A vida de três amigas millennials é o tópico principal dessa série que acabou de sair na Netflix e é digna de uma maratona
Embora seja recente na plataforma brasileira da Netflix, The Bold Type, que acompanha a vida de Jane (Katie Stevens), Sutton (Meghann Fahy) e Kat (Aisha Dee), não é nenhuma novidade para o telespectador norte americano. Lançada em 2017, a série é inspirada na vida da ex-editora chefe da revista Cosmopolitan, Joanna Coles. Por isso, não é exagero nenhum falar que, depois de uma maratona, você sai com uma boa ideia do funcionamento de uma editoria.
Jogando um holofote no jornalismo da moda, a série detalha os bastidores da produção de matérias, sessões de fotos e a difícil transição do físico para o digital, sempre em sintonia com os problemas pessoais e amorosos das protagonistas, que precisam equilibrar tudo isso, exatamente como muitas mulheres atuais.
Prestando uma homenagem à equipe do Entretetizei, todas mulheres, e em comemoração ao último episódio, lançado na última quarta (30), nos EUA, reunimos cinco motivos para você ver uma das séries mais millennial dos últimos tempos.
- Personagens Reais
The Bold Type consegue entregar personagens perfeitamente imperfeitos e fazer com que cada um se identifique com alguém em algum momento. Seja na vida profissional ou pessoal, as protagonistas se deparam com os problemas do dia a dia, que poderiam facilmente serem extraídos de uma conversa de bar ou entre amigos e conhecidos. A insatisfação com o trabalho, dificuldades de um relacionamento, problemas familiares não resolvidos e constante busca da sua identidade são tópicos recorrentes e nunca idealizados.
Partindo da ideia de realidade nos personagens, lembramos que é inspirada em uma pessoa real e suas experiências. A criadora, Sarah Watson, até ficou um tempo na redação entrevistando os funcionários, então é bem possível que Jane, Sutton e Kat tenham suas características baseadas em outras pessoas.
- Representatividade
Atualmente, séries com elenco limitado e falta de representatividade social não possuem espaço no showbusiness. Aceitar uma escalação sem diversidade de gênero, sexualidade e raça é algo difícil de se ver. Tanto que até séries antigas já demonstraram insatisfação com suas restrições, como Friends, com um elenco composto majoritariamente por brancos e héteros, e Gossip Girl, que em seu reboot adicionou diversidade ao main cast.
The Bold Type, assumindo sua atualidade e sua responsabilidade social, entrega uma variedade de personagens característicos da vida real. Temos mulheres lésbicas, homens gays e drag queens, negros e afro-descendentes, mulçumanos e personagens que são a intersecção de outras identificações já citadas. Além disso, questões sociais importantes são colocadas em pauta e muitas vezes trazidas para as páginas da revista fictícia na qual os personagens trabalham, a Scarlett.
- Amizade
Várias séries são focadas em grupos de amigos e possuem a amizade como ponto central da trama. Mas The Bold Type faz isso de um jeito especial, com muito bom humor e visitinhas extraoficiais ao closet da revista.
As protagonistas enfrentam muitas mudanças durante a vida, descobrem a beleza de serem jovens em uma cidade de possibilidades e a feiura de alguns lados da vida. E com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, a amizade continua e só é abalada por poucos momentos para ser moldada novamente, de acordo com as transformações ocorridas.
Se for possível colocar isso em episódios, acredito que não tenha um capítulo completo que elas ficam brigadas, já que os atritos são rapidamente superados no final dos episódios, sempre se mostrando versáteis e dispostas a ceder em algumas de suas convicções.
- NY e estilo
O ambiente das protagonistas é Nova York. Um sonho de consumo para muitas pessoas, certo? E caso você seja uma dessas pessoas, a série vai ser um pacote recheado de cenários para você se imaginar lá. Mesmo não sendo gravado na cidade do Empire State Building e Central Park, a ambientação foi muito bem feita e o ar é beem nova iorquino.
Além disso, podemos somar The Bold Type ao time das séries estilosas de NY, como Gossip Girl, Sex and The City e Friends. Com destaque para as três personagens principais, as roupas das primeiras temporadas podem ser consideradas leves assassinatos para a moda atual, mas eram tendência no ano de exibição, por isso, a produção também pode ser considerada um show fashionista.
Por trabalharem em uma revista de moda, os personagens aparecem em vários momentos usando roupas do closet, então é possível identificar uma mescla de peças do fast fashion e outras de grife, com destaque para aos modelitos de festas e gala.
- Digna de maratona
A série é perfeita para uma maratona. Ao dar play em um episódio, é quase 100% garantido que o próximo será reproduzido em seguida, e assim em diante.
A presença dos dramas faz com que a sua curiosidade seja atiçada e você fique mais tempo vendo, tudo acompanhado da leveza e humor que vão suavizar as situações e te deixar confortável por algumas horinhas.
Agradecendo a dona Netflix por isso, temos quatro temporadas completas, 46 episódios e um fim de semana pela frente para que você seja apresentado a Nova York de Jane, Sutton e Kat.
Confira a sinopse da série e o trailer da primeira temporada:
Três amigas se unem para conquistar o sucesso em Nova York, batalhando para fazer seus sonhos resistirem às realidades da vida, e, quando têm um tempo livre, procurando o amor verdadeiro. Jane (Katie Stevens) foi recentemente promovida a redatora da Scarlet Magazine, um periódico renomado focado em estilo de vida. Mesmo sendo tão apaixonada pelo que faz e determinada a ter sucesso, Jane por vezes hesita perante os desafios da vida na cidade grande. Por sorte, ela conta com a ajuda da amiga Kat (Aisha Dee), a diretora de mídia social da empresa, que é destemida e ousada. Sutton (Meghann Fahy) é a última das três a ocupar o cargo de assistente, mesmo sempre trabalhando até a exaustão”(Fonte: AdoroCinema)
Já conhecia a série? Ficou com vontade de assistir? Conta mais pra gente nas nossas redes sociais (Insta, Face, Twitter)
*Crédito da foto de destaque: Reprodução