Natal dos amigos

 

 

Oiii, geeente! Hoje nossa entrevista é um pouco diferente do que costumamos falar em uma entrevista aqui para o blog. É sobre um projeto de alguns amigos meus que arrecadam dinheiro para comprar brinquedos e levam até comunidades mais pobres aqui em Petrópolis, que com o passar dos anos vem crescendo muito. E cada vez mais dá orgulho deles, de continuarem mantendo esse projeto, de poder ajudar de alguma forma, porque é tão gratificante fazer parte disso, que escorrem lágrimas nos olhos quando nos lembramos de alguns momentos. Já fui uma vez ajudar e, como o Pedro disse na entrevista, foi o meu melhor dia do ano de 2014, ver tantas crianças felizes, ser retribuída com um sorriso, um abraço, ou apenas um olhar tímido, já basta! Você encerra o ano com muito mais leveza no coração, esquece os problemas ruins por algum tempo, não tem palavras para demonstrar tudo que eles passam, é gratidão, é amor ao próximo.

E sempre que a data do Natal vem chegando mais perto, parece que nos sentimos mais solidários, então aproveite e faça uma singela contribuição a qualquer pessoa que esteja precisando, isso te deixa tão mais leve!

O Natal dos Amigos é um projeto totalmente beneficente, todo o dinheiro arrecado vai para os brinquedos, e eles têm muito orgulho em falar disso, dá para perceber nos olhos de cada um que faz parte desse projeto. E por isso resolvemos entrevistar um dos cabeças desse projeto, que explicou tudo direitinho como surgiu e até como doar.

 

Como surgiu o Natal dos Amigos? Conta pra gente a história até aqui!

O Natal dos Amigos surgiu com uma ideia de um amigo nosso, o Delcivan Jr., ele teve a ideia em 2003. Nós éramos estudantes na época, alguns fazendo faculdade, alguns já tinham até abandonado ou terminado a faculdade. A maioria dos nossos amigos não teve uma infância muito fácil, não tinha muito recurso. Então começamos com muito pouco dinheiro, eram poucas doações, às vezes dez reais de cada amigo. Então nós comprávamos aqueles brinquedos mais simples, Delcivan se vestia de Papai Noel e nós íamos para as comunidades distribuir os brinquedos. Fizemos dessa forma, crescendo um pouco nos primeiros anos. Porém, chegou uma época em que ele não conseguiu mais organizar e ficamos três anos sem fazer. Como, desde o começo, me envolvi emocionalmente no projeto, resolvi junto com alguns amigos (Rodrigo Paiva, Martin Brandão, Alexandre Ferreira, Rodinei Pinheiro, Leuci Omatu, José Augusto e Marcelo Nascimento) reativar isso. Nessa época já estávamos todos trabalhando e em outra fase da vida, com um pouco mais de oportunidades e conhecimentos. Assim começamos novamente de uma forma um pouco maior do que era no começo. E hoje já faz seis anos que reativamos, chegando neste ano ao maior Natal dos Amigos, envolvendo mais de dez pessoas na organização, mas tudo dando certo no final.

Como vocês selecionam as comunidades que irão receber os brinquedos?

Normalmente esse projeto tem uma coisa de que nós não abrimos mão de forma nenhuma, que é não ter nenhum vínculo político, e não aceitamos nada parecido. Então nós não revelamos para as comunidades aonde vamos, para que ninguém vá até lá se aproveitar da situação no dia e nem ninguém da própria comunidade utilize a entrega dos presentes para alguma promoção individual. Geralmente nós visitamos as mesmas comunidades que visitamos no ano anterior, com algumas poucas alterações, mas essas escolhas são feitas em data próxima do evento, porque tem algumas comunidades que já vão receber solidariedade naquela data, outra equipe solidária etc. São comunidades grandes, porque hoje, como eu falei, já está bem grande o projeto, e procuramos onde o número de crianças seja um pouco maior, são alguns dos nossos critérios.

 

Como você se sente participando desse projeto?

É como eu já falei, eu me envolvi muito emocionalmente no começo; depois que eu tomei a frente, junto com os amigos relatados acima, me sinto muito feliz. Engraçado que tem um chavão que as pessoas dizem, que quem ganha o presente somos nós, mas é o que descreve melhor o sentimento que nós temos, te falo que há muitos anos esse dia é o melhor dia do ano pra mim, me sinto muito mais feliz. O brilho no olhar e o sorriso de cada uma das crianças parece que dão uma carga de amor em nossos corações. A maioria das crianças recebe apenas esse presente no Natal, imagina a felicidade quando chegamos…

Até o momento, qual foi a situação que mais marcou, em questão de emoção, que você vivenciou?

Foram várias, na verdade estamos até com um projeto de gravar alguns vídeos com os dois amigos nossos que se vestiram de Papai Noel, um no começo (Delcivan Jr.) e o que está fazendo atualmente (Rodrigo Paiva), relatando essas situações para nós podermos postar, porque agora tem Facebook do Natal dos Amigos. Eles com certeza têm muitas histórias. Mas me lembro de duas situações. A primeira, na época era o Delcivan o Papai Noel, a criança chegou perto dele, e os presentes daquelas comunidades já tinham acabado, não tinha mais presente. Aí ele: “Ai, meu amor, eu não tenho mais presente”, e a criança falou assim: “Eu não quero presente, eu só quero um abraço”.

                                                                             essa foi a fofa

A outra foi no ano passado, um menino havia ganhado uma moto de brinquedo e a roda da frente havia soltado. Eu, vendo a dificuldade dele em colocar no lugar, me aproximei e consertei pra ele. Ele saiu correndo, feliz da vida. De repente ele parou, olhou para trás e voltou até mim e perguntou: “Posso te dar um abraço?”. Eu o abracei e comecei a chorar…

 

As pessoas têm alguma resistência em ajudar vocês? Em todo esse tempo de campanha, qual foi a maior arrecadação de brinquedos?

Normalmente as pessoas que eu abordo não têm resistência, às vezes existem situações normais financeiras nas quais algumas pessoas têm uma facilidade maior e outras, menor, mas resistência, de forma alguma. Quando eu falo com as pessoas, o meu índice de sucesso é bem grande. Assim, este ano é o maior Natal até hoje realizado, até este momento temos uma arrecadação de mais de 25 mil reais, e acreditamos que conseguiremos algo em torno de 1.500 brinquedos.

A cada ano aumenta mais esse projeto, com feijoadas, número de pessoas aumentando… Sendo assim, como nós podemos participar, ajudar esse projeto?

Há uns dois anos, o projeto começou a tomar uma proporção bem grande, este ano realmente é o maior de todos e a gente tem a ideia de formalizar, para que facilite e assim as pessoas ajudem. A ideia é formalizar uma associação que faça esse trabalho, porque hoje as doações são entregues a mim ou em conta pessoal, e às vezes algumas pessoas podem ficar com algum receio em ficar divulgando contas pessoais, não é muito legal, mas fazemos esse sacrifício pelas crianças. Mas este ano, se alguém quiser ajudar ainda, dá tempo. Temos o Facebook do Natal dos Amigos, é só encaminhar uma mensagem, que Rodrigo ou Marcelo irá responder, dará a orientação necessária para o pessoal saber como ajudar. Lembrando que a ajuda nem sempre precisa ser financeira; no dia precisamos de muita ajuda, são muitas crianças e precisa de uma organização para tudo funcionar, ir no dia já é bem legal e está ajudando.

 

E para o futuro, quais são as expectativas?

Nos últimos anos temos começado a arrecadação e organização em outubro, mas no próximo ano queremos formalizar, ter um CNPJ de uma associação ou ONG. O que a gente espera do futuro é conseguir fazer, através de eventos beneficentes durante o ano, uma arrecadação mais linear, tendo em vista que hoje nossa arrecadação é totalmente feita nos últimos dois meses do ano. Nós temos alguns exemplos de eventos beneficentes de arrecadação. No ano passado o Hugo Carneiro (fotógrafo) fez um curso de fotografia e a renda foi totalmente revertida para o Natal dos Amigos; este ano o Salão do Diogo Bittencourt (Beleza.com) está doando todo o valor de seu faturamento com cortes de cabelo nas próximas terça e quarta-feira, 13 e 14 de dezembro; e teve a Feijoada do Bom, organizada pela Dois Entretenimento (leia-se Boate Savana), onde toda a renda da venda de feijoadas foi para o Natal dos Amigos. Assim vislumbramos um caminho que podemos seguir. Esse ano eu já recebi mais de 100 doações, ou seja, cem pessoas doaram algum valor para compra dos presentes. Está ficando bem grande, é uma responsabilidade administrar isso tudo.

 

Depoimento Pedro

 

É difícil você falar isso, traduzir sentimentos tão puros e profundos em palavras. É normal pra gente ajudar nessa época do ano; talvez o que pareça para alguém um ato nobre, pra gente é só uma tarefa prazerosa o que estamos fazendo, uma coisa normal. Venho de uma família pobre e fui criado em uma das comunidades que normalmente visitamos, convivendo e vivendo muito do que essas crianças vivem hoje. Sinto-me realizado em poder ajudar com minha doação, minha dedicação, transferindo um pouco de minhas oportunidades de hoje para quem precisa. Conecto quem pode ajudar a quem precisa de ajuda. Sozinhos não podemos fazer muito, mas juntos podemos fazer diferença na vida de muitas crianças. Não me sinto especial pelo que faço, só me sinto muito feliz em poder ajudar todas essas crianças.

Pedro Mattoso 

 

Depoimento Rodrigo Paiva

O Natal dos amigos é um evento que eu espero com ansiedade o ano todo. Começamos com uma ação bem pequena que aos poucos foi crescendo e juntando mais adeptos, e na verdade muitas pessoas querem participar de um projeto desse tipo e não sabem como. Todo ano depois da nossa ação aparecem vários amigos e desconhecidos também pedindo para participarem no próximo ano, e assim o projeto vai crescendo a cada ano.Ser o Papai Noel para mim é um presente, uma coisa que me emociona demais; adoro ver aqueles rostinhos com uma alegria imensa, às vezes esperando não só um presente, mas um beijo e um abraço apertado. Faço brincadeiras, pergunto se são obedientes, se passaram de ano no colégio… E no final sou eu que levo o maior presente, poder participar de um dia maravilhoso em minha vida.

 Depoimento Marcelo Nascimento

É algo inexplicável, que muda e abre a mente de qualquer pessoa. No momento das entregas não pensamos em nada, só na alegria das crianças, aquele sorriso, algo mágico. “Nós dependemos de tudo que está em nossa volta. Aí você percebe que não é tão importante.”

 

 

Queria agradecer de imenso coração pelo tempinho que o Pedro perdeu do seu dia para falar sobre esse projeto maravilhoso. Desejo todo o sucesso do mundo para vocês e que continue por muitos e muitos anos.

Vou deixar aqui a página do Facebook para acessarem e assim poderem fazer parte desse Natal com eles.

 

Facebook – Natal dos Amigos

 

 

Beijos, Iasmin H.

 

 

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