Felipe Bragança será o diretor de Macunaíma
Macunaíma, clássico da literatura brasileira, vai ganhar uma adaptação no cinema. Desse modo, quem está à frente do projeto é o diretor e roteirista Felipe Bragança. Aliás, ele é responsável pela direção do filme Não Devore Meu Coração, que em 2017 concorreu ao prêmio World Cinema Competition do Festival de Sundance. Para realizar o filme, Felipe Bragança reuniu uma equipe de artistas indígenas brasileiros, como Zahy Guajajara e Denilson Baniwa. Segundo o diretor, o filme será uma visão contemporânea da obra de Mário de Andrade.
Zahy Guajajara é poeta, atriz e ativista indígena. Na produção de Macunaíma, irá desempenhar a função de co-diretora e também irá colaborar no roteiro. Enquanto isso, Denilson Baniwa é artista plástico, ativista indígena e atua como consultor visual e colaborador. Além disso, o antropólogo Hermano Vianna compõe a produção como roteirista e consultor. Segundo Felipe Bragança, “o conhecimento interno e o talento criativo que essa equipe traz para o projeto garante que ele não será feito por um forasteiro branco desinformado”. Macunaíma é uma parceria entre as Duas Mariolas Filmes, Globo Filmes e a francesa Promenade.
Sobre a obra
Macunaíma foi escrito por Mário de Andrade em 1928 e é um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Então, o livro narra a história de Macunaíma, o “herói sem caráter”, que nasce na Amazônia e possui uma personalidade preguiçosa e travessa. Assim, o herói passa a rodar o Brasil e passar por diversas aventuras, conseguindo escapar de situações difíceis graças à sua malandragem.
A obra já teve uma adaptação nos cinemas brasileiros em 1969, com direção de Joaquim Pedro de Andrade. O filme é uma produção do Cinema Novo, período em que o Brasil vivenciava grandes mudanças e revoluções na indústria cinematográfica.
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*Créditos na imagem destacada: Editora Peirópolis
