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Foto: divulgação/César Ovalle

Entrevista | Di Ferrero fala sobre seu novo EP intitulado 7 e como foi o processo para chegar nas 3 faixas

O cantor contou ao Entretê sobre o processo de autoconhecimento e as suas três faixas que exploram o abstrato e o subjetivo

Di Ferrero, cantor e compositor, chegou com tudo com o lançamento de mais um EP, que foi intitulado como 7! Di está encerrando o seu último show da Outra Dose Tour que começou em 2024 e foi estendido para 2025. Os próximos shows serão no dia 12/4 no Rio de Janeiro e 17/5 em São Paulo, na Audio.

Di explica o significado do 7, que se refere à simbologia do número, considerado espiritualmente rico e carregado de diversos significados. O projeto foi lançado no dia 7 de abril, às 19h da noite de segunda. A escolha do dia e do horário tem ligação com o sol que acabou de se pôr e deu início à noite. Para Ferrero, essa combinação representa uma mudança, que é o início da hora azul onde o sol acabou de partir.

Foto: divulgação/César Ovalle

O EP 7 é composto pelas músicas: O Som da Desilusão, Além do Fim e Universo Paralelo. O projeto foi assinado por Felipe Vassão e Bruno Genz, com as letras de Di Ferrero e Bruno Genz. Nos instrumentos estão: Di Ferrero, Bruno Genz, Renan Martins, Felipe Vassão e Ricky Machado. Cada canção possui uma mensagem, a qual o cantor quis trazer para o público.

O Som da Desilusão é uma reflexão do que é certo ou errado, o que as pessoas se apegam e o que deveriam desapegar. Em seguida, vem a música Além do Fim, que segundo Di fala sobre coisas que já se passaram e olha para o “além do que ficou”. E, para fechar com chave de ouro, vem Universo Paralelo, canção que traz a reflexão de como poderia ter sido determinada situação do passado, fazendo com que seja questionado: “E se fosse isso? E se fosse por esse caminho? E se eu tivesse feito isso ou aquilo?’’. Dessa maneira, ela faz com que as pessoas pensem sobre o tema, bem como nas possibilidades que poderiam ter sido tomadas. 

Confira a entrevista que o cantor deu ao Entretê, e já salva as músicas para incluir na sua playlist. 

Foto: divulgação/César Ovalle
Processo de autoconhecimento

Entretetizei: Di, como foi o processo de autoconhecimento até chegar nesse novo EP?

Di Ferrero: Nossa, está sendo, né? Acho que é um processo que não termina. Ele continua sempre… um novo momento assim na vida. E agora eu estou passando por um novo momento, com uma nova fase que está se iniciando. Por isso que tem a ver com o 7, esse número é uma simbologia até para mudanças, assim, de fim e começo ao mesmo tempo ali.

É isso que estou sentindo agora com essas músicas, com esse EP. Principalmente porque além disso tem o 7, que é aquele horário perto das 19h, que acaba o dia e começa a noite. E tem aquele azul que é a cor do EP também, aquela cor azul, então tem tudo, toda essa simbologia dentro das músicas. 

Queira ou não, pra mim, quando escrevo, estou me expondo ali, para eu ver o que estou passando, estou tentando ser o mais sincero sempre comigo mesmo e através da música, e vou me conhecendo cada vez mais. Mas ainda tem chão, pra eu chegar em algum… é sempre uma escada. 

Ainda bem que é assim, né? Porque eu falo ali, numa música que chama Além do Fim, às vezes até o imperfeito pode ser o certo, né? Porque… se a gente não tem certo ou errado, então, o importante é a sinceridade, e a essência está ali no som e na música. 

As três faixas e seus detalhes

O Som da Desilusão

E: A música O Som da Desilusão consegue transmitir a sensação de ter sido desapontado por alguém, algo que todos nós já passamos, mas que é único para cada pessoa. O Som da Desilusão faz você refletir sobre a vida? 

D: Super! Foi também e é, você falou desilusão… é o fato, né? É a maior verdade, todo mundo já passou, está passando, vai passar… E, no meu caso, foi isso; uma desilusão de algumas amizades, assim, de pessoas próximas que talvez, acredito que seja normal, você se doar mais ou de se criar uma expectativa e tal. E aí, vem aí desilusão, né? Vem todo aquele sentimento.

Mas e qual é o som desse sentimento? Então, é isso que eu tentei pôr ali junto pra contar essa história. Uma batida que também não deixa a música pra baixo, ela não é triste, né? Então você fala sobre desilusão dentro do groove…. que joga até pra cima ali. 

E sim, eu conheci mais de mim ali. De mim mesmo nesse processo todo, sabe? E é muito profundo pra mim assim, porque… é até perto de uma exposição, assim, sabe? Você tem que se expor mesmo ali, você é vulnerável e tal. Então, esse processo é legal, eu gosto… é quase uma terapia se parar pra pensar, uma autoterapia. 

As três músicas têm umas ligações, então o vídeo também tem uma ligação. Eu tirei 200 fotos do meu rosto, pra ser eu ali num sonho, como se fosse um sonho. E aí, tem essa parada da desilusão, depois vem a pergunta, né? Além do Fim, o que sobrou depois disso? Que é a segunda música. 

Então, é uma música que fica o questionamento mesmo, que é uma pergunta e conta uma história, né? Dependendo do que sobrar depois do fim, você vai ver se é real ou se não é, se vale a pena ou se não valeu ou o que aconteceu. 

Aí, sai dessa música e vai pra um Universo Paralelo, que é tipo assim: “E se?’’. É uma viagem, né? “E se… e se eu tivesse feito isso?“ Tipo assim, você continua se perguntando as coisas. Vem a desilusão, depois além do fim, o que sobra. E se eu tivesse feito isso, e se tivesse ido para o caminho que é o universo paralelo. São várias possibilidades ali. E elas têm essa linha assim de raciocínio.  

E, por mais louco que isso seja, ainda acredito que, por mais que a gente faça essa pergunta, é que a gente está onde deveria estar. E não é uma pergunta, tipo um questionamento, é quase que um lamento ali, né?

Você vai ficar frustrado, não vai sair do lugar, mas eu acho que é mais também. “E se eu fizer isso agora? Daqui pra frente?” Tipo vou sonhar algo, do que eu quero agora, né? Escolher no universo paralelo qual que é o melhor e vou ali; não vou deixar de fazer o que eu quero fazer por medo ou por qualquer sensação que eu tenha. Então, é tudo isso que tem nas músicas, sabe? Todos esses sentimentos estão ali presentes nas músicas.

Além do Fim

E: Como a música Além do Fim consegue falar sobre os altos e baixos da vida de um jeito leve, sem ficar pesado?

D: Bom, eu acho que ela tem muito… porque assim, dos altos e baixos eu sempre levei as coisas, é… tem um pouco de humor quando você está na “merda”. Tipo assim, sabe, você encarar algum problema, alguma coisa… Cara, é impossível você não ter problemas, a gente vai encarar cada vez um novo, na vida.

E assim, como você vai lidar com isso, sabe? Então tem várias questões ali, que nem eu falo, a pessoa reclamava por ser extremamente gente fina. E você reclama das qualidades e dos defeitos, mas ao mesmo tempo gosta, então são várias coisas. Ela tem também uma energia das notas, de onde vai um refrão, é cantado que deixa ela mais leve mesmo, né? E ela não é séria mesmo. 

A gente pergunta o que sobrou além do fim, mas ela não é séria. É bem pra curtir assim, ela tem uma energia boa, as notas são para cima, o refrão. Me lembra um pouco dos anos 2000, quando eu fazia, ali mais novo, as músicas, só que, claro, mais maduro agora também.

O lance que lembrei de festas, tem só… que a galera fala sofrência. Não quer dizer que você está mal, você só está ali, sabe… Eu só estou contando uma história mesmo, e aí é muito o jeito de contar. Você pode contar triste ou você pode contar a história triste e feliz, pra cima.

Universo Paralelo

E: As escolhas que não fizemos no passado nos tornam quem somos hoje, e como isso é refletido na música Universo Paralelo?

D: É um Universo Paralelo de possibilidades de coisas que poderiam acontecer, né? Mas é como a gente falou agora pouco, tem que ser daqui pra frente, que a gente pode tentar. É impossível mudar o passado, a única coisa que a gente consegue fazer com o passado é superar mesmo. 

Se for um trauma, alguma coisa, tem que superar, não tem outra escapatória. Aí você pode se perguntar, mas se eu não tivesse ido em tal lugar, não teria acontecido tal coisa. Ah, mas já aconteceu, já foi. E é meio o que eu vou fazer daqui pra frente. Então, também aprendi muita coisa com isso, com aquele momento, aquele erro, aquela dificuldade ou o que for do que tiver acontecido. 

Eu vejo por aí, sabe? É que na hora do furacão a gente não… a gente só sente, né? E só vive aquilo. Mas essa música é isso. De tipo, não tem como tentar ir para um universo paralelo e tentar consertar algo, mas tem como eu falar: “E se eu for daqui pra frente pra lá, né? E sonhar e se almejar.

E: Bom, Di, a gente está chegando ao fim, e para finalizar, os fãs vão ter o privilégio de ouvir as três músicas ao vivo? 

Di: Vão sim. Como eu falei, a galera que está aí ligada, vai sim ouvir essas músicas e vai ouvir um pouco de tudo assim, porque vai ser um show muito especial. É o encerramento de uma tour muito marcante pra mim, então eu toco de tudo nessa tour. Vou focar, claro, nas músicas da minha carreira, mas eu toco muita coisa legal e provavelmente vão ter alguns convidados especiais também que vão fazer uma bagunça, vai ser bem legal.

Confira o Visualizer EP 7:

Confira agora a entrevista completa, com o Di Ferrero falando um pouco sobre seu novo EP:

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Texto revisado por Kalylle Isse

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