Novo longa diverte, mas não é tão memorável quanto poderia
A cada novo filme e série, a Marvel adiciona mais uma camada ao seu esquema de pirâmide. O Universo Cinematográfico da Marvel, o UCM, já conta com quase 30 filmes. Com tantas produções, a empresa acabou criando um padrão para fazer seus filmes, a chamada Fórmula Marvel, uma mistura de ação, comédia e leves pitadas de drama com poucas consequências para os personagens, salvo raras exceções.
E Doutor Estranho 2: No Multiverso da Loucura é mais um exemplo desta Fórmula Marvel. Mas será que em meio a tantos longas interessantes e memoráveis, esta continuação conquistou um espaço entre os melhores da franquia?
A resposta, amigues, infelizmente é que não. O novo filme do herói vivido por Benedict Cumberbatch até diverte, mas não é tão bom quanto poderia.
Sinopse
Neste longa, o Doutor Estranho conhece America Chavez (Xochitl Gomez), uma jovem com a habilidade de viajar pelos multiversos (conceito apresentado na série do Loki e no filme Homem-Aranha: Sem Volta para Casa). Mas o mago precisa defender a garota de forças sombrias que querem roubar seu poder.
A premissa é relativamente simples e o filme se desenrola em uma dinâmica de gato e rato. O roteiro aposta em soluções fáceis e convenientes (temos um livro mágico malvado, então também temos um livro mágico bonzinho). A resolução de alguns conflitos é até risível de tão básica.
Outros elementos do filme são mais interessantes. Como de costume, os efeitos especiais e a cinematografia são caprichados, criando ambientações incríveis de assistir na telona do cinema. Outro ponto técnico forte é a trilha sonora de Danny Elfman (Era de Ultron), que contribui muito nos momentos mais sinistros.
Aliás, quem acreditou na história de que Multiverso da Loucura seria o primeiro filme de terror da Marvel pode se decepcionar. O diretor Sam Raimi (trilogia do Homem-Aranha de Tobey Maguire) até cria bons momentos de tensão e de horror, mas o filme não sustenta uma atmosfera assustadora com tantas piadinhas.
O elenco composto por Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Benedict Wong, Xochitl Gomez, além de boas participações especiais, tem atuações sólidas, mas nenhum deles tem um arco emocional satisfatório, já que o roteiro aposta em soluções fáceis.
Quando se produz tanto quanto a Marvel, é inevitável termos resultados variados. Às vezes o público ganha filmes incríveis, às vezes ganha filmes terríveis. E muitas vezes, ganhamos filmes como Doutor Estranho 2: No Multiverso da Loucura. Até nos divertimos na sessão, mas já estaremos pensando no próximo passo da Marvel assim que as luzes se acenderem.
Assista o trailer de Doutor Estranho 2:
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*Créditos da foto de destaque: divulgação/Marvel.