Dira Paes e Carlos Francisco receberam os troféus Grande Otelo de Melhor Atriz e Melhor Ator
Nesta quarta-feira (23), aconteceu o 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro realizado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. A cerimônia se desenrolou na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e teve apresentação de Silvio Guindane e Cláudia Abreu. O grande premiado da noite foi Marte Um (2022), do diretor Gabriel Martins, que levou oito troféus Grande Otelo:
- Melhor Longa-Metragem Ficção
- Melhor Direção
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Ator
- Melhor Ator Coadjuvante
- Melhor Direção de Fotografia
- Melhor Montagem
- Melhor Som
Produzido pela Filmes de Plástico, em coprodução com o Canal Brasil, Marte Um estreou no Festival de Sundance e foi eleito pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar, mas infelizmente não ficou entre os indicados. O filme do cineasta Gabriel Martins é sobre o cotidiano de uma família simples, no final de 2018, depois das eleições presidenciais.
O troféu Grande Otelo de Melhor Atriz foi para Dira Paes por Pureza (2019) e o de Melhor Ator, para Carlos Francisco, de Marte Um. Adriana Esteves ganhou na categoria Melhor Atriz Coadjuvante por Medida Provisória (2020) e como Melhor Ator Coadjuvante quem ganhou foi Cícero Lucas, também de Marte Um.
O cineasta Vladimir Carvalho foi o grande homenageado desta edição. Aos 88 anos, Vladimir segue como referência do “cinema verdade” e inspiração para documentaristas iniciantes. Suas produções, cheias de elementos do Cinema Novo, contam a história da nossa gente, fazendo com que o Brasil se reconheça na tela. Ainda em celebração ao documentário, a Academia também homenageou o crítico de cinema, escritor e jornalista Amir Labaki, idealizador do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.
Na cerimônia, Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, celebrou a “nova retomada” do cinema nacional e lembrou que a edição do ano passado se encerrou com uma performance de Silvero Pereira cantando Dias Melhores Virão, música de Rita Lee e Roberto Carvalho, composta para o filme de Cacá Diegues em 1989.
“Dias melhores chegaram! Mas não significa que ainda não exista muito trabalho pela frente para cumprir a promessa de mais dias bons. Esse é um ano bastante especial para o cinema brasileiro: são 125 anos de existência, lembrando que o Brasil, especificamente o Rio de Janeiro, foi um dos primeiros locais do mundo onde se filmou. Essa noite é uma celebração a toda essa história. Uma viagem através do tempo e dos olhares desses nossos grandes documentaristas”, declarou Renata.
O secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, esteve na cerimônia e contou sobre a resistência do audiovisual brasileiro. “Quando pegamos a Prefeitura, encontramos um cenário de oposição à cultura e ao audiovisual. Ainda na campanha, conversamos com muitos produtores que narram a importância de reconstruir a RioFilme”, confessou. “Às vezes a sociedade até se desencoraja, e provamos o poder de recuperação que temos. Hoje podemos nos orgulhar e, neste ano, o investimento foi recorde: passamos de um cenário de R$23 milhões, em 2021, para R$64 milhões”, concluiu.
A 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é uma realização da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, e é favorecida pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por meio da RioFilme, que faz parte da Secretaria Municipal de Cultura, com apuração e acompanhamento pela PwC Brasil.
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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais