duas experiências muito gostosas e delas levo pessoas para a vida inteira!
E: A série Bia requer uma carga emocional muito grande, por todos os conflitos gerados ao longo da trama. Como foi a preparação para interpretar a Helena?
GDG: Foi bastante interessante, e me fez crescer muito, na verdade. Por alguma razão, me chegaram muitos personagens com vivências traumáticas e uma carga dramática intensa. A Ana/Helena é uma personagem que entra nessa categoria. Entretanto, em Bia, essa personagem me fez levar toda essa intensidade, dramaticidade e profundidade para um lugar que não fosse sombrio, o que me fez descobrir matrizes muito interessantes. Como atriz, como artista, tive que evoluir para entregar um personagem traumatizado, com medo, mas que tinha sempre uma aura de esperança. Era possível ver luz através da Ana, apesar de todas as camadas densas. Sem contar a parte de fazer tudo isso num idioma que eu ainda estava aprendendo, hahaha! Foi uma experiência espetacular como atriz.
E: Bia é um sucesso no Brasil e no mundo. Você imaginava receber tanto carinho dos fãs?
GDG: As séries da Disney são muito bem recebidas. Então, de certa forma alguma coisa era esperada sim. Entretanto, o que me impressiona todos os dias até hoje é como os fãs manifestam esse carinho. É um amor muito grande, maior que eles, maior que eu, maior que você. Quando me dei conta disso, passei a dedicar uma parte do meu tempo a estar com eles nas redes… lendo, respondendo tudo o que posso para lembrá-los de que eles também são amados. E é nesse lugar onde não existe essa ideia de ídolo-fã. Existe dar e receber. Todos somos dignos e merecedores disso.
E: Como foi interpretar uma vilã em Bia: Um Mundo do Avesso?
GDG: Foi uma delícia! Depois de quase 2 anos vivendo na pele da Ana/Helena, ter a oportunidade de dar vida a essa personagem com uma personalidade totalmente oposta foi um presente! Ainda mais sendo uma vilã! Fazia tempo que não fazia maldades com licença poética, hahaha! É muito legal poder viver um personagem do avesso. Foi uma sensação de liberdade inexplicável!
E: Seu talento musical foi despertado em Bia?
GDG: Sempre amei a música e ela sempre esteve presente na minha vida. Para cada projeto que trabalhei, tratei de trazer a música de alguma forma. Tanto nas peças de teatro musical quanto em novelas, a música sempre esteve presente. Em Bia, especificamente, tive a oportunidade de olhar para o piano. Sempre quis aprender a tocar piano e quando a Ana chegou, senti um chamado para aprender a tocar esse instrumento. Essa personagem se expressa através do piano, é como ela demonstra suas emoções, seus sentimentos… Não tinha como não tocar de verdade o piano nas cenas! Conversei com o diretor Jorge Bechara, contei para ele que queria aprender piano para fazer a personagem e ver com ele a possibilidade de inserir planos onde aparece a personagem tocando de verdade e ele adorou! Então comprei um piano, comecei a fazer aulas particulares e a estudar muito! Foi a melhor decisão que tomei para essa personagem e para a minha vivência com a música!
E: Qual a maior dificuldade de cantar em outro idioma?
GDG: A princípio, quando ainda estava começando a aprender o idioma, era poder cantar rápido. Ficava toda embolada no começo, haha! Eu lembro que quando estava começando a aprender a cantar Dar La Vuelta Al Mundo, eu peguei a música, coloquei ela na metade da velocidade para poder estudar bem a letra, hahaha! Era quase uma Dori cantando em baleiês! Hahaha! Mas funcionou! Com o tempo essa tática já não era mais necessária! Dava para pegar de primeira! Hahaha!
Outra coisa interessante foi conhecer os diferentes ritmos dentro desse idioma. Por ser uma série latinoamericana, Bia tem muitas canções que têm como base diferentes ritmos latinos. E a forma como essas músicas são cantadas é bem diferente. Então, como vocalista, também pude evoluir muito nesse sentido. Agora tô mais trabalhada no flow latino, hahaha!
E: Você começou a apresentar o Disney Planet News em 2020. De onde surgiu o convite e como tem sido essa experiência para você?
GDG: Desde a primeira vez que fiz uma participação no Planet já me senti muito feliz e muito em casa. Me dei muito bem com toda a equipe. E, pessoalmente, eu adoro o lance de apresentar/conduzir um programa! Então, desde a primeira participação, eu me diverti demais com isso! Um tempo depois, veio outro convite para participação. Eu falava para a equipe: “Vocês tão dando banana pra macaco comer, hein?”. Logo, vieram mais e mais convites para participação, quando, no segundo semestre do ano passado, rolou o convite para apresentar o programa ao lado do Bruno Heder. Fiquei muito contente! Falei para eles: “Bora fazer esse programa!”. A experiência de conduzir o programa é incrível! Muitíssimo divertido! Formamos uma família no Planet! Apesar de eu gravar o programa aqui no Brasil, a produção é toda da Argentina! Mal posso esperar para poder ir para lá e abraçar todo mundo!
E: Quais são suas referências de atuação?
GDG: Minha principal referência é a vida, as pessoas, os animais, as plantas, as paisagens… Onde existe vida existe inspiração para um personagem, para uma cena, até para um momento dentro de uma cena. Isso é o que eu mais amo nessa profissão. Ela me faz olhar para a vida em si mesma. E é nisso que somos todos iguais.
E: Além de seu projeto Tamo Junto, quais são seus planos para o futuro?
GDG: Além de continuar meus trabalhos como atriz, estou muito conectada com a Música e com a Educação. Então, preparem-se que estão chegando lindos projetos nessas áreas! Em breve poderei contar mais!
Favoritos da Gabi
Livro favorito: Ami – O Menino Das Estrelas (esse livro conta tudo o que a gente precisa saber nessa vida)
Filme favorito: Titanic (um épico com romance, ação, plot twist, tragédia, alívio cômico, excelentes atores, uma grande história a ser contada. Tudo que um filme precisa tá nesse clássico).
Filme favorito da Disney: Wall-e (linda animação. tem romance, aventura, comédia, imagens belíssimas e uma mensagem que precisa ser entendida para ontem).
Princesa favorita: Minhas princesas favoritas não são princesas, na verdade, haha! São: Eva (wall-e), Mulan e Jane (Tarzan);
Atriz favorita: Kate Winslet e Fernanda Montenegro
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*Crédito da foto de destaque: TodaTeen/Divulgação