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Do street style de Tóquio ao K-fashion: como a moda asiática se tornou uma explosão de cultura e estilo

Com inspirações que vão do passado tradicional aos movimentos pop dos anos 80 e 90, a moda asiática é um reflexo de culturas vibrantes que dominam as ruas, passarelas e telas globais

Se você acha que moda asiática é só sobre o street style excêntrico de Tóquio ou as peças minimalistas da Coreia do Sul, prepare-se para mergulhar em um universo muito mais rico e diverso. A moda no Japão, Coreia do Sul, China, Tailândia e outros países do continente é muito mais do que roupa — é uma janela para histórias, movimentos culturais e até revoluções silenciosas. Cada país traz uma identidade única, mas ao mesmo tempo compartilha uma habilidade especial: transformar tradições e memórias do passado em algo incrivelmente moderno e global.

Quer um exemplo? Lembra dos anos 80 e 90, com suas ombreiras exageradas, cores neon e toda aquela vibe futurista? Na Ásia, esses elementos foram absorvidos, reciclados e misturados a estilos locais, criando tendências que continuam a moldar o mundo da moda hoje. E não estamos falando só de alta-costura. A magia acontece nas ruas, nos mercados vintage, nas lojas independentes e, claro, no Instagram. A moda asiática é pop, sofisticada e profundamente conectada com a cultura — e isso é exatamente o que a torna irresistível.

O Entretê trouxe um especial de como cada país traz sua visão única para a moda, desde as subculturas criativas do Japão até a grandiosidade visual da China, passando pela explosão do K-fashion e pelo charme tropical da Tailândia. Confira:

Japão: Harajuku, alta-costura e a criatividade que nunca sai de moda

O Japão é o país dos opostos quando o assunto é moda. Nas ruas de Tóquio, especialmente no bairro de Harajuku, a criatividade não tem limites. Desde os anos 80, jovens vêm transformando a moda em uma verdadeira arte performática, misturando elementos do punk, gótico, kawaii (fofura extrema) e até inspirações de animes. Essas subculturas, como o Decora — com suas sobreposições de acessórios coloridos — e o Lolita — inspirado no estilo vitoriano com um toque de conto de fadas — marcaram época e continuam influentes.

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Foto: reprodução/coisas do japão

Por outro lado, grandes nomes da moda japonesa, como Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo e Issey Miyake, redefiniram o minimalismo. Suas criações, que ganharam destaque nos anos 80, são conhecidas por linhas limpas, assimetrias ousadas e uma paleta de cores dominada pelo preto e branco. Esse contraste entre a moda de passarela e o estilo das ruas é um reflexo da dualidade cultural do Japão, onde o tradicional e o futurista coexistem.

Coreia do Sul: K-pop, minimalismo e o estilo que todo mundo quer copiar

A Coreia do Sul está no centro das atenções globais, e não é só por causa do K-pop e dos K-dramas. A moda sul-coreana, ou K-fashion, conquistou o mundo com sua mistura de minimalismo elegante e streetwear despojado. Nos anos 90, enquanto o país ainda estava se recuperando de crises econômicas, a moda refletia um espírito de experimentação inspirado pelo Ocidente. O boom do K-pop nos anos 2000, no entanto, trouxe uma nova linguagem visual, com ídolos ditando tendências e marcas locais ganhando fama internacional.

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Foto: reprodução/Netflix

Hoje, marcas como Ader Error e Gentle Monster unem a funcionalidade à estética arrojada, criando peças que são ao mesmo tempo práticas e fashionistas. Nas ruas de Seul, o que mais chama a atenção é como os looks equilibram o casual e o sofisticado: jaquetas oversized, cores pastel e peças de alfaiataria dão o tom. Ah, e não podemos esquecer dos acessórios — óculos com designs futuristas, bolsas únicas e chapéus que completam qualquer visual.

China: o país que transforma história em alta moda e streetwear

A moda chinesa está em plena transformação. Nos anos 80 e 90, o país começou a se abrir ao mundo, e com isso vieram influências do Ocidente, especialmente das marcas de luxo. Mas a China não ficou apenas copiando tendências: hoje, ela lidera movimentos. Designers como Guo Pei, conhecida por seus vestidos que parecem saídos de um conto de fadas imperial, misturam técnicas tradicionais, como bordados elaborados, com uma estética moderna.

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Foto: reprodução/amino

Enquanto isso, as ruas de cidades como Xangai estão cheias de jovens que abraçam o streetwear. Marcas locais e independentes, como Sankuanz e Angel Chen, estão redefinindo o que significa ser moderno na China. Tons vibrantes, cortes assimétricos e o uso de materiais tecnológicos refletem um país que olha para o futuro sem deixar suas raízes para trás.

Tailândia: moda tropical com personalidade de sobra

A Tailândia é um dos cenários mais vibrantes quando o assunto é moda. Sua estética combina cores fortes, estampas florais e tecidos leves que dialogam com o clima tropical. Nos anos 80 e 90, a moda tailandesa começou a flertar com tendências ocidentais, mas foi nos anos 2000 que o país encontrou uma voz própria. Hoje, estilistas como Sretsis e Asava criam peças que traduzem o espírito tailandês: elegante, mas com um toque divertido.

Mulheres tailandesas no festival Songkran | Foto: reprodução/amino

Outro ponto forte da Tailândia é o artesanato. Tecidos feitos à mão e bordados tradicionais são reinterpretados de forma moderna, criando um equilíbrio perfeito entre tradição e inovação. Nas ruas de Bangkok, vemos jovens misturando essas influências locais com tênis esportivos, mochilas estilosas e até chapéus de palha modernizados.

Por que a moda asiática é irresistível? 

O que torna a moda asiática tão especial é sua capacidade de contar histórias. Cada peça, cada look é uma fusão de referências históricas, movimentos culturais e, claro, da personalidade de quem usa. Seja no contraste de cores da China, no minimalismo elegante da Coreia do Sul, na explosão de criatividade do Japão ou na alegria tropical da Tailândia, a moda asiática é muito mais do que uma tendência: é uma celebração de culturas ricas e dinâmicas.

E a melhor parte? Ela está sempre mudando, mas sem perder o coração — o que a torna impossível de ignorar.

 

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Texto revisado por Alexia Friedmann

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