Entrevista |  Juliana Linhares fala sobre a produção do novo álbum

Juliana Linhares acaba de lançar seu novo álbum, Nordeste Ficção, com parcerias como Zeca Baleiro e Chico César

Juliana Linhares lançou, no dia 26 de março, seu primeiro álbum na carreira solo: Nordeste Ficção. Cantora, compositora e atriz, ela nasceu em Natal e foi viver no Rio de Janeiro em 2010. E essa mudança fez com que ela percebesse com mais clareza os clichês com que o resto do país enxerga o Nordeste.

A reação e compreensão desses estereótipos se tornou material para a criação das canções. “E se o Nordeste é uma invenção, como canta Belchior, a arte segue sendo o meio para desconstruir narrativas. E criar outros nordestes possíveis.”

A produção do álbum é de Elísio Freitas com direção artística de Marcus Preto. Nordeste Ficção possui 11 faixas, entre elas, parcerias com Chico César, Zeca Baleiro, Petrúcio Amorim, Tom Zé, Posada, Moyseis Marques, Rafael Barbosa, Khrystal, Jessier Quirino e Caio Riscado, Letrux e Mestrinho.

Produção

Juliana conta que a produção do álbum foi feita inteiramente à distância, devido à pandemia da Covid-19. “Eu não imaginava que quando fosse fazer um disco seria dessa forma. Eu sempre imaginei que iria gravar com uma banda, ao vivo, em estúdio. Sempre gostei do calor da presença. Mas diante da situação que nós estamos passando, decidimos gravar à distância.”

As parcerias que estão no disco foram gravadas cada uma de um lugar diferente, como Natal, Los Angeles, Portugal e São Paulo. “Talvez se fosse presencial, não teríamos agregado tantas pessoas. Ao mesmo tempo, sinto falta de ter as pessoas perto. Espero que em breve a gente consiga fazer um show ao vivo. Mas é um disco da pandemia, e tem essa possibilidade plural de reunir tantas pessoas de lugares diferentes”.

Referências artísticas

Imagem: Divulgação

Ela ainda relata como foi a escolha das colaborações presentes em Nordeste Ficção. Segundo a artista, são pessoas da minha vida, pessoas que estão próximas a mim. Amigos, compositores, meu irmão. Chico (César) é um cara com o qual eu já trabalhei e Zeca (Baleiro) é um cara que eu admirei a vida inteira. Em determinado momento eu achei que eu poderia entrar em contato com eles e propor uma parceria. E os dois toparam. Foi muito bacana, porque são pessoas da minha vida musical, da minha adolescência e juventude. Eles me abriram muito a cabeça para o fazer artístico e político no mundo. Então, é uma honra tê-los como parceiros”. 

Juliana diz que seu principal objetivo com o álbum é que ele seja ouvido por diversas pessoas, de lugares e regiões diferentes. Além disso, ela também revela quais foram suas referências para compor o disco. “Eu bebi muito na fonte da música produzida no Nordeste nas décadas de 70, 80 e 90. Discos de Elba Ramalho, Amelinha, Belchior, Ednardo, Zé Ramalho. Então eu fui buscar o que fazia parte de mim.

Finalizando, Juliana Linhares afirma que o Nordeste Ficção foi completamente influenciado pelo momento que estamos vivendo. Primeiro por uma desesperança enorme política e econômica, e depois pela pandemia.O álbum vem da minha vivência através desse tempo, da minha tristeza e da minha vontade de cantar. Eu escolhi lançar ele mesmo nessa situação porque é urgente. Sempre é hora de colocar as coisas no mundo, ainda mais em um momento tão triste. Fazer algo assim pode ajudar a gente a olhar a vida com mais esperança, mostrar para a humanidade caminhos de alegria, que é a maior resistência”, diz.

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*Crédito da foto de destaque: Divulgação

 

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