A série, que teve estreia em 2013, continua atual e aborda questões importantes sem deixar de trazer aquela sensação de quentinho no coração
The Fosters é uma série que aborda a vida de uma família um tanto quanto inconvencional. Lena e Stef são mães de Brandon, Mariana, Jesus, Callie e Jude (interpretados, respectivamente, por Sherri Saum, Teri Polo, David Lambert, Cierra Ramirez, Noah Centineo, Maia Mitchell e Hayden Byerly). São cinco adolescentes, no auge de suas questões de vida e com os hormônios à flor da pele, vivendo numa casa com duas mães amorosas que se desdobram em mil para cuidar e educar de todos com muito amor e carinho.
É óbvio que a vida numa família grande como essa não é fácil e muitos questionamentos surgem durante as cinco temporadas da série. Mas a maneira como as questões são abordadas, de forma transparente, respeitosa e com amor, fazem a trama nos deixar com aquele quentinho no coração e a torcida de que cada pessoa daquela família seja feliz no caminho que escolher viver. The Fosters fez tanto sucesso que gerou um spin off que está no ar até hoje: Good Trouble.
Com episódios leves (ok, alguns nem tanto), a série tem aquele clima de acolhimento e sempre tem uma lição a dar. Não estamos falando de julgar pessoas e atitudes, mas sim analisar situações e entender onde e como evoluir. “Nossa, mas que chatice!”. Garanto que há humor, cenas gostosas, dança, esporte, adolescentes aproveitando a vida e muitos risos.
Ainda não se convenceu? Confira cinco motivos definitivos para você assistir The Fosters:
1- Adoção com amor
Marianna e Jesus são irmãos biológicos, assim como Callie e Jude também são. Brandon , filho de sangue de Stef, e no decorrer da trama ganha quatro irmãos, além de uma nova mãe, Lena. Confuso? Sim, e os personagens brincam sempre com isso.
A questão é como todos esses personagens são abordados no núcleo da família, de forma totalmente igualitária. Quem é adotado, por vezes se questiona sobre o porquê de seus pais não estarem presente. Quem é biológico, vez ou outra se pergunta se é menos querido por não ter sido escolhido. As mães, por sua vez, deixam claro o tempo todo que o amor pelos seus cinco filhos é imenso e igualitário. Todos são tratados com amor, carinho, respeito, rigor e com a certeza de que seu lugar no mundo é ali.
2- Representatividade importa
Um dos pontos mais fortes da série é a representatividade escancarada. The Fosters, já de cara, nos apresenta um casal interracial de lesbicas. Lena, uma mulher negra, é vice-diretora de um colégio importante e mãe de cinco filhos, juntamente com Stef, uma policial branca que luta por justiça e questões sociais.
Marianna e Jesus, dois de seus filhos, são descendentes de latinos e convivem com questões ao redor do tema por diversas vezes. Jesus, já nas temporadas finais, sofre um traumatismo craniano e precisa conviver com as sequelas e as dificuldades que surgem com o trauma. Marianna, inteligentíssima, precisa diversas vezes superar o machismo e revelar todo o seu girl power.
Jude, desde criança, se vê querendo experimentar e conhecer novas possibilidades de amar e, quando cresce, se assume gay. Callie é uma menina de coração bom, mas um tanto quanto inconsequente, que acaba entrando no sistema prisional. A série mostra também as dificuldades de inserção de quem já fez parte desse sistema em algum momento da vida.
The Fosters fala ainda sobre religião, aceitação, padrões de beleza, transição de gênero, e muitos outros temas importantes e que deviam ser mais abordados em tv aberta.
3- Respeito às diferenças
Em The Fosters, cada personagem tem o seu jeitinho e é amado e respeitado por isso. A série aborda questões simples do dia a dia como a maneira como cada um gosta de se vestir ou o tipo de hobby que curte nas horas vagas, mas também mostra dúvidas importantes da vida do adolescente como a escolha pela profissão ou as primeiras experiências sexuais e seus desdobramentos nas orientações de cada um deles.
4- Questões sociais
“The system is broken.” Callie repete inúmeras vezes durante a série que o sistema de adoção americano está quebrado. A trama toda gira em torno de questões de adoção e faz críticas a maneira como esse sistema é estruturado.
Além disso, nas duas últimas temporadas, conhecemos Ximena e sua família, que são pessoas em situação de documentos irregulares. A família se mudou para os EUA com Ximena ainda bebê e isso fez com que ela conseguisse regularizar sua situação no país, diferente dos seus pais. A série retrata, nesse momento, a questão da imigração e como as pessoas têm lutado para conseguir continuar no país, uma vez que o presidente em questão falava abertamente em deportar essas pessoas e até em construir um muro na fronteira para barrar imigrantes ilegais.
5- Uma grande e amorosa família
Na série, todo mundo vive junto e misturado. Tendo laços sanguíneos ou não, se a pessoa tiver afeto pelos Fosters, com certeza vai ser considerado um membro dessa grande família. Confere o quebra cabeças da big family:
Mike (Danny Nucci) é o ex-marido de Stef. Eles são pais de Brandon e trabalham juntos como policiais. Se divorciaram quando Stef se apaixonou por Lena. Apesar do divórcio, Mike é um pai presente e convive muito próximo da família Adams Foster. Ana (Alexandra Barreto), mãe biológica de Marianna e Jesus, também ganha certa importância na série, assim como Gabe (Brandon Quinn), pai biológico deles.
Callie e Jude achavam que eram filhos de pai e mãe iguais, mas acabam descobrindo que não. O pai biológico da Callie, Robert (Kerr Smith), também ganha boa participação. O pai de Jude aparece pouco e, no fim das contas, as suas queridas mães são mais que suficientes.
Os avós, os amigos, os namorados(as), vizinhos, colegas de trabalho e do colégio, e quem mais quiser fazer parte dessa grande família, é bem vindo e sempre retratado de maneira que nos faça aprender e refletir.
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*Crédito da foto de destaque: Divulgação