Oiiii pessoal, tudo bem?
Olha… nossas vidas estão beeem corridas, mas estamos com ideias MUITO boas para posts, já estamos escrevendo alguns e enquanto eles não saem…. alguém aqui gosta de LER??! Espero que sim!!!!!
Resolvi publicar aqui um texto MUITO legal de uma amiga minha, a Mariana, que AMA ler e escrever. No início ela ficou com um pouco de vergonha, mas consegui convencê-la!!!
– Esse texto é um resumo de um livro que ela está escrevendo e conta a história de uma menina que levava uma vida normal e feliz…. até que seu tio, que não era uma boa pessoa, atrapalhou tudo e a vida da menina mudou completamente: passou a ter vários problemas e a não acreditar no amor. Mas não vou ficar contando né?! Para matar a curiosidade, leia abaixo essa história suuuper interessante, boa leitura!!!!
[Então, ai você pode falar que esse foi um texto que eu fiz para minha aula de redação e que agora eu decidi transformá-lo no prólogo de uma hist que provavelmente no final de janeiro, início de fevereiro do ano que vem vai começar a ser postada.]
– Palavras da Mari (escritora do texto a seguir)
Querido Titio
-Por Mariana de Azevedo M. Costa
Acordo com um braço ao redor de mim e, ao virar na cama, sorrio vendo o garoto que a divide comigo. Não sei seu nome e nem como veio parar aqui, no meu apartamento, mas não posso negar sua beleza enquanto dorme, com alguns fios loiros caídos na testa. Lembro-me de partes da minha noite com ele e sorrio maliciosamente com isso.
Levanto-me e visto minha calcinha e sua blusa. Sinto o cheiro do loiro e sorrio quando constato que o mesmo é cheiroso. Observo-o melhor por algum tempo e preparo-me para acordá-lo e dispensá-lo logo, mas uma mensagem de texto desvia meu foco.
Querida “filha”, estou com muitas dívidas e você deve me ajudar – do seu querido titio.
Sinto vontade de quebrar o celular, odeio meu tio, ou “querido titio” como ele me obriga chamá-lo nos piores momentos e também decido esperar o garoto acordar e aproveitá-lo um pouco mais para me relaxar.
Enquanto o mesmo não acorda, pego um cigarro e vou até a janela de meu apartamento. Observo a já enjoativa vista da praia enquanto trago e suspiro. Foi em uma praia que o rumo da minha vida mudou.
Eu era doce e feliz, tinha tudo para ser uma boa garota, mas agora, aos dezessete anos, só de ver a quantidade de drogas lícitas e ilícitas que tem em mim e o que faço com caras diferentes ou meu próprio titio (mesmo não querendo isso) sei que sou uma garota má.
E é tudo culpa dele.
Foi há dez anos. Eu tinha sete anos e apesar das dificuldades que eu e meus pais passávamos, eu era feliz. Minha mãe me teve aos dezesseis anos, quando meu pai ainda tinha quinze. Eles largaram a escola e começaram a trabalhar para me sustentar. Nossa vida era difícil, mas naqueles últimos dois anos eles tinham aberto uma loja e as coisas estavam melhorando.
Era um dia ensolarado, um sábado à tarde animador, eu e meus pais iríamos passear um pouco na praia e depois compraríamos meu ovo da páscoa. Era final de março e eu estava louca para comprar meu chocolate com um singelo brinde dentro.
-O que acha de um picolé? – minha mãe perguntou com sua voz aveludada.
Lembro-me de encará-la com um sorriso banguela e dizer que adoraria. Também lembro vagamente de papai ter comprado um pra mim e outro pra ela, o que lhe arrancou um sorriso.
Foi quando estávamos quase saindo e indo para o carro que aconteceu. Mesmo sendo pequena na época, ainda hoje me lembro de cada detalhe.
Nós três estávamos rindo de alguma coisa quando um cara chegou. Na hora, diferente de meus pais, eu não sabia, mas hoje sei que ele estava drogado.
-Eu quero tudo, vai “passano” – ele disse com um canivete na mão e antes que eu percebesse, me puxou. A partir daquele momento eu seria sua eterna refém.
Minha mãe ficou pálida e meu pai sem pensar duas vezes deu tudo o que tinha, mas o homem não ficou feliz. Ele era cheio de dívidas e queria mais. Começou a gritar conosco, mas não tínhamos mais nada.
-Eu quero mais! Eu preciso de mais! – era o que ele falava o tempo todo. Mas aí, de repente, minha mãe o calou.
-Breno? Ai meu Deus, olha só pra você! – ela sussurrou com lágrimas nos olhos.
-Sara, minha irmã mais nova? É mesmo você? – ele me soltou e corri para meu pai.
-Sim. O que aconteceu com você? – ela acariciou seu rosto.
-E-eu, você sabe como nossa vida é difícil… e-eu sou um merda, um viciado – ele admitiu e começou a chorar de um jeito exagerado.
Na hora eu e meus pais acreditamos naquele teatro ridículo, mas hoje eu sei que era tudo mentira da parte do meu “querido titio Breno”.
-Nós podemos te ajudar… as clínicas de reabilitação… tem algumas ótimas – meu pai se manifestou falando de uma maneira um tanto confusa, o susto e surpresa evidentes em sua voz.
-Eu não consigo mais – titio Breno disse triste – vou devolver as coisas de vocês.
E ele devolveu. Na hora eu achei que ele era bonzinho, mas agora sei que ele só tinha ouvido o barulho de policias chegando. Depois de devolver tudo pediu um abraço e nós três fizemos de boa vontade, ele não. Ele só fez isso para esconder o canivete na areia e colocar as drogas no bolso de meus pais. Todos chorávamos, inclusive o hipócrita.
Depois foi tudo muito rápido, a polícia chegou, viu algumas pessoas próximas de nós e logo chegou nossa vez. Meu titio inventou algumas mentiras e os policiais acharam as drogas nos bolsos de meus pais que ficaram surpresos e juraram não saber disso. Mas, mesmo assim, foram algemados e levados. Olhei para meu titio assustada.
-Eu vou cuidar de você, te mostrar as coisas feias, erradas e gostosas da vida – ele riu com escárnio.
Pouco tempo depois a boa garota morreu e deu lugar a mim.
Gostou????? Conte para nós a opinião de vocês! A Mari quer muuuuito saber se vocês gostaram do texto!!!! Lembra que eu falei que vai sair um livro? Pois é! Enquanto não sai, fique ligadinho no nosso site, Instagram e Facebook. Lá vocês encontram notícias e fofocas daora! E será por lá que divulgaremos o livro da Mari 🙂 Até a próxima!!!
Um beijinho,
Anna
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