Ele é completamente troglodita, machista, maluco, cansa de beber e fazer piadas sem graça. A minha mãe diz que ele não vale nada. Ele é totalmente o contrário de mim e contrário da imagem do príncipe perfeito que sempre sonhei desde pequena em ter um dia. Dar fora é com ele mesmo. Mas o jeito que ele me abraça e o jeito que ele me faz sentir e ver as coisas é tão maravilhoso! Faço loucuras por ele e ele por mim, dentro de nossas possibilidades. O sorriso dele é perfeito. A boca dele me faz um convite toda vez que ele sorri. E eu aceito. Eu sempre aceito. A carinha dele de sono é a coisa mais fofa desse mundo! Eu juro de corpo e alma que eu tento fugir, mas parece que a gente se encaixa. Sempre quando o vejo, o medo de novamente sofrer por alguém se vai. Nunca foi tão forte assim.
Pequenas possibilidades pra vê-lo se tornam gigantes só por imaginar que vou poder sentir aquele perfume que, quando gruda em mim, não quero deixar sair nunca mais.
Estou totalmente acabada e desgastada. Mas feliz em nossos pequenos momentos eternos. Estou chorando que nem uma mula perdida por não saber o que fazer, por não poder expressar o que eu sinto nem sequer na frente dos meus melhores amigos. Eu escondo, mas ao mesmo tempo querendo mostrar pra todo mundo o que eu sinto. Eu sempre vou me lembrar dele, e sempre vou acabar comentando alguma coisa dele indiretamente. Parece que nessa coisa que eu chamo de “cérebro” só existem nossas memórias.
Mais um parágrafo se passou e eu continuo chorando feito uma mula. Eu queria estar com ele agora, mas quem disse que alguém pode nos ver juntos? Todo cuidado é pouco e é por isso que valorizo cada segundo ao lado dele. Todos os casais vão ao cinema, ou assistem a um filme juntos em casa, saem pra jantar, e eu e ele só nos contentamos com um “olhar 43” de longe quando nos encontramos, ou só um “oi” amigável, pois estamos em público. Isso é ruim sim, ou melhor, isso é horrível! Mas parece que a saudade, que aumenta a cada dia, se torna maravilhosa quando é morta no nosso lugar secreto com aquele abraço que só ele sabe dar, porque é o lugar onde eu me derreto, esqueço tudo ao redor, inclusive o vira-lata que ele é. A verdade é que eu gosto dessa adrenalina que o nosso amor causa. E eu não escolhi que fosse assim, eu o amo porque é inevitável. Porque é mais forte que eu, mais forte que qualquer princípio que me impeça de ter algum meio e algum fim. Por mais que seja difícil, eu o amo com todas as nossas terríveis dificuldades, com todos os limites e estatutos ao redor. O nosso amor é um perigo, mas eu nasci pra esse abraço.
Autor: anônimo
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