Dos tempos de Bizâncio, à grande Constantinopla e à vibrante Istambul, descubra como essa cidade se tornou o elo entre o Oriente e o Ocidente
Istambul é uma cidade tão mágica que facilmente estaria em cenários de filmes e livros de fantasia. Rica em cultura, história e arquiteturas de tirar o fôlego, a cidade tem como nostalgia momentos históricos importantes, como seus antigos impérios e a mistura, que ainda existe, do Oriente e Ocidente; sua gastronomia milenar também é babado. Antes de “virar” a tão conhecida Istambul, a metrópole passou por etapas: foi de Bizâncio para Constantinopla. Então, junte-se a nós do Entretetizei e mergulhe nessa viagem ao tempo, conhecendo um pouco de sua história e como Istambul se tornou o que ela é hoje.
Bizâncio: o começo de tudo
Sua história começa por volta do Século VII a.C., quando os gregos da cidade de Mégara saíram de sua cidade natal e foram para Turquia, construindo a pequena cidade Bizâncio. A localização era super estratégica, posicionada entre a Ásia e a Europa, às margens do estreito de Bósforo. Pensando na parte comercial, era perfeito, pois a região tinha grande potencial com milhares de embarcações passando pelo local. A partir daí, o comércio marítimo ajudou bastante na economia local, enriquecendo mais e mais. A região ligava o Mar Negro ao Mar Mediterrâneo.
Constantinopla: a nova Roma
Houve uma mudança histórica em 330 d.C., quando Constantino, o atual imperador romano, invadiu Bizâncio e o transformou na nova capital do Império Romano. Foi a partir desse momento que Bizâncio virou Constantinopla. Na região, Constantino aproveitou sua força e poder para administrar seu império e proteger suas fronteiras com seu exército. Além disso, o imperador construiu muralhas para maior proteção
Mas não era só de guerras que se vivia Constantinopla. A cidade se tornou exemplo, uma das mais importantes do mundo. Investiram bastante em palácios e igrejas, como a Basílica de Santa Sofia, construída no século VI pelo Imperador Justiniano I, símbolo do esplendor bizantino.
Bom, após a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C., Constantinopla continuou sendo a capital do Império Bizantino, virando espaço para o cristianismo ortodoxo.
A queda de Constantinopla e o Império Otomano
Constantinopla foi ameaçada de invasão por séculos, o que temeu Constantino, mas foi em 1453 que a cidade, então, foi conquistada pelo sultão otomano Mohamed II, mais conhecido como Mohamed, o Conquistador. Naquele momento, tudo mudou: o que era a cidade do Império Bizantino, virou a cidade do Império Otomano.
Com os Otomanos na cidade, Constantinopla ganhou um novo visual. As igrejas “viraram” mesquitas e adicionaram novos monumentos, como a Mesquita Azul e o Palácio de Topkapi. Mesmo a cidade se tornando um centro islâmico, ela guardou um pouco da diversidade cultural de antes. Foi a partir daí que Constantinopla virou Istambul, se popularizando no século XX.
Istambul moderna: um encontro de culturas
O Império Otomano caiu após a Primeira Guerra Mundial, fundando a República da Turquia em 1923, resultando na transferência da capital turca para Ancara. Entretanto, mesmo com esses acontecimentos, Istambul não perdeu seu brilho, já que a cidade continuou e ainda é referência cultural e econômica na Turquia. Milhões de pessoas visitam Istambul todo ano.
Istambul é uma metrópole charmosa, moderna e vibrante, onde o lado religioso diverso, como mesquitas, igrejas e sinagogas coexistem lado a lado. É uma cidade histórica repleta de vestígios de antigos impérios e suas batalhas. Ao mesmo tempo que a cidade preserva monumentos históricos como a Torre de Gálata, o Grande Bazar e o Hipódromo de Constantinopla, Istambul se abre para o novo, como arranha-céus, centros culturais, museus e bares/casas noturnas.
A história de Istambul é a prova de que uma cidade pode ir além de construções e ruas. Ela é um verdadeiro mosaico de culturas, religiões e tradições que atravessaram milênios. Caminhar pela cidade é fazer uma viagem no tempo, onde cada esquina guarda um pedaço da história da humanidade.
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Texto revisado por Layanne Rezende
