Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Richie Talboy

Funk Generation: Anitta leva o funk carioca para uma viagem internacional

A artista comenta sobre seu o novo álbum em coletiva de imprensa

O sexto álbum de Anitta, Funk Generation, chegou a todas as plataformas de música nesta sexta (26), à 1h da manhã (horário de Brasília). Marcado pela sonoridade do funk carioca, o disco apresenta um resgate das raízes da cantora, exaltando os sons e referências que a inspiraram a ser artista para todo o mundo. Às 13h de hoje, a artista lançou ainda o videoclipe para Grip, uma das faixas inéditas do projeto e que já era muito esperada pelos fãs.

O ritmo, que já foi muitas vezes estigmatizado por suas origens periféricas, hoje ganha o mundo na voz de Anitta e outros grandes artistas. Neste trabalho, ela homenageia o lugar de onde veio e faz um recorte de alguns elementos, com toda a potência desse som, que faz parte da Larissa e da Anitta. “O funk tem um milhão de nuances, né? E tem também uma enorme importância cultural para quem mora nas favelas, subúrbios e periferias do país”, revelou.

Numa viagem internacional repleta de melodias, ritmos e letras únicas, Funk Generation começa fazendo referência aos primórdios da cena funkeira. A capa do registro – idealizada pelo diretor criativo Franc Fernandez, responsável pelo icônico vestido de carne usado por Lady Gaga no VMA de 2010 – “ilustra a nossa caminhada para incluir o funk no cenário internacional”, explica a artista.

Coletiva de imprensa: Anitta fala sobre álbum, inspirações e, claro, muito funk
Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Richie Talboy

O Entretê reuniu tudo o que você precisa saber sobre a nova fase do funk de Anitta! O álbum tem a intenção de ensinar como se faz o funk autêntico, em português, inglês e espanhol — mostrar para a gringa o nosso jeito de fazer funk, de acordo com Anitta. Funk Generation, além de representar a superação de uma fase muito delicada na saúde da artista multitalentosa, é um projeto que marca a carreira dela como uma produção que reúne tudo o que gostaria que estivesse no mainstream sobre o funk.

O planejamento, que partiu completamente de Anitta, foi pensado com base no que ela gostaria que fosse o melhor álbum já produzido por ela. Com mais de 60 músicas escritas originalmente para o projeto, a montagem do álbum foi muito orgânica, bem rápida. E ainda temos muitas músicas do Funk Generation que foram descartadas!

Esse estilo musical, para Anitta, “é muito sobre dança, sensualidade, sexualidade” e ela traz a representatividade, mistura e muita cultura que vai além da música, como os visuais e a estética milimetricamente pensada para o projeto. A abordagem da artista tenta trazer atenção à realidade das favelas, principalmente com elementos do Brasil, do funk e do Rio de Janeiro que normalmente não estão na mídia.

Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Gabriela Schmidt

Funk Generation, que tem sido muito bem recebido pela crítica (principalmente a internacional), traz não somente as músicas em si, mas também o histórico que envolve toda a produção, desde inspirações, com músicas que já existem, com samples, aos vários estilos do funk, que vai do passinho ao rebolado. Cada produtor convidado pela cantora teve uma missão específica: trazer gerações e ritmos diferentes do funk para a nova era da garota do Rio.

Anitta revelou que o retorno ao funk, após passagens por muitos estilos pop, foi um desafio. A execução do disco é uma tentativa de traçar um caminho para o funk lá fora, um projeto que foi adiado muitas vezes. “Por várias vezes na minha vida, esse álbum foi postergado, esse álbum não aconteceu, porque sabemos da dificuldade de fazer um ritmo que não existe aqui fora”, revelou na coletiva. No entanto, depois de muito investimento e amadurecimento acumulado nesses anos de carreira, a cantora, atriz e empresária se sente tranquila quanto às suas expectativas sobre a repercussão do álbum.

Nova era do funk?
Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Richie Talboy

A intenção é entregar um álbum de muita qualidade, feito com muita pesquisa e dedicação, para mostrar uma referência brasileira aos artistas internacionais sobre o que é o funk brasileiro. As faixas escolhidas para integrar o Funk Generation vão muito além das letras — o funk pensado e produzido por Anitta foi feito para dançar, curtir e se divertir. 

De acordo com a artista, a nova era, tanto de sua carreira quanto do funk, já está completa, e ela se sente muito realizada com o resultado! A cantora nascida em Honório Gurgel fez uma espécie de workshop de funk no estúdio, algo que ela entrega durante os quase 40 minutos que compõem o álbum. Uma aula sobre as letras, a sonoridade e o jeito de dançar característico dos ritmos do funk.

O funk proibidão, para Anitta, foi um dos subgêneros do funk mais difíceis de produzir — ao “pensar além da letra”, ela mergulhou nos ritmos para produzir faixas dançantes e envolventes. Ao colocar o gênero no mainstream, Funk Generation é um lembrete de que quando a gente quer e idealiza algo, nós podemos realizar — só o trabalho quea  musa teve para conseguir lançar o álbum já é motivo de celebração!

Se for um sucesso, igual a gente está trabalhando muito para ser um sucesso aqui fora, no Brasil e em todos os lugares. Se isso acontecer, a gente vai ficar muito feliz e celebrar muito, mas se não acontecer, a gente vai super entender que faz parte do processo e vai seguir”, completa Anitta.

Larissa, os fãs e a carreira
Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Gabriela Schmidt

A nova era, além de retomar as origens e levar o funk para o mundo todo, é um produto que tem um pouco dos anitters. “Os fãs trabalham muito por mim (…), eles são realmente uma extensão de mim e eu sou muito, muito grata”, revela Anitta. 

Aliás, ela também revelou suas faixas favoritas de Funk Generation. Sabana, que “começa mais obscura e se torna bem dançante” é a música favorita de Anitta, já Love in Common é a favorita de Larissa, “mais fofa e romântica”.

Pausa na carreira? A cantora pensa muito na pausa, mas ela já se sente livre para fazer essa escolha na carreira e considera, além de tudo o que já produziu, no seu bem-estar emocional. De qualquer forma, estaremos preparadíssimos para a próxima viagem de Anitta!

Bem-vindos ao baile
Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Richie Talboy

As letras sobre sexo marcam forte presença em Funk Generation. “Essa coisa da sexualidade explícita, sem papas na língua, é muito característica do funk. E acho que, quando nós mulheres cantamos sobre isso, a música se torna uma forma de libertação, né? A minha ideia é inspirar a sermos sexualmente livres”, comenta a artista.

A viagem proposta pelo álbum começa fazendo referência aos primórdios da cena funkeira. A inaugural Lose Ya Breath explode em arranjo inspirado no Miami bass e no electro. Aqui, a cantora convida o ouvinte a embarcar em uma jornada de tirar o fôlego. É o baile começando. Grip, a faixa seguinte, se inspira nessa mesma sonoridade, dessa vez com uma letra sensual sobre uma figura feminina que domina a cena. Gravado em um galpão no Rio de Janeiro, o audiovisual envolveu 180 pessoas em sua produção e foi dirigido pela GINGA Pictures – que colaborou com Anitta em videoclipes como Funk Rave.

Outras faixas, como a explosiva Savage Funk, apresentam Anitta misturando seu ritmo base com referências da música eletrônica. Aqui brilha a influência do rave funk, muito popular no estado de São Paulo. Cria de Favela é uma produção dançante, com graves pulsantes e quebras inusitadas. Por sua vez, Sabana explode aos ouvidos, empregando, de forma surpreendente, um sample de Pelada, do goiano MC Jacaré.

Anitta para seu novo álbum, Funk Generation.
Foto: divulgação/Gabriela Schmidt

E claro que Joga pra Lua, em parceria com DENNIS e Pedro Sampaio, não poderia ficar de fora do set, a faixa já conhecida pelos fãs e hit do Carnaval de 2024 vem com a mesma pegada funk do disco. Em Puta Cara, por sua vez, a girl from Rio assume o comando na cama, falando abertamente sobre como gosta de explorar sua sexualidade. Na já lançada Double Team, em parceria com Brray e Bad Gyal, ela escancara seus desejos sem medo.

Refletindo sobre um relacionamento em que ela quer apenas curtir, sem compromisso, Fría é outro retrato de protagonismo feminino. Amores, flertes, encontros e desencontros também são narrados em algumas das produções mais melódicas do trabalho, como Meme, Love in Common e Mil Veces (funk melody que remonta aos primeiros singles da carreira de Anitta).

Por sua vez, o dueto com Sam Smith, Ahi, combina uma melodia pop chiclete com as batidas do ritmo brasileiro. Já Aceita esbanja versatilidade: aqui, características de funk carioca e reggaeton se misturam, em uma canção em que a poderosa se apresenta como uma entidade, que sai pelas ruas celebrando seus feitos.

 

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Texto revisado por Michelle Morikawa.

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