A autora se inspirou na política anti-imigração do ex-presidente Donald Trump para escrever o romance
Em O vento sabe meu nome, a escritora chilena Isabel Allende se aprofunda em um tema atual e espinhento. O livro, publicado no início de julho pela editora Bertrand Brasil, trata da separação forçada de pais e filhos durante a política anti-imigração feita pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump.
O romance discute a questão dos refugiados, da violência, do amor, da esperança e do desenraizamento.
Confira mais sobre o enredo a seguir!
O terror dos refugiados
Na obra, o leitor acompanhará duas histórias que, mesmo se passando em locais e épocas distintas, se complementam. A começar pelo destino de Samuel Adler, que tinha cinco anos quando seu pai desapareceu na Noite dos Cristais – incidente que marcou a Segunda Guerra Mundial.
O garoto foge sozinho da Áustria em 1938, em decorrência da perseguição dos nazistas. O menino então parte para a Inglaterra carregando apenas seu violino, solidão e incertezas.
Oito décadas depois, em 2019, Anita Díaz, de sete anos, acompanhada de sua mãe, embarca em um trem. As duas tentam fugir dos perigos iminentes no México e em busca de refúgio nos Estados Unidos.
No entanto, elas chegam no exato momento da nova política de separação familiar e a pequena acaba sozinha em um acampamento para crianças refugiadas. Com medo e confusa, ela encontra abrigo em Azabahar, um universo mágico.
Ao mesmo tempo, a assiste social Selena Durán e o advogado Frank Angileri combinam forças para reunir a família.
Amor, família e esperança
Em O vento sabe meu nome, Allende entrelaça passado e presente para contar uma história sobre o drama do desenraizamento, da compaixão e do amor. O livro ainda discorre sobre os sacrifícios que os pais fazem pelos filhos, e reflete acerca da capacidade surreal de algumas crianças de sobreviver a abusos sem parar de sonhar.
Enfim, é uma obra que olha para as feridas que a migração forçada pode causar às pessoas e para aqueles que fazem de tudo para combater injustiças e preconceitos.
Saiba mais sobre a autora
Isabel Allende, além de ser a escritora de língua espanhola mais lida do mundo, possui livros traduzidos em mais de 40 idiomas. Seu primeiro romance, A Casa dos Espíritos, veio ao mundo em 1982. Em 2014, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade — a mais importante distinção civil dos Estados Unidos — do então presidente Barack Obama. A autora também recebeu uma premiação no National Book Award pelo conjunto de sua obra.
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*Crédito da foto de destaque: editora Bertrand Brasil