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Resenha I Emancipation: um filme sobre fé e sobrevivência

Com direção de Antoine Fuqua, Emancipation está disponível na Apple TV+

[Contém spoiler]

A volta de Will Smith às telonas não poderia ter sido de outra forma, o ator deu um show de atuação no seu novo filme Emancipation. Interpretando um personagem completamente diferente de todos da sua carreira, Will dá vida a alguém que você já deve conhecer de vista, Peter, uma das pessoas escravizadas que é liberta graças à Proclamação 95 durante a presidência de Abraham Lincoln.

Foto: McPherson e Olivier

Peter é conhecido por essa imagem emblemática que mostra parte da dor, do sofrimento e da luta causados pela escravidão. O filme retrata o momento dessa foto mas não foca na violência que ocasionou tais marcas, o que poderia ter sido uma escolha acertada do diretor Antoine Fuqua, em um desejo de aprofundar os personagens escravizados, não fossem as outras inúmeras fortes cenas de violência presentes no longa.

Emancipation mostra parte do que poderia ter sido a vida de Peter antes, durante e depois dessa foto, e todo o enredo ronda a questão da sobrevivência. Logo no começo, há a retratação de um dos pilares da força do personagem principal: sua família. Todos são escravizados no mesmo local, uma plantação de algodão, até serem separados para que Peter fosse transferido para trabalhar em uma construção ferroviária.

Foto: divulgação/ Apple TV+

Essa separação dá início a um longo caminho de fé, que é evidenciado por muitas vezes. Peter se apega à existência de Deus como um motivo para dar sentido à sua vida, e, em contrapartida, os escravocratas citam salmos e frases religiosas durante todo o filme, buscando dar sentido à escravidão.

No meio de conversas entre os escravizados, Peter recomenda que eles também se apeguem à Palavra mas também provoca o interesse deles em uma fuga, já que, legalmente, os negros já estavam libertos. Em uma oportunidade, acontece a tão desejada fuga, dando início a uma jornada solitária pelo pântano para se chegar à tão famosa Baton Rouge, que abrigava, nas redondezas, um acampamento do Exército apoiador de Lincoln.

Foto: divulgação/ Apple TV+

O longa tem cerca de duas horas e poderia ser melhor dividido. O começo e meio são partes que prendem o espectador, enquanto o final parece passar rapidamente para o alívio do protagonista. O antagonista, Fassel (Ben Foster), por sua vez, tem algumas oportunidades de aprofundar sua história, mas não o faz inteiramente. 

Foto: divulgação/ Apple TV+

Assim que Peter chega ao Exército é obrigado a se tornar um soldado, lutando na linha de frente contra aqueles que o escravizaram. Aqui há uma contradição da suposta liberdade dada pela Proclamação 95, que nos faz refletir sobre as opções dadas àqueles que deveriam ter recebido a liberdade. Fica evidente essa reflexão do personagem, e, para quem assiste, fica a sensação de que a crítica poderia ser mais aprofundada.

Confira o trailer de Emancipation, já disponível na Apple TV+:

 

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*Crédito da foto de destaque: divulgação

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