Celebrando o mês do orgulho, o Entretê separou 5 séries queer que marcaram os anos 2000
Com a chegada e com a popularização dos streamings, mudamos a forma de pensar o conteúdo. É comum vermos, nas séries atuais, personagens assumidamente pertencentes a comunidade LGBTQIA+. Há muito mais espaço na mídia para que assuntos referentes à sexualidade, tema que antes era tabu, sejam tratados de forma aberta. No entanto, numa época em que essa representatividade não era tão comum assim, algumas séries se destacaram pela sua forma livre de abordar assuntos que antes não eram vistos na televisão. O TBT desta semana traz 5 séries que marcaram a geração queer nos anos 2000. Bora relembrar?
1. Queer As Folk (2000-2005)
Exibida de pela Showtime, a série Queer As Folk é considerada a primeira série gay da televisão. A trama contava a história de 5 amigos, moradores de Pittsburgh, que possuíam em comum uma única coisa: serem gays. Conhecemos Brian (Gale Harold), Michael (Hal Sparks), Justin (Raddy Harrison), Emmet (Peter Paige) e Ted (Scott Lowell), a partir da vida e dos relacionamentos dos personagens. Em Queer As Folk (chamada de Os Assumidos no Brasil) a homossexualidade foi tratada de forma profunda, fugindo dos clichês atrelados a promiscuidade da comunidade gay, até então visto nas telas. Direitos civis, o mito do HIV, conflitos e vivências homoafetivas, todos esses elementos não faltaram ao longo das cinco temporadas da produção.
2. The L Word (2004-2009)
Também produzida pela Showtime, a série The L Word conta a história de um grupo de mulheres lésbicas e bissexuais que vivem em Los Angeles. Em meio a seus dramas e conflitos, a série foi uma das primeiras a tratar relacionamentos afetivos entre mulheres, abordando temas como a maternidade homoafetiva através da inseminação artificial e a busca por um doador, constituindo família quando a união entre pessoas do mesmo gênero ainda não era reconhecida judicialmente. Transexualidade, machismo e fetichização de mulheres lésbicas, são temas que podem ser vistos ao longo das seis temporadas de The L Word, a partir da vida das amigas Bette (Jennifer Beals), Shane (Kate Moening), Tina (Laurel Holloman), Alice (Leisha Hailey), Dana (Erin Daniels) e Jenny (Mia Kirshner).
3. Glee (2009-2015)
A série musical Glee traz a história dos alunos do coral da escola, o Glee Club. Nesse espaço do coral, os alunos encontram um espaço para conhecerem a si mesmos e se expressarem de forma livre através da música. Diversas formas de se relacionar com a sua sexualidade são representadas na série, do preconceito à normalidade. Ao longo das seis temporadas, os personagens atravessaram diversos desafios para ficarem juntos, explorando dilemas da juventude e de uma sociedade preconceituosa. No final da série, há um casamento duplo entre Santana (Naya Rivera) e Brittany (Heather Morris), e Kurt (Chris Colfer) e Blane (Darren Cris).
4. Skins (2007-2013)
A série britânica Skins traz vivências da adolescência, retratando as angústias, sofrimentos e questionamentos de um grupo de jovens, de uma forma nunca antes vista na televisão. Sem preconceitos quanto aos temas abordados, a série teve sete temporadas e três gerações. Ao longo delas, foi explorado a sexualidade de alguns dos personagens, seus processos de descoberta e respectivos conflitos. Maxxie (Mitch Hewer), Naomi (Lily Loveless) e Emily (Kathryn Prescott) são alguns dos personagens LGBTQIA+ mais queridos da série.
5. True Blood (2008-2014)
Encerrando a nossa seleção de hoje, temos a série de vampiros que trouxe a homossexualidade para o mundo da fantasia. Baseada no livro The Southern Vampire Mysteries, True Blood conta a história de vampiros que passam a viver em sociedade após a invenção de um sangue sintético do qual poderiam se alimentar. Ao longo de suas sete temporadas, houveram diversos casais homossexuais que conquistaram o coração do público. A série rompe ideias heteronormativas e coloca vampiros como bissexuais, não diferenciando gênero na hora de escolher a pessoa que irão morder ou escolherem para serem seus parceiros sexuais. Há quem diga, inclusive, que a construção dos vampiros e seus direitos, nada mais é que uma analogia à comunidade LGBTQIA+, já que na história, os vampiros também compõem uma minoria social.
Você assistiu alguma delas? Qual delas é a sua preferida? E qual série ficou de fora? Conta pra gente lá nas redes sociais do Entretetizei – Insta, Face e Twitter.
*Créditos da foto destaque: divulgação