Wagner de Assis e a obra A Menina Indigo

E aí galera, beleza?

Na última segunda-feira (25), aconteceu o lançamento do livro “A Menina Indigo”, na livraria Martins Fontes, em São Paulo, com noite de autógrafos. A obra tem como objetivo mostrar a vida de uma criança índigo – nova geração de crianças com habilidades especiais – e retrata detalhes da montagem do longa-metragem, baseado no livro e que tem estreia nacional marcada para o dia 12 de outubro.

 

      

(Wagner de Assis com convidados e amigos| Foto: Claudia Rolim)

 

Dirigido por Wagner de Assis, o filme é composto por um elenco recheado de sucessos, como Murilo Rosa, Fernanda Machado, Letícia Braga – a menina Índigo Sofia – e Renato Prieto. O longa promete agradar ao público, principalmente pais e responsáveis, principais responsáveis pela educação das crianças, além dos educadores.

(Wagner de Assis durante as filmagens | Foto: Claudia Rolim)

 

E é com o diretor que vamos conversar hoje. Vocês sabem que adoramos uma entrevista, né? Ainda mais quando se trata de cinema! Então bora conferir abaixo uma entrevista exclusiva com o roteirista, diretor e produtor, Wagner de Assis:

 

1 – O filme ″A Menina índigo″ retrata a vida de uma menina que possui habilidades especiais. Na sua opinião, qual a importância de falar sobre este assunto, defendido por alguns e rejeitado por outros?

O filme não fala sobre as habilidades especiais da menina – se é que ela as tenha. O filme é sobre uma nova geração, com todas as suas virtudes e defeitos, e como nós, adultos, estamos lidando com isso. É uma história de uma família bem típica dos dias atuais na qual a menina começa a atuar de formas diferentes, provocando reflexões, transformações e uma nova forma de conviver. Acho que isso é um assunto atemporal – a família – e que ganha relevância porque cada vez mais precisamos pensar e aprender a cuidar das novas gerações – porque elas apresentam sempre evoluções, mudanças, desafios. Olha as novas gerações deste novo século é ver que precisamos muito pensar sobre elas, aprender sobre elas, reaprender sobre educação, sobre cuidados e sobre os conceitos do que é ser normal. Isso é o que nos moveu a contar essa história no cinema.

 

2 – O estudo das crianças índigo levantou muitos questionamentos e até hoje não é bem aceito por parte dos profissionais que trabalham com a psicologia e educação de crianças. A ideia do filme é expandir o conhecimento acerca do assunto? Você procurou ajuda desses profissionais citados acima para se aprofundar no estudo dessa nova geração de crianças?

A idéia do filme é falar sobre nova geração, e usamos o batismo dos Indigos para contar a história dessas crianças que questionam tudo, não aceitam autoridade, não gostam dos modelos educacionais, e acabam detonando crises familiares que muitas vezes desaguam nos consultórios médicos. Não estamos fazendo defesas teóricas de gerações. Dar nomes a elas é uma mania do nosso tempo – já houve a geração X, Y, os mileniuns, então a idéia do filme é expandir a pergunta: que tipo de pais somos nós? como lidamos quando nossos filhos apresentam comportamentos que não estão dentro dos nossos padrões preconcebidos? Claro que ao longo de todo o processo tivemos ajuda de profissionais que lidam com isso, que nos mostraram que há uma crise educacional que começa numa crise familiar que se estende para uma crise nos tratamentos que as crianças recebem.

 

3 – Como surgiu a ideia do filme e quais são as expectativas?

Algumas vezes o tema dos indigos cruzou meu caminho em pouco tempo – comecei a prestar atenção ao conceito de “nova geração” em geral, independente do nome. Depois, aprendi como o nome surgiu (a partir de uma denominação que a terapeuta americana, Nancy Anne Tappe deu aos seus pacientes que tinham a aura refletindo essa cor). Daí, fui sendo absorvido pelo tema…encontrei histórias reais incríveis, percebi que tinha uma crise que envolvia essas crianças – escolar, familiar, médica – e, pronto, o filme foi nascendo.

Mantenho minhas expectativas sempre baixas. É uma forma de deixar o filme ser maior que eu… de encontrar seu público como puder. Claro que trabalhamos intensamente para que ele esteja ao alcance das pessoas… mas entendo também que o público procura uma boa história bem contada no cinema sempre. E espero que encontrem-na na Menina indigo.

 

    

(Capa do livro ″A Menina índigo″)

 

4 – O filme é composto de atores muito talentosos. Como foi o processo de escolha e preparação do elenco? O resultado te surpreendeu?

A Leticia Braga é uma estrela mesmo… fez um teste e logo percebemos seu talento. O Murilo e a Fernanda são atores experientes, que se identificaram com o tema… que entenderam a relevância do projeto. Assim como o Eriberto Leão e o Paulo Figueiredo. Gosto de pensar que os personagens sempre escolhem seus intérpretes e não foi diferente dessa vez. O resultado não me surpreende porque trabalhamos muito e nos dedicamos muito. Mas como o público vai reagir é que ainda permanece uma surpresa. E isso é bom…

 

5 – Falar sobre assuntos polêmicos gera maior interesse do público? Por quê?

Não entendo esse assunto como polêmico – não é sobre índigos apenas. É sobre crianças. Sobre nova geração. Sobre reeducar os pais para aprenderem a educar melhor seus filhos. é sobre as crianças internas que existem em cada adulto que vive entre uma sociedade retrógrada do século passado e os novos tempos. é sobre ouvir nossos filhos…

 

6- Vimos que você também foi diretor e roteirista do filme Nosso Lar. Como foi produzir um filme que fez tanto sucesso?

Uma jornada de aprendizado intensa, uma jornada de trabalho inesquecível e uma jornada acompanhando o filme até hoje, mesmo 7 anos depois de lançado. Nosso Lar foi visto por cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil em todas as janelas de exibição. E exibido em quase 40 países oficialmente já. Isso mostra que uma boa história é sempre universal, interessa a todas as pessoas. Sou muito grato por ter contribuido num projeto que está indo tão longe. Hoje, o filme é maior que todos.

 

 7- Como anda a filmagem sobre a vida de Allan Kardec? Pode nos contar alguns detalhes do filme?

Esperamos começar a pré produção agora no final de outubro. Filmando no fim do ano ou inicio de 2018. Iremos filmar um pouco em Paris também. É um filme pungente, sobre um homem que aceitou mudar até de nome por um ideal. que descobriu um tesouro e teve que entregar muito de si mesmo para compartilhá-lo com o mundo. é uma cinebiografia, um drama, e tenho certeza que muita gente que não conhece o Kardec vai se impressionar – principalmente pelo seu lado científico, racional, que conduziu todo o trabalho.

 

8 – Produzir filmes com temas espíritas e comportamentais são bem aceitos no Brasil? Qual o segredo para agradar a todo tipo de público?

Não tem segredo ! Mas os temas espíritas são maravilhosos porque falam justamente de nós mesmos… são humanos em todos os sentidos… e acho que espiritualidade é assunto em falta na sociedade… e o espírito é nossa última fronteira  a ser desbravada. é isso que norteia o trabalho quando pensamos em usar temas como esses para contar histórias. E não precisamos enfatizar ou rotular. a novela Além do Tempo, por exemplo, na qual trabalhei com colaborador da Elizabeth Jhin, autora de tantos sucessos, usou um assunto pertinente ao espiritismo, a reencarnação, para narrar sua história. Digo pertinente porque não é propriedade do espiritismo – reencarnaçção existe em diversas correntes filosóficas e religiosas. E mais: acho que esses temas, se bem contados em gêneros bem estabelecidos, interessam ao mundo todo! Ou quem não quer saber o que acontece depois da vida? ou que mundo é esse que nos rodeia invisivel? ou quem são essas crianças que estão chegando cada vez mais numerosas para questionar e, quem sabe, ajudar a transformar nosso mundo?


Adoramos conhecer um pouco mais sobre a história dessa obra tão bem elaborada! Que prazer enorme entrevistar o Wagner, um profissional repleto de histórias e de ideias para contar 🙂

Obrigada pela disponibilidade, estamos torcendo para que ′A Menina índigo′ seja um sucesso nacional!

Ah, o livro também tem data de estreia no Rio de Janeiro: será no dia cinco de outubro, às 19 horas, na Livraria Argumento, e o lançamento nacional do filme está marcado para o dia 12 de outubro, dias das crianças, em diversos cinemas do país.

Muito obrigada também à Claudia Rolim, nossa parceira tão querida e que nos proporcionou essa entrevista <3

 

Créditos: CRolim Assessoria

 

Beijos e até a próxima!

Anna 🙂

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