A semana de moda de Nova York trouxe as principais novidades para o verão 2023 e produções de estilistas latinos ganharam relevância
Setembro é oficialmente o mês das semanas de moda. Essa é a época em que as marcas apresentam as tendências para o próximo ano e fazem com que esse seja o início de um novo ciclo. Não poderia ser diferente na New York Fashion Week: a semana de moda nova-iorquina aconteceu entre os dias 9 e 14 de setembro e contou com presença da cultura latina nas passarelas.
O grande marco do primeiro dia de evento foi o desfile da Fendi e a comemoração dos 25 anos da bolsa baguete. O acessório se popularizou na cultura pop por conta da personagem Carrie Bradshaw, da série Sex and the City, mundialmente conhecida por influenciar a moda nos anos 2000.
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Mas, ao falar de tendências, várias marcas apostaram nos estilos glam e glam rock para o verão de 2023. Com referências dos anos 70, cores metalizadas, vinil e a presença do preto e dos tons avermelhados e roxos, as grifes Coach, Ashlyn, Area, Tory Burch e La Quam Smith apostaram nessa estética.
Outro item que apareceu com força nos últimos dias foi a franja. As marcas com criadores latino-americanos Proenza Schouler e PatBO trouxeram a estética de diferentes formas nas peças. Confira:
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A presença latina na Semana de Moda de Nova York
Ainda que não seja o ideal, os fashionistas latino-americanos estão ganhando destaque no mundo da moda. A própria Proenza Schoulder tem como fundador o cubano Lazaro Hernandez, que usou e abusou das próprias raízes para levar sua cultura às passarelas. Em coletiva, Hernandez afirmou que a coleção que desfilou na NYFW fala sobre sua ancestralidade. Além das franjas, as peças trouxeram o crochê e mostraram o posicionamento ambiental da marca, a partir da apresentação dos cabelos molhados das modelos, que se apresentaram com sons de cachoeira.
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A PatBO já faz sua terceira participação na semana de Nova York. A brasileira Patricia Bonaldi é a primeira estilista que conseguiu levar a marca a atingir tanta relevância no ramo. Já a marca Who Decides War traz uma dupla de designers caribenhas ao destaque. Ev Bravado, de Barbados, e Téla D’Amore, de Honduras, também demonstraram preocupação com questões ambientais, dando ênfase nas questões climáticas. No desfile da marca você consegue ver elementos tropicais com cores, sem abandonar o estilo streetwear.
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A uruguaiana Gabriela Hearst também brilhou nas passarelas com sua grife. A estilista colabora com o povo Navajo, originários da América do Norte. O grupo tem parceria com um coletivo de artesãos da Bolívia, que faz com que a marca resgate padrões latinos nos figurinos. Na NYFW, o preto e dourado fizeram o nome: a coleção que subiu para as passarelas foi inspirada nas deusas do Olimpo, exaltando a força feminina.
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Outras grifes, como a Mirror Palais, também trouxeram elementos da cultura da América Latina nas coleções. Além disso, diversas modelos brasileiras serviram nos mais importantes desfiles e ganharam destaque e relevância no evento.
Em resumo, a presença contra hegemônica nesse ramo se faz necessária, porque ao trazer tendências e, como diz Hernandez, ancestralidade, os estilistas trazem também a história. A colaboração de Gabriela Hearst com os povos originários é um exemplo de como a moda pode ser usada para contribuir com as minorias sociais. Os figurinos também são arte e uma forma de expressão e os desfiles são os lugares ideais para resgatar e disseminar símbolos e elementos de uma cultura e até mesmo de uma nação.
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