Entrevista | Andrea Chaparro fala sobre o sucesso de Rebelde

Atriz comenta que os integrantes do elenco da série são as pessoas mais próximas a ela atualmente

 

A série Rebelde estreou na Netflix em 4 de janeiro. Desde lá, a trama e o elenco vem conquistando milhões de fãs pelo mundo. Um dos nomes responsáveis por esse sucesso, é Andrea Chaparro.

Mexicana e filha do ator Omar Chaparro, Andrea interpreta a MJ. Sua personagem veio dos Estados Unidos para estudar no Elite Way School (EWS), escondida dos pais religiosos que acreditam que a filha estuda num colégio católico. 

Colega de quarto de Andi (Lizeth Selene) e Jana (Azul Guaita), MJ também faz parte da banda Sin Nombre e entregou diversas performances durante a série. Sua interpretação de Si Una Vez, canção de Selena, atualmente conta com mais de um milhão de streamings no Spotify

Em entrevista exclusiva para o Entretetizei, a atriz comentou sobre como foi fazer parte do projeto, o acolhimento dos fãs e suas expectativas para a segunda temporada

Confira: 

Entretetizei: Rebelde foi uma explosão, não apenas no Brasil como no mundo todo. Como foi para você descobrir que ia fazer parte de um projeto tão grande como esse?

Andrea Chaparro: Foi muito louco. Mudou completamente a minha vida. Sempre quis fazer algo de arte, mas nunca pensei que ia chegar tão rápido e com algo que sempre esteve tão próximo a mim. Foi como um círculo. Eu não via a novela, era muito pequena. Mas escutava as músicas no rádio, na MTV, no Telehit, e o tempo todo, cada vez que tocava, cantava com todo o pulmão. Então repetir esse sentimento de quando era criança é muito bonito, e, desta vez, numa voz diferente, com um personagem do mesmo universo, é muito louco. Estou muito agradecida.

E: Como foi interpretar a MJ?

AC: Eu amo muito a MJ. Muito lindo. Foi como voltar a essas memórias que eu tive em algum momento na escola, de tentar fazer amizades, saber do que eles gostam… Mas, ao mesmo tempo, ter medo, duvidar de mim mesma. MJ é uma garota com a qual coincido em muitas coisas. Somos meio americanizadas, gostamos muito de desenhar, a música nos move. Somos muito diferentes em algumas outras coisas, mas sinto que MJ nesses últimos anos me ajudou a me conhecer melhor também.

E: O nome Rebelde leva um peso muito grande.  Mas vocês esperavam que fosse fazer tanto sucesso como o que estão tendo?

AC: A verdade é que eu nunca pensei que chegaria tão rápido. Em algum momento eu sonhei, sonhei em uma realidade mais distante. E foi uma surpresa para mim, te digo que isso mudou minha vida. Às vezes, eu tinha pessoas on-line, e agora tem muita gente ali. Que me leem, me escutam. É lindo tudo o que Rebelde alcançou, é como um efeito borboleta. Chega até mim a emoção, vejo os tweets que fazem, os edits e fico gargalhando sempre que leio eles. Rio muito, ou choro quando fazem edits bem tristes, mas tudo tem sido muito louco. Nunca imaginei algo tão próximo a essa loucura que é ser artista. Porque eu já vivi isso com meu pai. Meu pai é um ator e eu vi ele crescendo dentro disso, vivi minha vida correndo quando lhe pediam fotos e agora está acontecendo comigo e é a coisa mais estranha que eu vivi na minha vida. É muito divertido. 

E: Justamente ia perguntar isso, sobre os fãs. Porque estão vindo muitos, muito rápido. Um fluxo de gente que antes não existia. E queria saber um pouco mais sobre essa relação para você. Saber que há tantas pessoas, em muitos lugares do mundo que te admiram, a ti e ao teu trabalho. 

AC: É muito louco saber que no Brasil Pensando en ti estava nos Top Charts. Eu nunca fui ao Brasil. Quando eu estava morando em Los Angeles, tinha amigas que me diziam “Andrea, você poderia ser uma artista” e eu dizia “Uau. Talvez, eu iria amar”. Então, às vezes no Instagram, elas comentavam brincando “come to Brazil”. E agora, atualmente, você não sabe como chegam “come to brazil” que são do Brasil de verdade. É muito louco. É como um abraço por tudo que eu fiz para MJ e para Rebelde, para essa nostalgia. É muito lindo porque tudo o que fizemos foi com muito amor, trabalhamos com muito entusiasmo, com muita paz, muita amizade. Muito amor, mais do que tudo, e é muito lindo ver que também é recebido com muito amor. Esqueça os haters, sempre vão ter. Mas cada fã, cada pessoa que nos assiste, nos comenta, nos diz “Obrigada por isto”. Eu desejo obrigada mais ainda. Às vezes não posso responder todo mundo, mas eu amo eles verdadeiramente e são os mais lindos. Me fazem sorrir no twitter sempre… É muito bonito. E sim, quero ir ao Brasil um dia. E quero fazer canções em português. Quero aprender português

E: Falando um pouco do elenco da série, que é incrível e pelo que estamos vendo nas redes sociais, vocês ficaram super amigos e viraram uma verdadeira família. Queria saber como era gravar com todos juntos e, também, sobre as coisas que aconteciam. 

AC: Sempre, sempre estávamos rindo de algo. Sempre havia algo que alguém fez, ou uma cara, alguém que não prestou atenção, ou piada, ou algo e estávamos rindo de alguma coisa. Mas, ao mesmo tempo, nos respeitávamos e às vezes era “amigo, agora não quero falar, vou dormir no meu trailer” e ok. Sempre nos ajudávamos e tínhamos essa cumplicidade de poder dizer o que estava acontecendo, como nos sentíamos. Ou se precisássemos de ajuda, porque para muitos foi o nosso primeiro projeto, assim, grande, e outros já tinham mais experiência nesse mundo da atuação e interpretação com a Netflix. Foi lindo. Depois de gravar sempre tentávamos nos ver. Eu tenho uma fogueira em casa, nos reuníamos aqui, às vezes pegávamos o violão, começávamos a freestaylear. Quando terminamos de gravar, fomos a um povoado aqui no México, que se chama São Miguel, e foi muito lindo. Dividimos um final de semana ali, tranquilos, compartilhando mais sobre nós, sobre como nos sentimos. Posso te dizer que hoje em dia eles são as pessoas mais próximas a mim. São as que eu mais conectei, mais cresci e mais me viram batalhar. 

E: O que significa a música para você, Andrea?

AC: Para mim? A música em geral é algo que eu vivo todos os dias. Cantar, escutar músicas ou até canções instrumentais e eu coloco alguma voz em cima. É algo que me faz conectar muito comigo mesma, é algo que me lembra mais ou menos de quem eu sou. Às vezes eu esqueço o que estou fazendo da minha vida ou o porquê, ou, você sabe, esse momentos onde duvidamos, e começo a cantar, me lembro como se escuta a minha voz, me lembro de como eu gosto de soar. E, de alguma maneira, me centra comigo mesma poder dar voz a um personagem. Isso é como um ritual. Mas, ao mesmo tempo, me dá muito medo compartilhar isso. Aos dez anos, na ceia de natal, quando meu pai me dizia “vai cantar com seus avós, vai cantar no piano para seus avós”, eu tremia. Ficava muito nervosa e até hoje quando me dizem para cantar, às vezes treme a minha perninha. Mas MJ me ajuda a compartilhar minha voz até o Brasil, que é o mais louco, é o que eu mais gostei com a música. A MJ também me ajudou a ver que poderia até conseguir outras coisas que não sabia ou que tinha muito medo de tentar. Mas a música sim é algo que me ajuda a seguir, me ajuda a continuar, me inspira. Às vezes escuto um beat em algum lugar e me inspira a pintar algo, a cantar algo ou a dizer algo. Acredito que a música nos move, como deveria

E: Pensa em algum momento seguir como cantora? Gravar um single ou algo?

AC: Olha… Sim. A verdade é que sim. Eu vejo a música como uma obra de arte. Se em algum momento acontecer, se em algum momento eu conseguir me juntar com as pessoas certas e surgir uma boa melodia, com muito prazer vou compartilhá-la. Eu tenho por aí algumas melodias incompletas, que em algum momento eu gostaria de ter boas [músicas] para que possam escutar e não escutem somente covers. Mas sim, definitivamente é algo que eu busco, algo que eu gostaria, algo que sonho

E: Para você, o que é ser rebelde?

AC: Para mim, ser rebelde é tudo o que você diz que acredita, todos os seus valores. Ser rebelde, para mim, é permanecer com a sua essência mesmo com tudo o que o mundo faz, o que é muito difícil. Eu lembro de estar na escola e que queriam me rotular. Ser rebelde é não deixar que te rotulem. Ser rebelde é você saber o que gosta, o que te move, o que quer e que isso seja o que te ajude a se conectar. Ou seja, o que vale mais pra você do que tudo, porque não importa. Sinto que muitas rebeldias podem se manifestar em certas coisas. Ir a uma festa, vestir uma roupa, contestar alguma palavra… mas, acho que, de verdade, acredito que o mais rebelde é manter-se fiel a si mesmo. Dentro desse mundo e ainda mais dentro dessa carreira, que é meio louca. 

 

Confira a entrevista completa em vídeo no nosso canal do youtube: 

 

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*Crédito da foto de destaque: entretetizei

 

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