Dirigido e roteirizado por Wagner de Assis, o longa retoma a trama do filme de 2010
O filme brasileiro Nosso Lar, baseado na obra homônima do médium Chico Xavier, foi lançado nos cinemas em 2010. A sua continuação, nomeada Nosso Lar 2: Os Mensageiros, estreará nas salas de cinema do país na próxima quinta, dia 25 de janeiro.
No entanto, embora seja uma sequência, o filme traz outra abordagem da doutrina espírita. Enquanto o longa de 2010 enfoca muito mais em como seria a vida no plano espiritual, a nova produção estabelece uma ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Ambas as produções foram dirigidas e roteirizadas por Wagner de Assis.
Sobre o enredo
Em Nosso Lar 2: Os Mensageiros, o médico André Luiz (Renato Prieto) integra um grupo de espíritos, da cidade espiritual Nosso Lar, que está em uma missão na Terra. Dessa forma, liderados por Aniceto (Edson Celulari), eles se reúnem para ajudar três pessoas, cujas vidas estão relacionadas e que, de alguma forma, possuem as jornadas prejudicadas pelo próprio egoísmo.
O filme segue uma narrativa não linear, indo e voltando no tempo a fim de explicar qual a relação entre os personagens Otávio (Felipe de Carolis), médium que utiliza suas habilidades em benefício próprio, Isidoro (Mouhamed Harfouch), que comanda uma casa espírita, e Fernando (Rafael Sieg), homem abastado mas que não tem muito interesse em questões religiosas.
Ambientação
Uma preocupação bem contundente da produção do longa foi a diferenciação entre os espíritos e os encarnados. Igualmente, grande parte dos investimentos para os efeitos especiais foram dirigidos para os cenários que se passavam na cidade espiritual. Algo que não acontece no primeiro filme, pois quase não há diferenças entre os dois universos.
Em Nosso Lar 2, as cores mostradas no plano espiritual são fluorescentes e quase artificiais, contrastando com o tom ligeiramente sépia dos outros cenários. Há ainda uma mudança em relação aos bons e aos maus espíritos. Os primeiros possuem roupas claras, mas coloridas, e os segundos são retratados em preto e branco.
Adaptação literária
O presente longa-metragem é uma adaptação da obra Os Mensageiros, psicografada e publicada por Chico Xavier, em 1944. O filme, embora fale sobre o espiritismo e sobre a visão acerca do que seria o mundo espiritual, não aborda tanto as questões religiosas. Por isso, é uma história de fácil entendimento para qualquer tipo de público, mesmo aqueles que nunca tiveram contato com o livro ou com a religião.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Star+
