Em entrevista ao Entretetizei, o artista contou suas experiências no Restart e no Selva, e suas descobertas como artista solo
Quem aí também usava roupas e acessórios coloridos por causa da banda Restart? De lá para cá muita coisa mudou e isso não é só sobre nós, mas também sobre os ex-integrantes da banda. Pedro Lucas Conva Munhoz, ou melhor, Pe Lu, trilhou novos caminhos e, recentemente, deu um importante passo na sua carreira: lançar Carnaval de Sofá, seu primeiro EP como artista solo.
O nome do projeto tem tudo a ver não só com a proposta do EP, mas também com a situação que estamos inseridos.
Como as comemorações do Carnaval da forma que conhecemos ainda não podem acontecer, com Carnaval de Sofá, podemos ter um gostinho da festa.
Nesse EP, Pe Lu adaptou quatro músicas carnavalescas para versões introspectivas e minimalistas em produção, mas gigantes em reinvenções e descobertas para o artista.
As músicas escolhidas para trazer o Carnaval para as nossas casas foram as clássicas Beleza Rara, Diga que Valeu, Bola de Sabão e Beija-Flor.
Processo criativo de Carnaval de Sofá
Em entrevista ao Entretetizei, Pe Lu contou que a ideia surgiu como uma forma de aliar sua criatividade às suas memórias afetivas relacionadas ao Carnaval baiano.
“Eu comecei a pensar em fazer alguma coisa de Carnaval na época que a gente tinha esperança que teríamos Carnaval normalizado esse ano. Só que o caminho que estou de sonoridade é um lugar de produções mais minimalistas e focando bastante na voz e no violão. Então eu pensei: como posso fazer uma história de Carnaval sem perder completamente a minha identidade como artista solo que eu ainda estou começando a construir? E aí, veio a ideia de pegar músicas do Carnaval e trazê-las para a minha realidade, e acabou que, sem querer, colou”, explicou o artista.
Para Pe Lu, pensar em Carnaval significa lembrar automaticamente da Bahia e, por esse motivo, escolheu que o seu EP tivesse músicas que se relacionavam de alguma forma com o estado.
O artista ainda disse que o processo criativo do projeto foi prazeroso e surpreendente.
“Quando a gente começou a pegar os axés, eu pensei que não iria ter como pegar essas músicas e trazer para esse lugar tão menor no sentido de produção. Eu tive uma surpresa gigante, porque quando a gente começou a tocar e a buscar repertório, percebi que tinham tantas músicas que estávamos acostumados a ouvir no trio e nas festas, que você não imagina a beleza que essas músicas ganham também quando você traz para um lado mais intimista. O processo foi uma grande descoberta”, conta o cantor.
Outra curiosidade é que, como a autorização das regravações veio em dezembro e Pe Lu também trabalha em projetos de outros artistas, ele precisou fazer 8 músicas em 15 dias.
Apesar disso, Pe Lu conta que ver que tudo deu certo é muito satisfatório e que está bastante feliz com o resultado.
“A gente fez tudo em um tempo muito curto e ainda conseguimos as autorizações para regravar. Então, estou bem orgulhoso, porque era uma ideia que há três, quatro meses, eu pensava que era animal, mas que era pouco provável que eu conseguisse. Ver esse projeto existindo me deixa felizão e, para mim, é legal que as pessoas descubram as letras da forma como eu descobri, que vai além de você saber cantar por osmose, sabe? É você olhar, ver a poesia, porque elas são letras lindas. Então, só de as pessoas estarem entrando em contato de novo com essas músicas, sinto que, para mim, a missão e a intenção está cumprida.”, afirma o artista.
Projetos futuros, expectativas e banda Restart
A respeito dos seus próximos passos, o artista disse que ainda está descobrindo os caminhos que quer seguir com o seu primeiro álbum solo.
“Eu gosto de fazer música e ela me deixa sempre em movimento. Estou sempre me desafiando e aprendendo também. Sinto que o caminho do Restart até hoje sempre foi natural e de acordo com essa minha busca por continuar fazendo música. Agora, estou tentando fazer um exercício de começar coisas sozinho, até para ter mais liberdade. Tenho umas 15 ideias de músicas, algumas fechadas, outras não, e ainda são ideias que não necessariamente conversam entre si. Então, agora estou em um processo de descoberta de caminho e não tenho ainda muito claro o lugar que quero ir com o meu disco. Mas, o processo já vai começar e, pelo meu cronograma, em abril ou maio sai o primeiro single que já é do álbum. Então, quando esse single sair, o caminho já tem que estar decidido”, contou Pe Lu.
Além disso, falando sobre quais são as expectativas com seus novos trabalhos e tendo em vista o sucesso da banda Restart nos anos 2010, Pe Lu explicou que não está preocupado em estar nas primeiras ou nas últimas colocações das paradas musicais.
“Dependendo do caminho que eu escolher, as expectativas e as pretensões são adaptadas ao estilo de música e ao alcance que quero ter. Mas, no momento, não estou pensando no alcance e sim no que eu quero fazer. Não estou preocupado agora em ser o número um ou o número cem. Estou preocupado em fazer o que eu quero fazer, mostrar para as pessoas e torcer para que elas gostem. Estou curtindo o caminho, por mais papo de coach que seja isso”, brincou o artista.
Para conferir todo esse bate-papo com Pe Lu, que conta também com outros assuntos sobre Carnaval de Sofá, sua carreira na banda Restart e seus próximos passos como artista, confira a entrevista na íntegra:
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*Crédito da foto de destaque: Entretetizei