Resenha | Jogador Nº 1 e a simplicidade Ernest Cline

O livro mistura aventuras, ficção científica e lições sobre temas sensíveis

 

Com leitura complexa em alguns momentos, Jogador Nº 1 é um livro de ficção científica do autor Ernest Cline, lançado pela primeira vez no Brasil em 2012. Em 2021, a editora Intrínseca lançou uma edição de luxo do livro. 

Sobre o livro:

Em 2045, o mundo é um lugar terrível e, para aguentá-lo, as pessoas se refugiam em uma realidade virtual chamada OASIS, onde podem ser o que quiserem e viver aventuras fantásticas. Mas agora esse universo está em risco devido à Caçada, um concurso que James Halliday, o excêntrico criador do OASIS, formulou para definir quem herdaria sua fortuna e o controle da plataforma. Como milhões de usuários, o adolescente Wade Watts entra na disputa e passa a estudar obsessivamente os anos 1980 — que inspiraram o concurso —, mas funcionários de uma perigosa corporação também entram na disputa, dispostos a tudo pela vitória. Anos passam sem que ninguém consiga desvendar a primeira pista. Até que o nome de Wade aparece no placar. De repente, o mundo inteiro está assistindo, e novos rivais o alcançam. Aos poucos, fica claro para o garoto que a competição virtual tem riscos muito reais e a única forma de sobreviver e salvar o OASIS é ganhando.

Jogador Número Um: Duologia Jogador Número Um – Vol. 1 | Amazon.com.br
Foto: divulgação/Amazon

Minhas impressões:

Preciso começar dizendo que, por não ser totalmente ligada no mundo dos games, não entendi algumas referências citadas no livro. Isso poderia me trazer um desânimo ao ler o exemplar, porém a escrita de Cline é didática e seu estilo descritivo de narrativa me permitiu participar do livro mesmo sendo a primeira vez que eu entrava na história de um Atari.

Por ter referências de Senhor dos Anéis e de alguns outros filmes, Jogador nº 1 me mostrou um novo caminho do mundo tecnológico. Um universo completamente diferente da minha realidade e onde tive a oportunidade de encontrar uma realidade paralela em que fiz descobertas e consegui ver as coisas com clareza. E, mesmo sendo um livro descritivo em vários pontos, é muito interessante e não fica cansativo.

Se você não tem interesse por games ou acha o assunto chato, pode ter certeza que eu te entendo e até a leitura desse livro compartilhava da mesma opinião. Mas, posso afirmar que o Jogador Nº 1 vai te surpreender e, como já disse, o livro apresenta uma ótima perspectiva de experiência pessoal do personagem, além de um excelente narrador.

Wade Watts tem 18 anos e é muito inteligente. Ele encontrou no OASIS, assim como a maioria dos jovens, um lugar para chamar de seu. Assim que o testamento de Halliday se tornou público ele virou um caça-ovos, pois era sua chance de mudar de vida e sair do local onde morava com dezenas de pessoas. Sendo contrário à maioria dos outros caçadores, Wade não desistiu com o passar dos anos e mesmo cinco anos depois ainda estava à procura. O garoto usou cada minuto que tinha de sobra para pesquisar sobre a vida do criador, jogar seus jogos preferidos, assistir seus filmes, ler seus livros, buscando pistas que pudessem lhe ajudar. Através de sua voz, conhecemos sua jornada no tempo.

Duologia Jogador Número Um ganha edição de luxo - Editora Intrínseca
Foto: divulgação/Intrínseca

No entanto, Wade não é o único personagem com destaque. A trama apresenta outros personagens, entre eles o melhor amigo de Wade e Art3mis, uma das mais famosas jogadoras. E, como não poderia faltar, temos o vilão da história, representada por uma corporação que quer vencer o jogo para tomar poder sobre o OASIS e monetizar tudo, cobrando taxas para uso, limitando acessos e expulsando aqueles que não tem dinheiro nem pra viver do lado de fora. 

Nas mais de 400 páginas do livro, vemos velhos jogos, entramos para dentro de mundos completamente novos, visitamos planetas, compartilhamos filmes antigos e caminhamos ao lado de Wade por situações que vão de zerar um game a um medo do mundo real

momentos de humor, mas também temos questões importantes sendo retratadas como bullying, preconceito e abandono familiar. A ganância e a fuga de realidade são tópicos constantes. Confesso que fiquei com vontade de conhecer o OASIS e, ao mesmo tempo, lembrava que tudo se passava numa realidade virtual.

Conclusão, Jogador nº 1 foi uma ótima e diferente experiência de leitura e eu super recomendo o livro, mesmo que você não tenha afinidade com o mundo dos games.

 

E você, já leu ou pretende ler Jogador Nº 1? Conta para a gente tudo lá no Twitter, Insta e Face do Entretetizei. E nos acompanhe para ficar por dentro do melhor do mundo do Entretenimento.

Para outras resenhas do Entrete clique aqui.

 

*Crédito da foto de destaque: divulgação/ Intrínseca

plugins premium WordPress

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Acesse nossa política de privacidade atualizada e nossos termos de uso e qualquer dúvida fique à vontade para nos perguntar!