O filme conta a vida de Frida Kahlo desde a sua adolescência até o ano de sua morte
Frida Kahlo foi uma mulher de encantos atemporais e vivia muito à frente do seu tempo. A dor e a tragédia a perseguiram por toda a vida. Na infância, a poliomielite deixou uma das pernas mais curta, na adolescência, um acidente com o bonde que a trazia de volta da escola rendeu fraturas na bacia e meses na cama.
A vida adulta também não foi gentil com a pintora. Comunista, bissexual, beberrona, forte, determinada, ousada e talentosíssima, Frida decidiu transpor toda e qualquer barreira que a ela se apresentasse. Passou por uma série de cirurgias ortopédicas mal sucedidas, sem contar com a relação confusa que tinha com o marido.
A história das dores e da arte de um dos nomes de mais impacto no século 20
Frida, lançada em 2002, tendo Salma Hayek como produtora e protagonista de uma trajetória de vida muito cinematográfica, nos apresenta ao cotidiano da artista na faculdade, seu encontro com Diego Rivera (Alfred Molina) e suas posturas descentralizadas em família.
Além disso, vemos os pequenos trechos de situações complicadas em sua vida, tais como o aborto, a deslealdade do marido ao manter relações sexuais com a irmã da artista, dentre outros acontecimentos desagradáveis que se tornaram potência para o desenvolvimento de suas artes.
O filme não deixa de mostrar seu relacionamento abusivo e extremamente confuso com Diego Rivera, também pintor, além de trazer alguns comentários sobre a necessidade (ou não) de ser aceito na grande metrópole, neste caso, os Estados Unidos.
A importância de Frida em relação ao marido divide opiniões. Alguns críticos de arte acusam o filme de distorcer a realidade, projetando a artista muito acima de Rivera. Mas, o que importa mesmo é que a evolução da obra da pintora é registrada com precisão, sempre integrada ao desenvolvimento da história.
Frida é um filme que funciona e desperta a admiração do espectador pela imensa vida que a protagonista emana. Toda a história da pintora mexicana é mostrada em enquadramentos e movimentos que seduzem e através de cores fortes, força feminina e arquitetura, que foge do padrão abordado pelo universo hollywoodiano.
Logo de cara toda a beleza da produção impressiona. Algumas cenas se tornam pinturas (baseadas em pinturas reais de Frida) no decorrer do filme. A caracterização da própria Frida, vivida por Salma Hayek, em um dos seus papéis mais icônicos, também chama a atenção.
Mesmo com aspectos idealizados e não tão próximos da realidade, Frida é um filme que consegue manter um nível muito bom de fidelidade à história que deu base à dramatização.
É um filme que nos mostra o poder feminino de uma artista que deixou muita inspiração para as gerações futuras. Mesmo com tanto sofrimento, Frida tentava sempre aproveitar o melhor da vida e não permitiu que suas limitações a deixassem de pintar. Inclusive, suas obras são inspiradas em cada momento da sua história.
Frida é um longa que é quase obrigatório para os fãs de arte e fãs da artista. Por aqui, somos apaixonadas pela história dessa artista mexicana tão talentosa que segue nos inspirando!
Infelizmente, o filme não está mais disponível na Netflix, mas fica aqui uma super produção pra você assistir, se inspirar ou rever quando puder!
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação