Beyoncé

Beyoncé: desvendando a nova era da artista

Com o lançamento surpresa de Texas Hold ‘Em e 16 Carriages, o que podemos esperar do álbum country?

Que a Beyoncé é uma artista completa isso todos nós já sabemos, pois mesmo com mais de 25 anos de carreira, ela sempre inova e surpreende aqueles que amam suas músicas e os conceitos de seus vídeos e shows. E mais uma vez, não foi diferente. Após o lançamento do Renaissance em 2022 e o grande sucesso que as músicas, juntamente com a turnê fizeram, ela lançou de surpresa o Act II.

Assim que terminou o show do Usher no intervalo do Super Bowl, no domingo (11), a Queen B apareceu em um fabuloso comercial em parceria com a Verizon para divulgar o seu novo álbum com data de estreia para 29 de março deste ano. Ela aproveitou a oportunidade para disponibilizar as duas músicas, Texas Hold ‘Em e 16 Carriages nas plataformas digitais. 

Veja agora mesmo: 

Coincidentemente a data é a mesma do aniversário de Salvador, lembrando que a capital da Bahia teve, em dezembro de 2023, a festa de comemoração do Renaissance: A Film by Beyoncé. Quem esteve presente nesse dia teve a perfeita surpresa de ver de perto a artista. Alguns fãs, como a cantora Ludmilla, foram selecionados na hora para conhecer, abraçar e tirar fotos com a cantora.

Beyoncé
Foto: reprodução/Ludmilla
Teoria sobre os lançamentos

Diversas teorias sobre as músicas já tinham sido criadas pelos BeyHives, porém uma das mais fortes era sobre a Beyoncé estar planejando lançar outros álbuns com diferentes sonoridades, o que está se mostrando ser uma realidade. Ao observarmos, o Ato I Renaissance – foi inspirado no House e agora temos a confirmação que o Ato II será influenciado pelo Country. Então será que o Ato III, que ainda não sabemos quando e se acontecerá, será um álbum voltado para o Rock?

Essa teoria está fazendo muito sentido, mas você deve estar se perguntando porquê ela decidiu deixar o pop um pouco de lado para começar a se aventurar em novos estilos. Fica cada vez mais nítido nesses novos projetos que provavelmente a artista teve a brilhante ideia de reviver os estilos de melodias iniciados por pessoas negras. 

Por exemplo, o Renaissance é uma discografia que contém diversos elementos da música House. Esse gênero musical surgiu em 1980, derivado da música Disco, foi criado por DJs e produtores musicais afro-estadunidenses pertencentes à cultura club underground de Chicago, localizado nos Estados Unidos. 

Eles começaram a colocar nas músicas batidas mais mecânicas com 118 a 135 batidas por minuto, bastante repetitivas no padrão four-on-the-floor e contendo elementos mais lentos. Devido a isso, hoje temos múltiplas variações como o Trance, Techno, Progressive House, Tech House, Deep House, entre outros. Além disso, o House também era visto como um estilo de vida que fez a cultura clubber se espalhar pelo mundo, e a Beyoncé quis resgatar isso em 2022.

O que podemos esperar do Ato II?

Com apenas 7 dias de lançamento, Texas Hold ‘Em recebeu 34.350.964 streams no Spotify e pela primeira vez na sua carreira, Beyoncé dominou as cinco primeiras posições do chart de músicas country no iTunes dos Estados Unidos – Informações do Beyoncé Lately. A Mrs. Carter também apareceu pela primeira vez na parada Country Airplay da Billboard, se tornando a 9ª artista negra a integrar a lista – Informações do Beyoncé Access

Beyoncé
Foto: reprodução/Beyoncé Lately

Sem dúvidas, Beyoncé está usando a sua grande influência para abrir portas para outros artistas negros se destacarem no Country. Esse estilo musical foi criado, na década de 20, pelas populações que viviam nas zonas rurais do Sul e Sudeste dos Estados Unidos. No começo era chamado de Hillbilly Music e a inspiração ao criar foram ritmos e instrumentos europeus e africanos.

O Country se tornou uma tradição ao redor do mundo, ainda mais quando foi unido aos filmes clássicos de faroeste. Além disso, as roupas, acessórios, móveis e hábitos pertencentes aos fãs desse estilo se tornaram característicos, sendo seguidos até hoje como um estilo de vida.

O preconceito e racismo das rádios

Porém, mesmo com todo sucesso das músicas nas plataformas de streaming, nem tudo é fácil para quem se aventura em novos tipos de melodia. E mesmo sendo a Beyoncé, uma das maiores cantoras dos últimos tempos, com fama global e talento de sobra, o racismo e preconceito que ela está recebendo chega a ser absurdo. 

Recentemente, a rádio KYKC de Oklahoma, estado situado no centro-oeste dos EUA, se recusou a tocar Texas Hold ‘Em porque disseram ser uma estação de música Country. Para resolver essa situação, diversos fãs se juntaram e entraram em contato com a rádio para pedir que tocassem, já que é uma música compatível. Com a repercussão e as diversas mensagens de fãs revoltados, a rádio tocou a canção.

“Não tocamos ela em nossa estação country porque ela não é uma artista country. Bem, agora acho que ela quer ser, e nós somos todos a favor.” Concluiu Roger Harris, gerente da rádio. Ele ainda completou que a escolha das músicas que serão tocadas é guiada pelas paradas musicais.

Esse só foi um caso de muitos que estão acontecendo com a Beyoncé e outros artistas negros que tentam alavancar as suas carreiras, mas acabam tendo que enfrentar esses tristes empecilhos. Abaixo, segue um trecho da reportagem do Time Magazine, grande veículo internacional, que se pronunciou sobre esse tipo de preconceito, principalmente no Country Music Awards 2016:

A verdade é que o country nunca foi branca. A música country é negra. A música country é mexicana. A música country é indígena. Ela não precisou ler Black Country Music: Listening For Revolutions da Francesca Royster, Hidden in the Mix: The African American Presence in Country Music ou My Country, Too: The Other Black Music, da Pamela E. Foster, para entender. Knowles-Carter simplesmente precisava sair de sua casa em Houston, Texas, e testemunhar o intercâmbio cultural entre as comunidades negra, tejana e indígena em sua cidade natal. Ela não precisou de validação branca para classificar o seu country – ela tem sido country durante toda a sua vida”.

Referente ao Brasil, o último cantor negro brasileiro do country/sertanejo que foi muito bem recebido, acolhido e estava no auge da carreira foi o João Paulo, ex-parceiro de palco do Daniel, que faleceu em um acidente de carro em 1997. Devido a isso, será que a nova era da Beyoncé também será bem-vinda no Brasil? Torçamos para que sim, especialmente para que a influência da cantora abra mais portas para cantores(as) negros(as).

Sucesso nas redes sociais e Ato III

Uma notícia ótima é que Texas Hold ‘Em parece já ter se tornado um hit, assim como CUFF IT se tornou no último ano. A cada dia que passa, mais usuários do TikTok estão criando vídeos dançando e, até o momento da escrita dessa notícia, o áudio oficial da música foi utilizado em mais de 85 milhões de vídeos.

Confira algumas danças:

@lavbbe

This aint Texas 🤠 DC: Us ( me & @jacob.fj ) 🤎

♬ TEXAS HOLD ‘EM – Beyoncé

@antonymell0

🌪️🤠 dc: @Matt McCall @Dexter Mayfield

♬ TEXAS HOLD ‘EM – Beyoncé

@matt8mccall

dc: me & @Dexter Mayfield

♬ TEXAS HOLD ‘EM – Beyoncé

Bom, agora é hora de curtir a nova era até que o álbum seja lançado em 29 de março! Aliás, ainda não se sabe como serão e se terão visuais da nova discografia, muito menos se os do Renaissance foram descartados permanentemente, se serão disponibilizados ao público em algum outro tipo de projeto ou se o filme já se tornou os visuais do Act I.

É necessário esperar pelas respostas assim que o Act II estiver entre nós e, quem sabe, teremos alguma novidade sobre o sonhado Act III com um pé no Rock, seria tudo ver a Beyoncé inserida nesse estilo. Ela é uma grande artista, sempre nos oferecendo conceitos super criativos, e vai que dessa vez ela consiga trazer uma turnê para o Brasil, seria muito especial para os BeyHives brasileiros. 

Agora queremos saber de você: como está a sua expectativa para o novo álbum? Conta pra gente nas redes sociais do Entretetizei — Insta, Twitter e Face — e aproveite para nos seguir e não perder nenhuma notícia sobre o mundo do entretenimento.

 

*Crédito da foto de destaque: reprodução/YouTube Beyoncé

 

Texto revisado por Thais Moreira

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