Foto: Mariana Vianna

Crítica | Aumenta que é Rock’n Roll é uma dedicatória aos fãs

O filme liderado por Johnny Massaro chega para reencontrar a galera saudosa e botar o papo em dia

Essa vai para os fãs de música que viveram a adolescência e a vida adulta durante os anos 80. Aumenta que é Rock’n Roll surge como um grande túnel do tempo, o verdadeiro só quem viveu sabe em pleno ano de 2024. E conta a história de Luiz Antônio Mello, o responsável por criar a primeira rádio inteiramente de rock no Brasil, a Fluminense FM

Para quem não conhece, a Fluminense FM foi uma rádio de Niterói, fundada pelo Grupo Fluminense e, durante seus dez primeiros anos, servia para cobrir corridas de cavalos. Entretanto, isso mudou quando, em 1982, Luiz Antônio bateu na porta e pediu por um emprego. É aí que a história do filme começa.

A direção de Tomás Portella é bastante realista e consegue manter o foco nas ações da história sem deixar de lado as relações entre os personagens. Nada foi deixado de lado e as pautas mais importantes da aventura foram mantidas dentro dos 114 minutos de duração.

O elenco de milhões
Foto: Mariana Vianna

A atuação de Johnny Massaro mais uma vez é sinônimo de elogios. O ator é um dos melhores de sua geração e sabe muito bem escolher seus papéis. O espectador se perde dentro das emoções que o personagem transmite e é possível até se sentir parte dos acontecimentos.

Grata surpresa é a atriz Marina Provenzzano. O rosto não é totalmente desconhecido, ela já participou de diversos grandes projetos, principalmente nos últimos anos, como as séries Fim e Todas as Mulheres do Mundo. Mas agora chegou ao posto de protagonista. E não fez feio.

A atuação de Marina é pontual e certeira. Podemos observar isso em seus outros papéis. A única coisa que estava faltando era uma oportunidade, porque parece que ela sempre esteve ali, no topo. A química com Massaro também é inquestionável, aquele clássico casal gato e rato, mas que sempre dá certo.

Foto: Mariana Vianna

O resto do elenco dispensa comentários. Todos estão muito confortáveis em seus lugares, realmente parece um grupo de amigos. As cenas de comédia são de arrancar lágrimas de tanto rir. É tudo muito natural. O espectador sente a adrenalina e a agonia nas cenas mais eletrizantes.

Ressalva para Dado Villa-Lobos, que além de ser um exímio músico, também sabe criar uma trilha sonora como ninguém. Sua bagagem musical é infinita, se alguém não sabia disso, agora sabe. Detalhe, uma cena, que para muitos pode passar despercebida, talvez tenha trazido alguma lágrima para aqueles olhos castanhos.

E por último, mas não menos importante, poder assistir (ao que deve ter sido) um dos últimos papéis de Flora Diegues (1986 – 2019) é realmente emocionante. Dá para ver a atriz talentosa e versátil que era e imaginar o quão longe teria chegado se ainda estivesse nesse plano. Suas cenas são impecáveis. O longa também foi produzido por seus pais, Cacá Diegues e Renata Magalhães.

Aumenta que é Rock’n Roll narra uma história sublime, contagiante, divertida, engraçada e emocionante. É um filme que vale a pena sair de casa e gastar seu suado dinheirinho para poder viajar no tempo. Com certeza é mais fácil do que entrar no DeLorean.

 

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Texto revisado por Karollyne de Lima

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