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Minha Melhor Parte uma história de amor fofa e inclusiva
Foto: reprodução/Globo Livros

Resenha | Minha Melhor Parte é uma história de amor fofa e inclusiva

Livro de autora canadense é recheado de romance e cenas quentes

O livro Minha Melhor Parte, da escritora canadense Hannah Bonam-Young, foi lançado no Brasil em 2024, trazendo um frescor para os romances contemporâneos. Na obra, o leitor acompanha a jornada de dois protagonistas com deficiência física que, juntos, encontram um relacionamento saudável, leve e muito romântico. 

Com uma narrativa envolvente, a história perpassa por assuntos delicados, como relacionamentos abusivos, doenças, traumas e preconceitos. Contudo, a escrita de Bonam-Young é extremamente fluida e delicada, com diversos momentos divertidos entre os personagens. 

Além disso, ambos os protagonistas são igualmente carismáticos, o que só aumenta a empatia dos leitores com suas dificuldades. De um lado, um mocinho cuidadoso, engraçado que deseja algo mais. Do outro, uma mocinha forte e independente, mas que não quer assumir nenhum compromisso. O resultado é um amor que vai se construindo aos poucos de forma natural. 

Minha Melhor Parte: a trama
Minha Melhor Parte uma história de amor fofa e inclusiva
Foto: reprodução/Instagram @authorhannahby

O livro segue a trajetória de Winnifred McNutty, uma mulher forte e decidida, que nunca admitiu que reduzissem a sua existência à deficiência que tem em uma das mãos. Win é uma jovem que está muito à vontade e feliz com seu corpo; porém, devido a traumas do passado, não deseja se entregar tão cedo a um relacionamento amoroso.

Um dia, na festa de Halloween de seus melhores amigos, ela conhece Bo — um rapaz charmoso, engraçadinho e lindo. A química que surge entre os dois é instantânea, eles têm muito em comum e logo sentem-se atraídos um pelo outro. Eles passam a noite juntos, e Win vivencia com Bo uma conexão que jamais sentira com ninguém. No entanto, ele também é uma pessoa com deficiência, então Win acredita que um relacionamento com ele só atrairia mais complicações para sua vida. 

Semanas mais tarde, ela ainda pensa em Bo, mas acredita que aquela foi uma única noite de paixão — até descobrir que está grávida. Sem saber o que fazer, ela procura o rapaz que, surpreendentemente, fica muito animado com a notícia. 

Agora, os dois estão atados reciprocamente: decidem que serão amigos e morarão juntos enquanto descobrem os desafios de esperar um bebê. Acontece que a chama entre os dois parece nunca se apagar e, quanto mais se conhecem, menos conseguem controlar o belo sentimento que aflora pouco a pouco. 

Personagens

Bonam-Young apresenta dois personagens cativantes, com questões do passado que precisam ser trabalhadas, mas que estão completamente empenhados em construir seu futuro sem a interferência de ninguém. Winnifred é aquela protagonista que não acredita mais no amor, que já sofreu muito e não quer passar por isso novamente. Bo, por sua vez, é o próprio homem raio de sol: alegre, fiel e totalmente disposto a fazer de tudo por aqueles que ama. 

A forma como os dois lidam com a própria deficiência também é trabalhada de maneira muito sensível no livro. Win nasceu com uma das mãos menor e, conforme foi amadurecendo, foi aprendendo a aceitar e amar cada parte de si mesma. Já Bo precisou amputar a perna após adulto, então continua no processo de autoaceitação e cura. Além disso, assim como Winnifred, ele tem relações conturbadas que ficaram para trás, mas que não foram completamente resolvidas.

Juntos, eles descobrirão que merecem um amor tranquilo, baseado em respeito mútuo, amizade e admiração. A narrativa se dedica a contar os dois lados do romance, relatando a trajetória de cada um até ali, mas sem o foco excessivo no que aconteceu antes. O contexto é feito, mas o objetivo geral da obra é mostrar os caminhos que os protagonistas percorrem para superar os seus fantasmas. 

Um livro inclusivo, sexy e real

Minha Melhor Parte às vezes poda algumas cenas que demandam mais complexidade, mas isso não deixa a leitura superficial. Na verdade, a leveza com que a escritora conduz os personagens os torna quase palpáveis, pois parecem ser pessoas reais. 

O protagonismo, com duas pessoas com deficiência, prova que é possível a escrita de um romance sexy, sem capacitismo e com uma jornada sensível e natural de crescimento e autodescobertas. 

 

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Texto revisado por Layanne Rezende

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