Longa chega aos cinemas americanos com 92% de aprovação no Rotten Tomatoes
“Eu cheguei de muito longe, e a viagem foi tão longa…” Antes de chegar aos cinemas de Nova York e Los Angeles nesta sexta (17), Ainda Estou Aqui (2024) brilhou no The New York Times em uma crítica que o definiu como “belo e dilacerante” e elogiou a “realização primorosa e o grande apuro visual” criados por Walter Salles ao retratar a história da família Paiva nas telonas.
“Em sua performance — premiada com o Globo de Ouro — Torres surpreende. Proteger seus filhos significa abraçar a alegria em meio ao medo, esperança em meio à dor. Torres traz camadas à sua performance com todas essas emoções, e seus olhos inquisitivos são magnéticos”, afirma Alissa Wilkinson, jornalista e crítica de cinema, em um dos principais jornais dos Estados Unidos.
O texto mostra, também, como o cinema assume um papel importante no resgate da memória de um país em Ainda Estou Aqui. Wilkinson escreve: “É também um retrato comovente de como a política desestabiliza e remodela a esfera doméstica, e como a solidariedade, a comunidade e o amor são o único caminho viável para viver em meio a tragédia. E nos alerta para desconfiar de qualquer um que tente apagar ou reescrever o passado.”
O filme de Walter Salles chega aos Estados Unidos com 93% de aprovação da crítica especializada no Rotten Tomatoes e com o título de drama mais bem avaliado em todo o mundo em 2024, com 4,4 estrelas de 5 no Letterboxd. Ainda Estou Aqui tem a expansão de circuito norte-americano prevista para o dia 23 em São Francisco, Chicago e Washington DC; no dia 30 estreia em Boston, Philadelphia, Dallas, Austin, Minneapolis, Denver e Seattle, chegando a 500 salas no dia 7 de fevereiro.
O circuito comercial internacional do longa iniciou na última quarta (15), quando chegou a 180 cinemas da França, distribuído pela StudioCanal. Avaliado por mais de 20 veículos locais, o filme foi logo abraçado pela crítica. “Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva”, atesta o jornal Libération. O prestigioso Le Nouvel Obs também publicou: “Este é, sem dúvida, o melhor filme de Walter Salles. Uma obra memorial sóbria e intimista, atravessada pelos fantasmas dos desaparecidos.”
A estreia em Portugal, em 16 de janeiro, rendeu 55 salas e pré-vendas esgotadas no Porto e em Lisboa. Por lá, o filme também conquistou elogios da crítica. O principal jornal português, O Público, destacou a atuação de Fernanda Torres e escreveu: “Ainda Estou Aqui é um filme sobre o destino de uma casa, sobre a dissolução de um reduto familiar íntimo. Não é preciso explicar a pertinência política do filme, mas é preciso louvar a sagacidade de Salles na maneira como a aborda.”
O representante do Brasil nas premiações internacionais chega na Itália no dia 30 de janeiro e em 21 de fevereiro na Inglaterra e na Espanha. Ainda Estou Aqui segue em cartaz em 500 cinemas em sua 11ª semana em terras tupiniquins, onde já acumula mais de 3,4 milhões de espectadores.
A lista de prêmios já conquistados por Ainda Estou Aqui inclui Melhor Roteiro, no 81º Festival de Veneza — onde teve seu lançamento mundial —, e cinco prêmios de Melhor Filme do Júri Popular: no Festival Internacional de Cinema de Miami; na 48ª Mostra de S. Paulo; no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá; no Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos; e no Festival de Pessac, na França, em que também recebeu o Prêmio Danielle Le Roy, dado pelo júri jovem.
Recentemente, a produção também recebeu o Prêmio FIPRESCI de Melhor Filme Internacional no 36º Festival Internacional de Cinema de Palm Springs e na premiação da Associação de Críticos de Porto Rico — que também concedeu a Fernanda Torres o segundo lugar na categoria de Melhor Atriz.
A protagonista foi eleita Melhor Atriz em Filme Internacional pelo The Critics Choice Awards, na seção Latino Cinema & Television, e ficou em segundo lugar, ao lado de Demi Moore, no prêmio da Associação de Críticos de Los Angeles. A produção venceu, ainda, o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no New Mexico Critics Awards 2024 e recebeu uma menção honrosa como um dos cinco melhores longas-metragens internacionais do ano no National Board of Review Awards, nos EUA.
Além de ter sido eleito o melhor filme de 2024 pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), foi um dos 20 títulos selecionados pela BBC para a prestigiosa lista de melhores filmes de 2024 e foi reconhecido pela revista Hollywood Reporter – importante publicação sobre a indústria do entretenimento – como um dos dez melhores filmes de 2024.
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Texto revisado por Larissa Suellen
