O álbum duplo da cantora norte-americana quebrou recordes no Spotify, se tornando o mais ouvido da história em um único dia
O presente veio em dobro para os swifties esse mês, já que a loirinha simplesmente decidiu nos dar dois discos ao mesmo tempo! Após lançar na última sexta (19) seu aguardado álbum, The Tortured Poets Department, contendo 16 faixas, às duas da manhã do mesmo dia, Taylor Swift anunciou mais 15 faixas, transformando o projeto em um álbum duplo, o The Tortured Poets Department: The Anthology.
Agora o que não falta são músicas novas para ouvir e também dar aquela chorada, porque esse é o tipo de álbum que deve ser ouvido com uma caixa de lencinhos do lado. O Entretetizei te conta o que achamos da nova era da cantora!
Bem-vindes ao departamento dos poetas torturados
Transformar suas dores em arte, essa é uma coisa que Taylor Swift sempre faz de maneira impecável e, nesse álbum, não foi diferente. Como a grande compositora que é, a artista contou durante as faixas sobre diversos momentos em que seu coração foi partido e machucado, tanto em relacionamentos amorosos como também em conflitos com outras pessoas que passaram por sua vida.
A perspicácia na escolha de palavras, a melancolia, o toque de ironia, estrofes marcantes, metáforas e as pontes clássicas são os tijolinhos que constroem as canções. Não deixando a essência dela de lado, Swift apresenta elementos vistos em outras eras, mas também uma nova roupagem que dá ao disco sua própria personalidade.
A sensação que temos ao ouvir o álbum é a de que entramos na mente da cantora, com os pensamentos mais intrínsecos e pessoais sobre sua vida, talvez por isso a escolha de mais faixas com ritmos desacelerados, para destacar esse clima íntimo. É como ouvir um filho de Reputation e Folklore com um pouquinho também do DNA do Midnights.
Faixas 1 a 10 – A dor do coração partido e a resiliência
As primeiras faixas já começam bem, com grandes destaques, ótimas parcerias e letras que dão o tom do que é possível encontrar no álbum. Abrindo o projeto está o single com Post Malone, Fornight, que apresenta o lado doloroso de amar alguém e traz de forma interessante um pouco do estilo da cantora e do convidado, assim como em Florida!!!, parceria com Florence + The Machine, essa última, um dos destaques entre as dez primeiras, com instrumental marcante.
“My boy only breaks his favorite toys, toys, oh-oh-oh-oh-oh
I’m queen (I’m queen) of sand castles he destroys, oh, oh-oh-oh-oh-oh
‘Cause I knew too much, there was danger in the heat of my touch
He saw forever, so he smashed it up, oh, oh-oh-oh-oh-oh
My boy (my boy), only breaks his favorite toys, oh, oh-oh-oh”
Outros grandes destaques são: My Boy Only Breaks His Favorite Toys, Down Bad, But Daddy I Love Him e Who’s Afraid Of Little Old Me?. A produção de Jack Antonoff, com quem Taylor Swift costuma trabalhar, é facilmente identificável devido ao retorno dos sintetizadores, que encaixam de maneira certa nas faixas específicas. A forma que a cantora interpreta as faixas entrega as emoções necessárias para os temas delicados.
Faixas 11 a 20 – A persistência, o amor e a força para se reerguer
Nessas faixas do álbum podemos encontrar diferentes relatos sobre experiências em relacionamentos, como por exemplo as tentativas de mudar alguém, como relatado em I Can Fix Him (No Really I Can) e de continuar sorrindo para todos mesmo estando mal, como ouvimos em I Can Do It With a Broken Heart. Esta última nos lembra que Taylor já estava se apresentando com a The Eras Tour quando terminou seu relacionamento de seis anos com Joe Alwyn. Além disso, também escutamos sobre a sensação de voltar a se apaixonar, em The Alchemy, em que ela faz referências ao futebol americano, esporte jogado por seu atual namorado, Travis Kelce, com quem ela aparenta estar vivendo a fase feliz do amor mais uma vez.
“’Cause I’m a real tough kid, I can handle my shit
They said: Babe, you gotta fake it till you make it, and I did
Lights, camera, bitch, smile, even when you wanna die
He said he’d love me all his life, but that life was too short
Breaking down, I hit the floor
All the piеces of me shatterеd as the crowd was chanting: More!
I was grinnin’ like I’m winnin’, I was hitting my marks
‘Cause I can do it with a broken heart (one, two, three)”
O fato da cantora trazer diferentes momentos para as letras faz com que as pessoas se identifiquem com as faixas, seja qual a situação que estejam vivendo romanticamente. Taylor também cita Clara Bow e Stevie Nicks e consegue descrever de maneira exata os processos ao digerir sentimentos e pensamentos após decepções.
Faixas 21 a 31 – Mágoas e Teorias
Nas faixas finais do álbum também encontramos o desabafo como um dos temas centrais: a sensação de se sentir deslocada em um local como em I Hate It Here e, na faixa thanK you aIMee, as mágoas deixadas por uma treta do pop que todo mundo acompanhou. Quem é fã de música pop soube das reviravoltas da briga envolvendo Taylor Swift, Kanye West e Kim Kardashian. Nessa canção, cujas letras em destaque no título formam o nome da empresária, a cantora fala sobre não conseguir esquecer a maneira ruim como o ex-casal a fez sentir, mas também destaca que essas dificuldades pelas quais passou a fizeram mostrar que podia superar e construir seu legado.
“All that time you were throwin’ punches, I was buildin’ somethin’
And I can’t forgive the way you made me feel
Screamed: Fuck you, Aimee! To the night sky as the blood was gushin’
But I can’t forget the way you made me heal”
Já em The Prophecy a loirinha teoriza que talvez haja uma profecia do destino que nunca a deixa dar certo com alguém. A forma como Taylor é sincera com seus sentimentos, usa seu espaço para também abordar a importância da saúde mental, se abre sem medo e finalmente solta tudo o que estava entalado em sua garganta por vários anos torna o álbum memorável e leva os ouvintes a refletirem sobre a complexidade dos sentimentos.
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Texto revisado por Karollyne de Lima