Resenha | Mães de Verdade: o filme que trata da adoção, do amor e do apoio

São abordados temas como gravidez na adolescência, abandono paterno, sofrimento psicológico e  fertilidade nesse filme bonito, mas não tão emocionante

Mães de Verdade é um filme bom; não o melhor que você verá em sua vida, mas é bom. O filme de Naomi Kawase trata da história de um casal que, com problemas para engravidar, decide optar pela adoção. Então eles adotam um pacotinho adorável: o recém-nascido Asato, filho de Hikari, uma adolescente de 14 anos. Quatro anos depois, no entanto, a família recebe uma ligação de uma mulher que os chantageia, dizendo que é a mãe da criança e a quer de volta – a menos que a família lhe dê uma alta quantia de dinheiro.

Cena de Mães de Verdade
Foto: California Filmes

O lado bom de Mães de Verdade

O longa com certeza vai agradar os que têm coração de manteiga, pois é mais uma daquelas histórias bonitas sobre o amor e sua importância diante do sofrimento pelo qual as pessoas podem passar. Porém, o mais legal é que a história gira em torno de uma adoção e mostra, assim, o quanto uma criança adotada pode ser amada tanto quanto uma biológica e quanto afeto pode ser envolvido em um processo de adoção. Além disso, mostra que não devemos julgar as mães que colocam seus filhos para a adoção quando nascem, pois há diversos fatores que podem ser envolvidos nessa decisão. 

Foto: California Filmes

Dessa forma, o filme traz ao público uma imersão em problemas como gravidez na adolescência, abandono paterno, os impactos da falta de apoio dos pais em um filho, sofrimento psicológico e dificuldades de fertilidade que, com sorte, trarão mais empatia e compreensão dos espectadores. Todos esses fatores são apoiados em uma performance incrível de cada um dos atores envolvidos e em uma narrativa que nos faz querer assistir o filme até o final para responder todas as dúvidas que surgem em nossa mente no emaranhado das histórias de duas famílias que se encontram no processo de adoção.

O lado não tão bom de Mães de Verdade

Contudo, como nada é perfeito, há alguns fatores que podem ser considerados problemas, dependendo da opinião de cada um. O primeiro é que o filme é bem silencioso, parecendo que vai nos fazer dormir; não há uma forte presença da trilha sonora e, na maior parte do tempo, os atores falam baixo. 

O segundo é que demora um pouco para o espectador descobrir o lado emocionante e intrigante que torna o filme bom. Isso acontece pois a história demora a começar e parece que girará em torno do problema inicial, no qual Asato supostamente empurrou um colega de classe, que se machucou. Mas, calma: o filme não é sobre isso, apesar de levar um tempinho nessa intriga. O problema principal aparece um pouco depois no enredo, mas, infelizmente, sua resolução é boba. Tudo se resolve muito facilmente e de forma superficial. Será que seria assim na vida real?

Foto: California Filmes

Por fim, temos um filme com altos e baixos, pontos bons e ruins. Mas não tão emocionante quanto demonstra a sinopse. Por isso, cabe a cada um assistir para decidir se o filme está mais para bom do que para ruim ou mais para ruim do que bom.

 

Para você, qual dos dois lados pesa mais nessa história: o bom ou o ruim? Responde e conta para gente o porquê no Twitter, Face e Insta do Entretetizei.

 

* Créditos da foto de destaque: California Filmes

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