Resenha | O Rei da Comédia: meio bom, meio ruim

Filme sobre aspirante a comediante inspirou vários aspectos de Coringa (2019)

Provavelmente, eu não preciso dizer para você quem é Robert De Niro e você já deve ter ouvido falar no filme O Rei da Comédia. O longa conta a história de Rupert Pupkin (De Niro), um aspirante a comediante que busca incessantemente uma oportunidade de apresentar-se no show de Jerry, um late-night talk show, e, assim, alçar sua carreira. 

Atores de O Rei da Comédia em coletiva de imprensa
Foto: Desatino Expresso

O filme lembra bastante, em certos aspectos, o Coringa, no qual Robert também faz parte do elenco. Porém, na minha opinião, Coringa é mil vezes melhor. Então, antes de mais nada, vamos avaliar fazendo um paralelo entre os dois

Montagem de Rupert Pupkin e Coringa lado a lado
Foto: Bem Blogado

O Rei da Comédia × Coringa

Bom, vamos começar com as semelhanças: em ambos, há um aspecto muito interessante e que eu, como admiradora da psicologia, amei. É a mistura da realidade com o fantasioso. Pupkin, em vários momentos, se imagina em cenários como conversas com o Jerry, os quais o filme mostra com a imagem que o personagem tem na cabeça e a realidade que é basicamente ele falando sozinho e levando bronca da mãe (quem nunca, né?). Essa mistura – difícil até de separar em certos momentos – entre o real e o imaginário é sensacional. 

Cena de O Rei da Comédia
Foto: MUBI

Aliás, bem discretamente, no final do filme há a revelação de que algo que achamos que era real ao longo de toda a trama na verdade não estava acontecendo realmente. Outro ponto positivo para o Rei da Comédia.

O Rei da Atuação

Dá para imaginar, diante do que te mostrei, que isso pede um ótimo ator para tal papel, e De Niro não decepciona. Porém, além dele, é importante darmos mérito também aos outros artistas, que fazem algo que eu, particularmente, amo: uma atuação muito natural.

Foto de Robert De Niro
Foto: IstoÉ

Não é uma atuação hollywoodzada, e sim uma que puxa para o lado da vida real mais do que o da ficção. Preste atenção até nos personagens bem menores, quase figurantes, para você ver só!

Assista até o final, pois essa é a melhor parte

Contudo, esse potencial da proposta da história, em parte, só começa a ser aproveitado mais no final do filme. Antes disso, todo o desenvolvimento do longa beira o entediante, porque se passa muito tempo sem nada emocionante acontecer. 

Basicamente, o protagonista é desenvolvido de forma rasa, apenas fazendo besteiras para conseguir seu lugar no show. Como resultado, o filme deixou de lado a oportunidade que o enredo tinha de desenvolver a explicação dos porquês de suas questões psicológicas, além da própria mente do personagem em si. 

Cena de O Rei da Comédia
Foto: Reserva Cinéfila

O final, porém, merece seu crédito, pois é surpreendente e serve até como crítica à apelação pela fama dos dias atuais.

 

E aí? Acha que vale a pena assistir? Conta para a gente se você concorda com essa resenha no Insta, Face e Twitter do Entretetizei.

 

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*Crédito da foto de destaque: Reprodução 

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