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Especial | Paulo Gustavo: o ator que transformou o cinema nacional

Em homenagem ao ator e comediante, preparamos um especial com seus principais sucessos e deixamos um abraço para todos os familiares, amigos e fãs

Iesa, cadê a tampa do meu pote?” Se você não leu com a voz dele, você não viu os filmes direito. Ontem (4), o ator, diretor e comediante Paulo Gustavo descansou após uma longa batalha para a COVID-19, nos deixando com um buraco aberto onde deveria estar o coração.

Sua partida emocionou até os corações mais duros e seu legado não será esquecido jamais. Ele não foi só alguém que levou o cinema nacional para o mundo, um gigante da arte e dos palcos. Ele foi alguém que escancarou a porta e mostrou que não existe preconceito nas telas e que precisamos tocar em assuntos delicados, sem perder a maestria do riso. Ele foi o responsável por alegrar, por ensinar e por trazer para o povo brasileiro – e ouso dizer, para o mundo – um pouco da genialidade de alguém cujo maior sonho era um mundo mais igualitário, mais amoroso e com mais paz.

Paulo Gustavo é eterno. E, por ser eterno, não morrerá jamais. 

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Nesse momento de dor e luto, desejamos aos familiares, fãs e amigos, nossos mais sinceros sentimentos e pedimos para que Deus – seja ele de qual religião for – conforte os corações de todos para que possamos, um dia, seguir em frente com um fardo mais leve.

E o que fica, é a saudade. A saudade das piadas, das risadas e até da voz. Vamos agradecer que Paulo Gustavo existiu; aplaudir seu trabalho e reverenciar sua arte. 

Obrigada por tanto, Paulo! Descanse em paz e nunca se esqueça que o povo te ama e te amará para sempre. 

 

Relembre conosco os principais sucessos que marcaram a carreira de Paulo Gustavo

 

Minha Mãe é Uma Peça

Dos palcos do teatro para as telas do cinema, Minha Mãe é uma Peça conta a história de Dona Hermínia, uma dona de casa, mãe de três filhos, divorciada e com muita tarefa para fazer. Ela é o retrato claro da mulher brasileira. Inspirada na mãe do ator, Dona Déia, Dona Hermínia é engraçada, mãe coruja e não mede esforços para proteger sua cria, até deles mesmos.

Em um monólogo engraçado, genial e elegante, Paulo Gustavo traz à tona situações cotidianas e nos mostra como sua mãe resolveria tudo isso. O primeiro filme chegou ao cinema em 2013 e foi um sucesso de bilheteria, sendo considerado o filme nacional com mais de 2 milhões de espectadores em apenas um final de semana. Os dois filmes da sequência alcançaram a mesma marca e a trilogia se tornou a maior franquia brasileira, tendo o maior público da história do cinema nacional.

Vai que Cola

No ar desde 2013 e com 9 temporadas, a série Vai que Cola, produzida e exibida pelo canal Multishow,  conta a história do malandro Valdomiro Lacerda, que abandona a vida de luxo que tinha no Leblon, para viver em uma pensão no Méier. A dona da pensão, Dona Jô (Catarina Abdala), o recebe como hóspede, mas ele logo percebe a loucura que fez. Enquanto está confinado com os moradores, Valdo precisa lidar com as provocações do zelador Ferdinando (Marcus Majella); as provocações de Terezinha (Cacau Protásio); as doideiras do eletricista Wilson (Fernando Caruso) e as confusões do trio Jéssica (Samantha Schmutz), Máicol (Emiliano D’avila) e Lacraia (Silvio Guindane).

 

220 Volts

Também dos palcos do teatro para as telinhas, 220 Volts retrata situações cotidianas e é uma mistura de stand-up comedy, entrevistas e quadros humorísticos. Paulo vai às ruas perguntar para as pessoas a opinião delas sobre situações comuns e também tabus, como sexo, morte e preconceito. 

Em suas esquetes, ele interpreta diversos papéis como a Negona, com seu jeito engraçado e expansivo de rebater as falas insanas da Senhora dos Absurdos; o Playboy machista; o Nerd inseguro e tímido; e a Periquita, uma mulher que ainda depende dos homens e de relacionamentos para viver.

É claro que Paulo Gustavo não se resume a somente essas três produções. Ele era um ator versátil e extremamente carinhoso com seus papéis, participando de diversas produções como:

  • A Vila (2020)
  • Minha Vida em Marte (2018)
  • Além da Ilha (2018)
  • Fala Sério, Mãe (2017)
  • Os Homens São de Marte e é pra lá que eu vou (2014)
  • De Pernas para o Ar 2  (2012)
  • Divã (2009)
  • Xuxa em O Mistério de Feiurinha (2009)

Amar é ação. Amar é arte. Muito amor, gente. Até logo!

Para esta que vos escreve, é impossível não chorar neste momento. Impossível ignorar toda a dor. Eu escrevo por não conseguir falar, mas encontro nas palavras, uma forma de expressar tudo o que fica guardado aqui dentro. Por isso, escrevi uma carta que eu espero que chegue aos familiares e amigos de Paulo Gustavo e dê um pouco de conforto nessa hora tão difícil.

“Hoje as cortinas do teatro se fecham. O riso se esconde por trás das lágrimas. As luzes se apagam e o ator principal vai embora. Hoje não existe pipoca, não existe Dona Hermínia gritando, não existe piada. Hoje, o que existe é a dor!

É muito difícil escrever sobre a passagem de alguém, principalmente alguém que levou alegria para tanta gente ao redor desse mundão. A verdade é que ter que dar uma notícia dessas é insuportável. Parece que uma parte da gente vai com a pessoa, sabe?

Acho que não preciso falar dos inúmeros personagens, das peças, dos filmes que viraram um marco no cinema nacional ou da legião de fãs que o seguia e o seguirá para sempre. Falar sobre isso agora, parece extremamente pequeno e ele era gigante. Paulo Gustavo nos deu tanto. Nos mostrou o amor, a amizade, o afeto, o carinho e o respeito. Nos ensinou que é possível cair e se levantar. Crescer e conquistar o mundo. Que é possível acreditar no bem, nas coisas boas da vida e na beleza dos detalhes.

Nós, como seres humanos, somos muito apegados uns aos outros e custamos a acreditar que chega um momento em que precisamos nos despedir. Mas como fazer isso? Como olhar nos olhos uns dos outros e dizer “adeus, a gente se esbarra por aí!”? A dor é imensa. O desespero dos que ficam é excruciante. A gente fica tentando entender o que aconteceu, por que aconteceu. E não temos resposta. A vida é como ela é e chega ao fim um dia. E vocês me perguntam: o que fica? O que fica são as lembranças, as memórias, os aprendizados.

Como Dona Hermínia nos mostrou o amor incondicional de uma mãe por seus filhos; com a Senhora dos Absurdos nos ensinou que não é porque você é rica, que pode sair falando o que quer; Como o Valdo, ele nos mostrou que fugir da polícia e se esconder numa pensão no Méier nem sempre é uma boa ideia; Como a Mulher Feia, ele mostrou que sofrer por homem é realmente um saco e o bullying com a aparência existe; Como Aníbal, ele mostrou a força da amizade. Como Paulo Gustavo, nos ensinou a maior lição da vida: VIVA! Ela é muito curta. Ela acaba. Ame, ria, brinque, curta. Aproveite!

Aos familiares, amigos, filhos e ao marido, Thales: nossos mais sinceros sentimentos. Sabemos que é uma situação muito difícil de agüentar e desejamos, do fundo do nosso coração, que Deus conforte o coração de todos vocês e que vocês possam encontrar na alegria dele de viver a força para continuar.

Obrigada por tanto, Paulo! Um dia a gente se encontra! ‘Rir é um ato de resistência

Foto: Reprodução/petitabel

Qual sua produção favorita do Paulo Gustavo? Entre nas redes sociais do EntretetizeiInsta, Face e Twitter – e conte para a gente.

*Crédito da foto de destaque: Reprodução

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