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King Kong: Origens Racistas

Em seu nascimento, King Kong personificava o racismo ao retratar o mito de que os africanos eram selvagens comparados a macacos.

Foto: Reprodução Pinterest/ King Kong, 1933

O Entretê traz uma reflexão sobre a representação negra no cinema de terror, onde entendemos o que são filmes de terror com negros e filmes negros de terror. Basicamente, filmes de terror com negros, como O mistério de Candyman (1992) e A noite dos Mortos Vivos (1968), são filmes que retratam a população negra e a negritude no terror, não necessariamente havendo personagens negros. Afinal, a ausência já é uma mensagem por si só. 

 

Por outro lado, filmes negros de terror, como O que ficou para trás (2020), possuem um foco narrativo adicional voltado à identidade da comunidade negra como um todo, falando sobre experiências e tradições culturais negras. 

Olhar o passado para entender o presente

Para entendermos as raízes de King Kong, precisamos voltar algum tempo na história do cinema. O seu precursor foi o filme de terror com negros Ingagi (1930), que conta a história de um grupo de cientistas (brancos) que viaja para as profundezas de uma selva animalesca do Congo, para investigar os rituais estranhos de uma tribo que reverencia e teme os gorilas, ou ingagis. O longa possui a narrativa focada no estereótipo racista da sexualidade animalesca da mulher negra, ao retratar essa tribo que oferece suas mulheres virgens às feras em troca de paz. 

 

O filme, vendido na época como um documentário, usava em seu pôster a imagem de um gorila sequestrando uma mulher negra enquanto apalpa seu seio. Aludindo a uma sexualidade negra e masculina agressiva em forma de gorila. É um caso, como argumenta o escritor James Snead, do negro codificado, no qual a negritude é representada implicitamente na figura do macaco. 

 

Além disso, os materiais promocionais questionavam o público se Darwin estaria certo. Assim, Ingagi sugeria uma ligação direta entre a genética negra e as bestas negras. Como resultado, temos um filme que, junto da mentalidade supremacista branca da época, associa as práticas negras à bestialidade, causando repulsa em seu público. 

Foto: Reprodução/ FactsChology
Ingagi x King Kong

Com o sucesso de Ingagi, o estúdio RKO autoriza a produção do primeiro King Kong, de 1933. Se ingagi fez com que o público considerasse os costumes sexuais repulsivos das mulheres negras, King Kong estendeu o ataque metafórico aos homens negros por meio das imagens de um grande gorila perseguindo uma mulher branca.

 

Com mais um caso de negro codificado, Kong é enegrecido quando posto em relação aos brancos do filme. Kong é a cor negra emergindo de uma cultura primitiva mais baixa, na qual é cercado por nativos negros, ou mini kongs quando se vestem como macacos para adorar o grande Kong. 

 

Assim como Ingagi, King Kong usa o artifício narrativo de uma história dentro de outra, quando os cineastas brancos resolvem terminar seu filme em uma ilha. No filme, assim como em Ingagi, o chefe nativo oferece suas mulheres virgens, silenciosas, submissas e seminuas como noivas para Kong.

 

Quando os brancos chegam, a tribo conclui que a jovem atriz é especial por sua pele clara, chamando-a de mulher dourada, e é quando o chefe propõe uma troca perturbadora, seis mulheres negras pela atriz, a qual é recusada. Como o psicanalista Greendberg elabora, esse confronto é “uma criação de mitos raciais dos mais horríveis, no qual uma mulher branca deve valer seis mulheres deles.”

 

O filme também afirma que, diferente de seus encontros com as mulheres nativas negras, a reação de Kong ao ver Darrow (Fay Wray) é única, pois ele se apaixona por ela, esse desejo de Kong por uma parceira humana não é mostrado enquanto mulheres negras são oferecidas a ele. O quão problemático pode ser essa situação?

Você conhecia as raízes problemáticas do King Kong? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e Twitter — e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

 

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Texto revisado por Doralice Silva

 

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Do passado ao presente: Uma Reflexão Sobre a Representação Negra no Cinema de Terror

O Entretê vai te levar a uma reflexão sobre como a representação negra no cinema de terror traz à tona padrões cinematográficos racistas.

Na história do cinema, a população negra sempre foi representada como coadjuvantes com papéis extremamente problemáticos. 

Isso pode ser notado com estereótipos em personagens ridicularizados, sofrendo violências terríveis durante todo o filme, como os amigos do personagem branco (que normalmente morrem para salvar esse amigo bem no começo do filme) ou ainda como o famoso vizinho que sabe mexer com feitiçaria, podemos notar uma persistência de uma representação negra específica.

Foto: reprodução/Dialéticas da Imagem

No livro Horror Noire: a representação negra no cinema de terror, Robin R. Means Coleman traz uma análise histórica abrangente da presença da cultura negra no cinema de terror norte-americano, nos explicando o surgimento desses padrões. 

 

A obra explora questões como o apagamento da pessoa negra nas narrativas cinematográficas, a criação e perpetuação de estereótipos, bem como os esforços de resistência em busca de uma representação mais autêntica. 

 

Além disso, o livro é resultado de uma extensa pesquisa conduzida pela autora, que atuou como professora adjunta no Departamento de Estudos de Comunicação e no Centro de Estudos Afro-americanos e Africanos da Universidade de Michigan.

Filmes de Terror com Negros e Filmes Negros de Terror

Os Filmes de Terror com Negros abordam diretamente a população negra e a negritude e muitas vezes são produzidos por não-negros para o público geral. Eles perturbam as noções de segurança e racionalidade do espectador, explorando a diferença entre o racional e o selvagem. 

 

Alguns retratam o outro racial como monstros, enquanto outros usam personagens negros escassamente, destacando ainda mais sua ausência. Alguns filmes utilizam monstros fictícios para simular questões raciais, como O Monstro da Lagoa Negra (1954). 

Foto: reprodução/Boca do Inferno

O conceito de bem e mal é frequentemente centrado na questão racial, como visto em O Nascimento de uma Nação (1915),que retrata os negros escandalosamente e pró-Ku Klux Klan, destacando representações sutis que demonizam a negritude até os dias atuais. É claro que precisamos examinar esses filmes com uma perspectiva histórica, mas entender os absurdos retratados serve como um alerta para as produções atuais. 

 

Já os Filmes Negros de Terror tem como característica uma narração com foco em questões de identidade racial, ao abordar a negritude e todas as suas várias camadas. Trazendo às telas faces da cultura negra, história, experiências, politicas, estética e outras coisas mais específicas, como a música, abordando o que é ser negro de uma forma mais abrangente, em um contexto de terror. 

 

Embora estes filmes tenham um produtor, diretor, roteirista ou artistas negros, a simples presença de uma equipe negra não é motivo suficiente para classificar uma produção como Filme Negro de Terror. 

O Nascimento de uma Nação (de Ideias Racistas)

O filme O nascimento de uma nação, de D.W. Griffith, teve seu roteiro baseado em dois livros do supremacista branco Thomas Dixon Jr., The Leopard’s Spots: A Romance of the White Man’s Burden, (1901) e The Clansman: An Historical Romance of the Ku Klux Klan (1905).

No filme, Griffith conta a história de duas famílias — os sulistas Camerons e os nortistas Stonemans — durante o período de reconstrução pós-Guerra Civil. No primeiro ato do filme, temos a versão de Griffith do fim da Guerra Civil e do assassinato do presidente Abraham Lincoln, enquanto o segundo ato é basicamente sobre a união dos brancos sulistas e nortistas e seus servos negros fiéis.

Foto: reprodução/Live About/ D.W. Griffith

A família sulista, era dona de escravos e é bem-estruturada, enquanto seus amigos nortistas da família Stonemans são abolicionistas e seu patriarca é retratado como um homem doente de bom coração que foi ideologicamente enganado pelos negros. 

 

Segundo Ed Guerrero, historiador de cinema, o filme foi o primeiro longa estadunidense que estabeleceu padrões técnicos usados até hoje, enquanto perpetuava a narrativa de desvalorizar os afro-estadunidenses a meros servos, valentões, mal-educados e folgados.

 

Um exemplo dessa narrativa, é o fato de que os personagens negros, que eram em sua maioria atores brancos com seus rostos pintados, tinham papéis problemáticos. Veja a lista a seguir:

 

  • Gus (Walter Long), um soldado linchado pela Ku Klux Klan por dar em cima de uma jovem branca;
  • Silas Lynch (George Siegmann), um político corrupto;
  • Lydia (Mary Alden), uma mulher negra que sequestra e amarra uma mulher branca, porque Lynch a deseja;
  • Mammy (Jennie Lee) e Tom (Thomas Wilson), dois ex-escravizados que se mantêm fiéis aos seus antigos donos e continuam a trabalhar como servos.

 

O Nascimento de uma Nação introduz os espectadores a negritude para associá-la a uma monstruosidade quando os soldados negros da União chegam a cidade saqueando e atacando pessoas brancas inocentes, quase que com o prazer pela guerra. 

 

São mostrados em contraste aos soldados confederados brancos, os quais são apenas homens brancos cansados da guerra que querem apenas proteger suas terras (brancas) e seu povo (branco).

 

O Nascimento de uma Nação não só retratou o homem negro como vilão, mas também o apresentou como um monstro altamente sexualizado, representando uma ameaça para as donzelas brancas, sendo todos potenciais estupradores, além de em certas cenas, representar o negro como favorável ao canibalismo. 

 

No longa, essa narrativa é construída para justificar os linchamentos realizados por membros da Ku Klux Klan, abordados no filme como verdadeiros heróis americanos. Este filme foi responsável por transformar a percepção do homem negro no cinema, tornando-o uma fonte constante de perigo. 

 

Consequentemente, como aponta Coleman (2019, p. 68): “A negritude foi efetivamente transformada, e o negro se tornou uma das criaturas mais terríveis e temidas de todas.

O Negro Sempre Morre 

A frase que ouvimos desde sempre sobre o gênero do terror, pode trazer um tom de comédia, porém precisa ser analisada mais a fundo. De mil produções analisadas pelo site Black Horror Movies, cerca de um em cada dois personagens negros, morre. Ainda que nos filmes atuais, essa conta mude, pois a diversidade nos trouxe mais personagens negros nas produções, o padrão continua lá.

 

O terror nos filmes, além de causar medo, muitas vezes serve como uma forma de expressar ideologias. A ideia de que todos eventualmente morrem tenta eliminar questões políticas ao generalizar a morte. 

 

Isso acaba retirando a responsabilidade dos produtores do filme em representar adequadamente a sociedade. Porém, mesmo em filmes de terror, as mortes não são todas iguais. 

 

A ideia de que personagens negros sempre morrem primeiro aponta para uma questão mais profunda sobre a representação e a importância do corpo negro no gênero. Isso mostra que, mesmo com tentativas de incluir diversidade, as desigualdades persistem. 

 

A falta de representação negra no cinema de horror não só simbolicamente, mas também fisicamente, evidencia uma forma de violência invisível. Os personagens negros, quando presentes, muitas vezes são tratados como descartáveis, como se fossem apenas parte de uma máquina de matar.

 

Afinal, pense nos slashers ambientados nos subúrbios, como A Hora do Pesadelo (1994) e Halloween (1978) e tente se lembrar da quantidade de personagens negros que moravam nestes lugares nos anos 1980. Ou seja, a não existência de personagens negros às vezes diz mais do que a sua inserção descontextualizada.

O Sacrifício Negro e o Negro Mágico

Nos filmes de terror, é comum observar um padrão recorrente onde personagens negros são frequentemente sacrificados em prol do desenvolvimento ou sobrevivência dos personagens brancos. Nessa dinâmica, se os negros aparecem para contribuir com o gênero, sua participação é vista em filmes de terror com negros, sendo marcada por um apoio afirmativo aos brancos.

 

Na década de 1980, nos filmes, os negros se viam sob pressão para sustentar um sistema de lealdade e confiança que geralmente era unilateral. Em outras palavras, esperava-se que os negros fossem leais aos brancos sem necessariamente receber a mesma lealdade em troca. O que é ainda mais preocupante é que, nesses filmes de terror da época, a lealdade dos personagens negros aos brancos era frequentemente demonstrada não apenas pelo desejo de ajudar, mas também pela disposição de enfrentar uma morte terrível para salvar um personagem branco.

 

O filme O Iluminado (1980), dirigido por Stanley Kubrick, é um ótimo exemplo. Em primeiro lugar, o filme retrata um personagem negro que se sacrifica voluntariamente, morrendo enquanto salva um personagem branco, muitas vezes só para provar ao personagem branco o quão perigoso é a atual situação.

Foto: reprodução/Dark Blog

Em segundo lugar, o filme usa o estereótipo do negro mágico, no qual um personagem negro possui habilidades sobrenaturais empregadas não em benefício próprio, de sua família ou comunidade, mas sim em favor de pessoas brancas. Em quantos filmes esse estereótipo não foi usado?

 

Por exemplo, no filme À Espera de um Milagre (1999), que se passa na década de 1930, o personagem negro John Coffey (Michael Clarke Duncan) é mostrado como um grandalhão mágico e burro que está no corredor da morte por um crime que não cometeu. Coffey cura a hérnia de seu executor com um toque de mão, libertando o homem da dor e renovando sua vida sexual. 

 

Além disso, Coffey remove o câncer da esposa do diretor da prisão, salvando a vida dela. Surpreendentemente, Coffey até mesmo reduz dramaticamente o processo de envelhecimento de um rato. Contudo, apesar de suas habilidades extraordinárias, Coffey não usa seus poderes para salvar a si, sendo executado por aqueles a quem ajudou, embora estejam cientes de sua inocência.

 

Como Coleman conclui em Horror Noire, os personagens negros frequentemente recebem qualidades santificadas e até mesmo mágicas numa tentativa errônea dos cineastas de rebater estereótipos racistas. No entanto, caracterizações desse tipo, na verdade, servem ao público branco. É como se fosse necessário santificar um negro para que ele adquira o equivalente moral de um branco. 

O Protagonismo Negro

 

Por outro lado, existem momentos e produções no gênero que procuram transcender essas problemáticas, ainda que possam enfrentar críticas, como, por exemplo, em 1968, A Noite dos Mortos-Vivos traz à tona a importância de um protagonista negro. Na década de 1970, o movimento Blaxploitation viu um aumento significativo da presença de homens e mulheres negras em diversas áreas artísticas. 

 

Nos anos 1990, Candyman resgatou o protagonismo negro, enquanto a virada para os anos 2000 trouxe uma abordagem explícita das questões sociais contemporâneas. No entanto, é importante problematizar os novos estereótipos surgidos no Blaxploitation, como os de cafetina e cafetão, assim como a representação da perseguição de uma mulher branca por um homem negro em Candyman. 

Foto: reprodução/YouTube

Hoje, com produções como Nós (2019), chegamos a um cenário em que representações preconceituosas já não têm mais sustentação, e as discussões raciais estão ganhando grande força. 

 

Em um contexto onde o terror reflete e molda percepções sociais, é vital questionar a eficácia da representação negra no cinema. Analisar como o horror retrata personagens negros não apenas revela as raízes de preconceitos enraizados na sociedade, mas também desafia os padrões estabelecidos, incentivando a busca por narrativas mais inclusivas e significativas.

 

Cineastas como Spike Lee, Jordan Peele, Ava DuVernay, Barry Jenkins e Ryan Coogler exemplificam como os afrodescendentes têm um papel crucial a desempenhar no cinema, indo além de serem apenas coadjuvantes ou instrumentos na narrativa da evolução dos brancos. Desde obras profundas como Infiltrado na Klan (2018) e Selma (2014) até produções de puro entretenimento como Corra! (2017) e Pantera Negra (2018) eles demonstram de forma vívida como a representatividade é verdadeiramente eficaz.

 

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Texto revisado por Thais Moreira

 

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Dia das Mães | 5 conselhos de mães do audiovisual para celebrar a data

Para celebrar o especial Dia das Mães, mergulhamos no universo cinematográfico em busca de conselhos inspiradores de algumas figuras maternas icônicas do cinema.

À medida que nos aproximamos do Dia das Mães, é hora de homenagear essas figuras inspiradoras e relembrar os preciosos conselhos que compartilharam conosco. Vamos revisitar cinco conselhos de mães que transcendem a tela e tocam nossos corações, mostrando que o poder materno é uma força universalmente reconhecida e celebrada.

This is Us (2016–2022)
Imagem: reprodução/@thisisusbra

This is Us é uma série de drama familiar transmitida originalmente pela National Broadcasting Company (NBC). A história acompanha a emocionante vida dos Pearson em épocas diferentes, alternando entre o presente e a infância dos três irmãos.

No elenco estão Mandy Moore (Red Band Society), Milo Ventimiglia (Gilmore Girls), Sterling K. Brown (Pantera Negra), Justin Hartley (Revenge), Chrissy Metz (Superação: O Milagre da Fé), Susan Kelechi Watson (Louie), Chris Sullivan (The Knick) e Ron Cephas Jones (Luke Cage).

A série ficou conhecida por tocar em assuntos delicados, trazendo à tona diálogos muitas vezes deixados de lado. Rebecca, a mãe, tem que lidar com seus filhos e netos, e o faz magistralmente, nos dando de presente conselhos que valem para a vida de todos que assistem à produção.

+ Relembre 6 momentos marcantes de This is Us

Forrest Gump — O Contador de Histórias (1994)
Foto: reprodução/Instagram @umfilmemedisse

Embora a mãe de Forrest apareça algumas vezes no decorrer do filme, é em off, sob a narração de Tom Hanks (Náufrago) que aprendemos sobre como seus conselhos marcaram seu filho. O longa apresenta a história de Forrest Gump, um jovem que, graças à educação exemplar proporcionada por sua mãe, consegue superar suas limitações.

Enquanto nutre uma paixão por sua amiga de infância, Jenny, Forrest se vê em encontros fortuitos com diversas celebridades, influenciando vidas e se tornando figura midiática por razões totalmente fora de seu controle. Sua jornada dinâmica ilustra como a gentileza e a simplicidade podem deixar uma marca poderosa e duradoura no mundo.

Mesmo com o raciocínio peculiar, Forrest Gump nunca se sentiu desfavorecido. Graças ao apoio da mãe, ele teve uma vida normal. Seja no campo de futebol como um astro do esporte, lutando na Guerra do Vietnã ou sendo capitão de um barco de pesca de camarão, Forrest, assim como sua mãe, inspira a todos com seu otimismo.

Red — Crescer é uma Fera (2022)
Foto: reprodução/Instagram @e_foradeserie

O filme da Disney, situado nos anos 2000, possui um enredo que gira em torno de Mei Lee, uma garota sino-canadense de 13 anos. Ela se encontra em uma encruzilhada entre manter-se como a filha dedicada de sua mãe ou enfrentar os desafios tumultuosos da adolescência

Além disso, para complicar ainda mais sua vida, sempre que se sente sobrecarregada ou ansiosa, ela se transforma em um panda-vermelho gigante. Com as mudanças em seus interesses, relacionamentos e corpo, Mei enfrenta uma jornada repleta de desafios e autodescoberta. O filme aborda o processo de crescimento de uma forma divertida e cativante, proporcionando momentos hilariantes que podem levar os pais a uma reflexão profunda sobre suas próprias abordagens na criação dos filhos. 

Essa abordagem divertida e tocante oferece uma perspectiva valiosa sobre a jornada do crescimento e os desafios da parentalidade, incentivando os pais a cultivarem um ambiente que promova a autonomia e a autoconfiança em seus filhos. Como resultado, temos um filme profundo sobre a relação entre mães e filhas.

Amor de Mãe (2019–2021)
Foto: reprodução/Instagram @umfilmemedisse

Lurdes (Regina Casé), Thelma (Adriana Esteves) e Vitória (Taís Araújo) representam distintas facetas da maternidade, cada qual com sua singularidade. Apesar das diferenças em suas realidades e histórias, seus destinos se entrelaçam de maneiras surpreendentes. 

Há 26 anos, Lurdes deixou para trás sua terra natal no Rio Grande do Norte, partindo rumo ao Rio de Janeiro com seus três filhos pequenos. Em sua jornada, encontrou um bebê abandonado e o acolheu como seu próprio filho, enquanto continua sua busca incansável por Domênico, um dos seus filhos biológicos, vendido pelo pai quando tinha apenas dois anos.

Por sua vez, Thelma, viúva há anos, dedica-se integralmente ao cuidado de seu filho Danilo (Chay Suede). Ele sobreviveu a um incêndio, que tirou a vida de seu pai, graças ao amor inabalável de sua mãe, que enfrentou todos os perigos para resgatá-lo. Contudo, a vida de Thelma toma um rumo inesperado quando um exame de rotina revela um aneurisma cerebral inoperável, desencadeando uma corrida contra o tempo para realizar seus sonhos. 

Entretanto, seus desejos mais profundos estão intrinsecamente ligados a Danilo, que desconhece a gravidade da doença e busca independência de sua mãe superprotetora, desafiando-a a aceitar sua emancipação. Enquanto isso, Vitória, uma advogada de sucesso, dedica-se ao trabalho em defesa de Álvaro da Nóbrega (Irandhir Santos), um empresário ambicioso e moralmente questionável. Sua carreira é sua prioridade, mas sua maior angústia reside na incapacidade de conceber um filho biológico, levando-a a considerar a adoção como alternativa. Enquanto aguarda ansiosamente a chegada do filho adotivo, seu encontro com Davi (Vladimir Brichta) desencadeia uma atração intensa entre os dois. Uma única noite de paixão resulta em uma surpreendente gravidez, colocando Vitória em uma situação onde a conexão com o pai de seu filho vai além de um simples encontro casual.

Em cada conversa, essas personagens nos presenteiam com conselhos que transcendem as telas.

The Midnight Gospel (2020–presente)
Imagem: reprodução/Pinterest

The Midnight Gospel, uma série animada de ficção científica estadunidense, lançada na Netflix em 20 de abril de 2020, é uma criação conjunta de Pendleton Ward e Duncan Trussell. Marcando a estreia de Ward como produtor de animação para a plataforma de streaming, a série cativa os espectadores com entrevistas sobre temas filosóficos genuínos, envolvendo uma variedade de convidados, enquanto embarcam em jornadas fantásticas através do multiverso. 

O cenário é uma nave espacial concebida pelo personagem Clancy, que simula os ambientes planetários. No oitavo e último episódio da primeira temporada, intitulado Como Eu Nasci, os espectadores testemunham uma conversa profunda e íntima entre Clancy e sua falecida mãe. Essa comovente troca de palavras ecoa uma conversa real que Duncan Trussell teve com sua mãe em seu podcast, pouco antes de ela falecer em 2013.

Quando você perde sua mãe, você a sente todos os dias. Todos os dias eu sinto falta dela. Não sei se vai passar, mas não quero necessariamente que a sensação vá embora” diz Trussell.

Além dessas, que outras mães também tem frases icônicas? Conta pra gente! Siga o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e Twitter — pra ficar por dentro das notícias do entretenimento e da cultura!

Leia também: Dia das Mães: especial da MUBI destaca famílias incomuns

Texto revisado por Michelle Morikawa

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Programa Cinema do Brasil participará de Cannes 2024

O festival de cinema deste ano terá o programa brasileiro apoiando o audiovisual nacional com três títulos nas amostras oficiais.

Criado e gerido pelo SIAESP (Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo) em 2006, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Cinema do Brasil tem como objetivos incentivar a participação de produtores e distribuidores brasileiros nos mercados internacionais, estimular o networking e promover os filmes brasileiros nos festivais internacionais.

Foto: divulgação/Cinema do Brasil
Filmes nacionais com destaque internacional

Depois de uma década, o cineasta Karim Aïnouz (A Praia do Futuro, 2014), premiado em Cannes por A Vida Invisível (2019), retorna à sua terra natal, o Ceará, para filmar Motel Destino, produzido pela Gullane, que concorre à Palma de Ouro. O longa, que tem no elenco Fábio Assunção (Fim, 2023) e os estreantes Nataly Rocha (Reza a Lenda, 2016) e Iago Xavier, se passa num Brasil pós-pandemia e foi todo filmado no Ceará.

 

O longa conta a história de Heraldo, vivido por Iago Xavier. Para tentar se livrar de uma dívida, ele tenta um assalto a um banco, mas não tem sucesso. Busca, então, esconderijo em um motel de beira de estrada, onde conhece a personagem de Nataly Rocha, Dayana. Ela é casada com Elias, vivido por Fábio Assunção.

 

Um filme que fala de vitalidade antes de qualquer coisa. É visceral, desafia o conservadorismo”, diz Karim.

Foto: divulgação/Motel Destino

O segundo filme trazido pelo programa de incentivo é Baby, de Marcelo Caetano (Corpo Elétrico, 2017) produzido pela Cup Filmes. Na produção, logo após ser liberado de um centro de detenção para jovens, Wellington (interpretado pelo estreante João Pedro Mariano) se vê à deriva pelas ruas de São Paulo.

 

Durante uma visita a um cinema pornô, ele conhece o garoto de programa Ronaldo (Ricardo Teodoro, de Renascer), com quem passa a viver uma relação cheia de conflitos, entre a exploração e a proteção, o ciúme e a cumplicidade. Infelizmente, o longa ainda não tem data de estreia nos cinemas brasileiros!

Foto: divulgação/Baby

O terceiro título nacional levado ao festival é o curta-metragem Amarela (2024), dirigido por André Hayato Saito e produzido pela MyMama Entertainment, que também está concorrendo à Palma de Ouro.

 

A história acompanha Erika Oguihara, interpretada por Melissa Uehara (participante do The Voice Kids, 2020), uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa e se encontra ansiosa para celebrar o título mundial de futebol do Brasil em 1998. No calor da partida, Erika é atingida por uma violência que parece invisível, mergulhando em um mar doloroso de sentimentos.

 

[…] entender que pessoas amarelas também são parte do que é ser brasileiro e elas têm direito a esse lugar. Complexificação: entender que elas têm virtudes e defeitos como qualquer outra, fogem ao estereótipo da minoria modelo, também fazem merda, também amam, e por aí vai.” responde André sobre como a representatividade amarela pode influenciar a narrativa cinematográfica e a percepção do público em relação às histórias contadas, em entrevista ao Entretê.

Foto: divulgação/Amarela
Estande e delegação

Durante o Cannes 2024, o programa Cinema do Brasil não apenas apresentará os filmes, mas também terá presença marcante no Marché du Film com um estande dedicado.

 

Esse espaço não só serve como base operacional para a equipe e os associados conduzirem reuniões de negócios, mas também como ponto de encontro para eventos de networking. Além disso, ele se tornou uma referência essencial para profissionais estrangeiros em busca de informações sobre filmes, projetos e talentos brasileiros. 

 

Há 18 anos, o programa tem mantido esse estande ininterruptamente durante as edições do destival. Por último, mas não menos importante, há um catálogo específico, preparado pelo Cinema do Brasil, que destaca os filmes e projetos levados pelas empresas brasileiras ao Marché du Film. 

 

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Leia também: Precisamos falar sobre o embranquecimento das produções asiáticas

 

Texto revisado por Michelle Morikawa

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Academia Brasileira de Cinema anuncia data do Prêmio Grande Otelo

A 23ª edição do principal evento de premiação do audiovisual brasileiro está agendada para o dia 28 de agosto, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro

No dia 28 de agosto, a Cidade das Artes, localizada no Rio de Janeiro, será o palco do Prêmio Grande Otelo, considerado o maior e mais importante evento de premiação do audiovisual no país. 

 

Com sede no Rio de Janeiro e com representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema é uma entidade independente criada em 20 de maio de 2002. Tem como finalidade, entre outras, instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, agora Prêmio Grande Otelo, e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil

 

Além disso, a Academia Brasileira de Cinema foi reconhecida em 2020 pela Academy of Motion Picture, Arts and Sciences como única entidade credenciada para indicar o filme que representa o cinema brasileiro na categoria Melhor Longa-Metragem Internacional no Oscar. Isso ocorre sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.

 

A partir desta 23ª edição, a Academia renomeia o evento, que até 2023 era conhecido como Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e lança uma nova marca. Essa mudança visa ampliar a homenagem ao ator e comediante mineiro, um dos maiores ícones do nosso cinema, que já emprestava seu nome ao Troféu Grande Otelo.

Foto: divulgação/Prêmio Grande Otelo
O legado de Grande Otelo

Grande Otelo, ou Sebastião Bernardes de Souza Prata, destacou-se como um multifacetado artista brasileiro, atuando como ator, comediante, cantor, produtor e compositor. Sua carreira brilhou nos palcos dos cassinos cariocas e nos espetáculos do famoso teatro de revista. Ele também participou de diversos filmes de sucesso da cinematografia nacional, especialmente nas décadas de 1940 e 1950, nas populares chanchadas, onde dividiu o protagonismo com o renomado comediante Oscarito. 

 

Atuou em grandes sucessos do século XX, como Noites Cariocas (1935), Este Mundo é um Pandeiro (1946), Três Vagabundos (1952), A Dupla do Barulho (1953), Matar ou Correr (1954), Assalto ao Trem Pagador (1962), O Dono da Bola (1961) e Quilombo (1984).

 

Outro marco em sua trajetória foi a participação na adaptação cinematográfica de Macunaíma, em 1969. Reconhecido por sua contribuição à cultura brasileira, é frequentemente mencionado como um dos mais importantes atores da história do país.

Troféu Grande Otelo

Neste ano, foram inscritas 326 obras para concorrer à premiação. Além disso, mais de 3 mil profissionais do audiovisual brasileiro foram indicados para concorrerem ao Troféu Grande Otelo. Votado por profissionais das mais diversas áreas do setor, o Prêmio Grande Otelo vem passando por atualizações desde que foi criado, sempre acompanhando as mudanças do mercado audiovisual. 

 

Com o objetivo de abranger a multiplicidade de formatos narrativos, a Academia criou, para este ano, duas novas categorias, totalizando vinte e nove: Melhor Atriz e Melhor Ator de Série de Ficção. Em suma, são 29 categorias, incluindo a categoria de filmes ibero-americanos, com produções indicadas pelas academias de cinema dos 13 países associados à FIACINE (Federação Ibero-americana de Cinema).

 

A Academia Brasileira de Cinema vem expandindo cada vez mais suas parcerias internacionais, e é responsável pela indicação da produção que representa o país na pré-seleção do Oscar de Melhor Filme Internacional. Hoje, também indica os filmes brasileiros a importantes premiações internacionais, como Goya (Espanha), Ariel (México) e Macondo (Colômbia). Ademais, há indicações em parceria com o SICAV dos concorrentes brasileiros às diversas categorias dos Prêmios Platino.

Imagem: divulgação/Prêmio Grande Otelo

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Leia também: Entrevista | André Hayato Saito fala sobre AMARELA e a representatividade japonesa no cinema

 

Texto revisado por Michelle Morikawa

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Programação de Maio em streaming: Explore Novos Filmes

Uma plataforma de streaming tem uma incrível programação para o mês de maio!

Entre os lançamentos recentes e futuros da plataforma de streaming, destacam-se Priscilla, de Sofia Coppola, Estranha Forma de Vida, de Pedro Almodóvar, Aftersun, de Charlotte Wells, e Close, de Lukas Dhont.

Foto: reprodução/ No Sé Que Ver
FESTIVAL EM FOCO: CANNES

O especial Festival em Foco: Cannes apresenta uma seleção de filmes icônicos que passaram pelo prestigiado festival. Desde a primeira edição, em 1946, Cannes tem sido o epicentro do cinema mundial, atraindo as estrelas mais brilhantes e as produções de mais destaque. 

No mês de maio, chegam à plataforma joias cinematográficas que deixaram suas marcas no festival ao longo dos anos, desde o drama cativante de Alain Resnais, Hiroshima, Meu Amor (1959), até a sensualidade provocativa de O Império dos Sentidos (1976) e O Império da Paixão (1978) de Nagisa Ōshima, premiado como melhor diretor em 1978, passando pela intriga sensual de Os Frutos da Paixão (1981), de Shûji Terayama.

— Disponível no streaming dia 01/05

Foto: divulgação/Hiroshima, Meu Amor (Alain Resnais), 1959
COLEÇÃO PALM DOG

A coleção Palm Dog, dedicada aos cães do cinema, traz uma seleção de filmes que destacam a presença canina na telona, o que tornou seu nome um prêmio oficial de Cannes. 

Este especial celebra a diversidade de formas que os cineastas incorporam os melhores amigos do homem em suas histórias. Além disso, menciona grandes diretores como Aki Kaurismäki e Justine Triet, que têm retratado, de maneira notável, os cachorros em filmes como Folhas de Outono (2023), O Homem Sem Passado (2002) e Na Cama com Victoria (2016).

Foto: divulgação/Folhas de Outono, 2023
 OS CURTAS DE ISABELLA ROSSELLINI

No mês de Maio, a mubi nos apresenta os lendários curtas de Isabella Rossellini, são 38 curtas dirigidos, escritos e estrelados por ela. Em seu trabalho, Isabella representa os hábitos de acasalamento, rituais de cortejo e os estilos parentais de vários animais,

Tudo isso em fantasias deliciosamente ridículas e cenários de desenho animado.

— Disponível dia 01/05

Foto: divulgação/Shrimp, 2009
O CINEMA ROMENO

A MUBI, com seu compromisso em destacar vozes cinematográficas singulares, traz uma retrospectiva dos curtas-metragens do renomado diretor romeno, Radu Jude. 

Esta coleção, que coincide com o lançamento de seu mais recente filme, Não Espere Muito do Fim do Mundo (2023), apresenta uma diversidade de estilos cinematográficos. Desde The Tube with a Hat (2006) até suas obras mais recentes, como Plastic Semiotic (2021) e The Potemkinists (2022), essa seleção oferece uma ampla visão da genialidade cômica e política do cinema de Radu Jude.

— Disponível dia 10/05

Foto: divulgação/The Tube With a Hat, 2006
CINEMA REFLETIDO

Antes de dirigir os célebres Bacurau (2019) e Aquarius (2016), Kleber Mendonça Filho escrevia sobre cinema. 

Agora, a Mubi traz a reflexão do diretor sobre a flutuação do papel do crítico. Seu primeiro longa documental, Crítico (2008), apresenta depoimentos de grandes críticos e cineastas do Brasil e do mundo. Além disso, analisa a importância da crítica para a evolução da sétima arte.

— Disponível dia 01/05

Foto: reprodução/ G1 — Globo
EXCLUSIVOS DA MUBI

Não Espere Muito do Fim do Mundo (Radu Jude, 2023) — Disponível dia 03/05

Após seu destaque no Festival de Locarno, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri, e em outros festivais internacionais, a mais recente sátira do enfant terrible do cinema romeno contemporâneo, Radu Jude, chega à MUBI. 

Não Espere Muito do Fim do Mundo, uma história profana e hilária sobre a exploração da classe trabalhadora, é narrada em duas partes e em formato híbrido. 

A obra, que faz um chamado à reflexão sobre a mídia no cinema, por meio da vida no capitalismo tardio, conta com atuações espetaculares de Ilinca Manolache, Nina Hoss e do diretor alemão Uwe Boll.

Foto: divulgação/Não Espere Muito do Fim do Mundo, 2023

O Retorno à Razão (Man Ray, 2023) — Disponível dia 14/05

Este mês, na MUBI, a versão restaurada em 4k de O Retorno à Razão, filme lançado originalmente em 1923, chega como parte de uma coleção dedicada à filmografia de Man Ray.

Composta por quatro curtas-metragens mudos, restaurados pela primeira vez em 4K, a seleção celebra o centenário da obra do artista. Man Ray é reconhecido por suas contribuições ao surrealismo e ao dadaísmo, além de sua fotografia inovadora.

Foto: divulgação/Retorno a Razão, 2023

Lemon Tree (Rachel Walden, 2023) — Disponível dia 14/05

Selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes, o enérgico Lemon Tree marca a estreia de Rachel Walden

Com um formato de road movie e uma montagem vertiginosa, este ousado curta, filmado em 16mm, coloca Rachel Walden como uma das novas vozes do cinema independente, lembrando-nos dos irmãos Safdie e Sean Baker.

Foto: divulgação/ Lemon Tree,2023

Oldboy (Park Chan-wook, 2003) — Disponível dia 10/05

Na programação de maio, a MUBI apresenta a recente versão restaurada em 4K de Oldboy, a primeira parte da trilogia da vingança de Park Chan-wook, baseada em um mangá japonês de mesmo nome. 

Esta saga de vingança extrema e hiper surrealista ganhou o Grande Prêmio de Cannes em 2004, aumentando o prestígio mundial do diretor sul-coreano. 

O filme se destaca, sobretudo, por sua narrativa brutal e visceral, elogiada por sua profundidade emocional. Com uma cinematografia impressionante, combina elementos de suspense, violência e existencialismo magistralmente, deixando uma impressão duradoura no espectador.

Foto: divulgação/ Oldboy, 2003
LANÇAMENTO MUBI

Gasoline Rainbow (2023) é uma emocionante jornada cinematográfica dirigida pelos Irmãos Ross e é o mais novo lançamento da MUBI.

Acompanhando cinco adolescentes em sua última aventura antes de se formarem, o filme mergulha em um estilo fresco e uma narrativa que evoca a liberdade e a juventude, ao celebrar a vida em comunidade e a aventura enquanto os jovens exploram a Costa do Pacífico dos Estados Unidos.

Foto: divulgação/Gasoline Rainbow, 2023

E aí, qual filme você quer assistir no streaming? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e Twitter — e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

Leia também: Moda e Cinema são o tema da nova coleção disponível em streaming

Texto revisado por Luiza Carvalho

 

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Cultura Música Notícias

Sabotage 50 — homenagem aos 50 anos do maestro do hip-hop nacional

Um dos maiores rappers brasileiros da história, Mauro Mateus dos Santos, mais conhecido como Sabotage, completaria 50 anos em 2023, no dia 3 de abril.

O álbum intitulado Sabotage — 50 anos foi desenvolvido pela filha do artista, Tamires Rocha, com o apoio do irmão, Wanderson dos Santos, o Sabotinha. 

Foto: Reprodução Rolling Stones/ Sabotage e os filhos, Tamires Rocha e Wanderson Sabotinha

A homenagem em forma de álbum, lançado pela Som Livre em parceria com a família do Maestro do Rap, conta com nove faixas e traz participações de grandes nomes da cena do rap, como Filipe Ret, Djonga, Luedji Luna, Don L, Sant, Kamau, entre outros. 

O disco é parte uma série de comemorações do cinquentenário do rapper, que se iniciou em 2023, que contará com a publicação de um livro em agosto, assim como uma exposição em novembro e filme em 2025.

Após um ano de comemorações, o álbum póstumo do Maestro do Canão — comunidade já extinta na zona sul da capital paulista, onde viveu Sabotage — traz homenagens que alcançam outros ritmos e gerações.

O projeto foi encabeçado por Zegon e Tejo Damasceno, produtores e amigos de Sabotage.

O rap é compromisso, nós somos seus discípulos

A faixa principal escolhida foi No Brooklin, que conta com Bivolt, Xis e Nave em sua nova versão, rimando ao lado de Sabotage.

As outras seis faixas são igualmente clássicas da carreira de Sabotage, cada uma em seu contexto e mensagem.

Kamau, rapper, compositor e beatmaker, veterano do hip-hop brasileiro, soma com os versos de Sabotage em Respeito é Lei, enquanto Rap é Compromisso, traz Sant, visto por muitos como um dos melhores da atual cena do hip-hop nacional.

Maloca é Maré, traz versos entoados por Yago Opropio, enquanto Dama Tereza conjuga as vozes do norte e Nordeste com Don L e Luedji Luna, cantora que está na lista das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo

Cantando pro Santo vem com as rimas de Filipe Ret e Djonga combinando-se à icônica colaboração de Sabotage e Chorão. 

Sabotage 50 se encerra com a poderosa mensagem de Aracnídeo, onde a famosa frase “O rap é compromisso, não é viagem” ressoa com a mesma relevância de sempre. 

Vinte anos depois das palavras de Sabotage, a composição de Vandal, Russo Passapuso, do BaianaSystem, mantém viva a crítica e a essência do Maestro do Hip-Hop.

Foto: Reprodução/ Jornal do Rap

“Meu maestro, te peço desculpa/ não existe mais rap, acabou a verdade, agora é só trap/ é topa tudo por dinheiro, se contar ‘cê não acredita/ o trap fecha com a polícia, fecha com a milícia/ eu não fecho com eles, maestro, se não desanda”. — Recita Vandal em sua rima da música, trazendo com sua homenagem um pedido de perdão com uma pitada de revolta.

Com a direção musical de dois renomados produtores da cena urbana, Tejo Damasceno e Zegon, ambos colaboradores de Sabotage em vida, o álbum teve sua estreia marcada pelo lançamento da nova versão de Respeito É Pra Quem Tem. 

Essa faixa foi escolhida para iniciar uma série de colaborações inéditas entre o Maestro do Canão e a nova geração da música. Nesse projeto, versos originais do rapper paulista foram combinados com rimas de N.I.N.A do Porte.

Em seguida, Rincon Sapiência e BK participaram da reinterpretação de Mun Rá, agora com uma sonoridade afrobeats e versos inéditos que se integraram harmoniosamente às rimas originais de Sabotage. 

Essa faixa é uma das mais reconhecidas do repertório do artista, especialmente composta para o filme O Invasor (2002), no qual Sabotage também atuou.

“Nesse novo álbum, a gente traz uma cara nova. Eles escrevem hoje porque foram inspirados por alguém, e esse alguém foi Sabotage” — disse Tamires.

Respeito é pra quem tem

Para muitos, Sabotage foi a ponte que ligou vários mundos e realidades através da música e de seu genial jeito de fazer e viver o rap.

Sua presença transcendia barreiras, conectando pessoas de diferentes origens e contextos por meio de sua arte.

Nascido em São Paulo em 3 de abril de 1973, filho de Júlio Alves dos Santos e Ivonete Mateus de Melo, Mauro cresceu na extinta Favela do Canão, localizada na zona sul da capital paulista, no bairro do Brooklin. 

Assim como muitas crianças brasileiras, ele foi criado apenas pela mãe, juntamente com seus dois irmãos. Devido às dificuldades financeiras, Sabotage ingressou no mundo do tráfico ainda na infância, buscando ajudar em casa.

Por envolver-se em atividades ilegais, Mauro passou alguns anos na Febem, Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor, ganhando o apelido de Sabotage, dado por seu irmão Deda, que o acusava de sabotar tudo. 

Ele conheceu de perto a violência e a morte desde cedo, perdendo seu irmão em um assassinato brutal pouco após a instituição tê-lo liberado.

Suas letras refletiam suas próprias experiências, abordando temas como desigualdade social, fome e pobreza.

Com isso, Sabotage tornou-se presença constante nos shows de rap que frequentava. 

Rapidamente, estabeleceu amizade com o cantor e produtor Rappin’ Hood, apresentando-o a grandes nomes da cena musical urbana da época, como Mano Brown, dos Racionais MC’s, e Sandrão e Negra Li, do grupo RZO. 

Foto: Reprodução/ YouTube Fabio Brazza

“Sabotage uma homenagem é o mínimo/ Segue vivo nos corações/ Daqueles que sabem que seus raps são bem mais que clássicos, são orações” — canta Fabio Brazza em música do seu álbum Colírio de Cólera.

O legado de Sabotage continua a ecoar através das batidas e rimas que marcaram gerações. O álbum Sabotage 50 celebra não apenas o artista, mas também a sua influência duradoura no cenário musical brasileiro.

Que sua voz continue a inspirar e desafiar, lembrando-nos sempre da importância de resistir e sonhar!

 

Já ouviu o álbum? O que achou das novas versões dos clássicos do Sabotage? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e X — e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

Leia também: Gabriel O Pensador celebra o poder do rap em Antídoto Pra Todo Tipo de Veneno

 

Texto revisado por Doralice Silva

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Cinema Livros Notícias

Dia do Livro | 3 filmes que você não sabia, mas são livros

Hoje, dia 23 de abril, é comemorado o Dia Mundial do Livro, e essa data foi escolhida por marcar a morte de três grandes escritores: o inglês William Shakespeare (Hamlet – 1847), o espanhol Miguel de Cervantes (Dom Quixote – 1605) e o peruano Inca Garcilaso de La Vega (Comentários Reais – 1609)

A literatura e o cinema possuem um relacionamento longo, afinal todo começo de uma produção audiovisual exige um roteiro e uma história a ser contada. Usando livros como fonte, muitas vezes o cinema incentivou a leitura e vice-versa. 

E é pensando nessa relação íntima que trouxemos três filmes que você provavelmente não sabia que são adaptações de livros.

Coração de Tinta (2008)

O filme é a adaptação do primeiro livro da trilogia Mundo de Tinta e conta história de Mo Folchart (Brendan Fraser) e sua filha Meggie (Eliza Bennett) conectados pela paixão pela leitura que Mo, que além de amar ler é encadernador de livros, sempre estimulou em sua filha que se tornou apaixonada por livros de fantasia.

O que Meggie não sabe, é que seu pai consegue trazer a vida personagens dos livros que lê em voz alta, porém, sempre que um personagem é trazido ao nosso mundo, uma pessoa real é inserida no livro lido. 

O que acontece quando Meggie tinha três anos, e sua mãe é sugada para dentro do livro Coração de Tinta(2003) e desde então, Mo viaja o mundo atrás de outra cópia do livro para salvar sua esposa… mas se a esposa de Mo entrou, alguém saiu.

Foto: reprodução/Rolling Stone

A trilogia Mundo de Tinta conta com os seguintes volumes: Coração de Tinta, Sangue de Tinta (2005) e Morte de Tinta (2007) e teve seu primeiro volume, que dá o nome ao filme, lançado no ano de 2003 pela escritora Cornelia Funke.

A autora alemã é formada em pedagogia e trabalhou por três anos como assistente social, tendo muita influência em seu trabalho na literatura. 

Onde assistir: Amazon Prime

Entrevista com o Vampiro (1994)

O filme, com o elenco de peso composto por Tom Cruise, Brad Pitt e Antonio Banderas, é baseado no livro de terror gótico de mesmo nome da escritora Anne Rice, o livro teve sua primeira edição lançada em 1976!

No longa, que se passa nos anos 1990, acompanhamos um jornalista entrevistar um jovem que afirma ser um vampiro que deseja narrar sua vida nos últimos 200 anos. Ao decorrer da entrevista, conhecemos Louis (Brad Pitt) que perde sua mulher durante o parto, e com ela sua vontade de viver. É então que Lestat (Tom Cruise) entra em sua vida, o transformando em vampiro e ensinando-o a como lidar com sua nova vida.

Foto: reprodução/LiteralMente

Anne escreveu o livro logo após a morte da sua filha. Isso serviu como inspiração para a personagem Cláudia (interpretada por Kirsten Dunst). O livro se tornou o começo do que ficou conhecido como Crônicas Vampirescas que conta com outros dois livros chamados respectivamente O vampiro Lestat (1985) e Rainha dos Condenados (1988).

E você, sabia que o filme veio de um livro?

Onde assistir: Amazon Prime

A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971)

Sim, é baseado em um livro! O livro é escrito pelo escritor galês Roald Dahl, lançado em 1964, e foi originalmente inspirado na experiência de Roald durante sua infância com empresas de chocolate. Algumas dessas empresas costumavam enviar pacotes de testes aos alunos em troca de feedbacks dos produtos.

Na década de 1920, os maiores fabricantes de chocolate da Inglaterra costumavam tentar roubar segredos comerciais enviando espiões (aqueles que o wonka não gostava!) que se passavam por funcionários, o que fez as empresas adotarem uma proteção gigantesca com seus processos. 

Junte isso com um maquinário gigante e diferentes, e pronto, temos um dos clássicos da literatura infantil!

Foto: reprodução/TechTudo

Em ambos os filmes, acompanhamos a jornada de Charlie Bucket, interpretado por Peter Ostrum em 1971 e Freddie Highmore em 2005.

Charlie, um menino pobre, encontra o sonhado bilhete dourado, que garante uma tour pela fábrica que não era visitada há muitos anos e fornecimento gratuito de chocolate pelo resto da vida.

Ao todo, temos cinco chocolates com bilhetes premiados distribuídos por todo o mundo. O primeiro a descobrir um deles foi Augustus Gloop, um jovem comilão, seguido de Veruca Salt, uma menina mimada.

Logo depois, testemunhamos a conquista do prêmio pela Violet Beauregarde, uma garota arrogante e vaidosa.

O próximo a garantir um dos bilhetes é Mike Teavee, um garoto briguento e mal-humorado.

Por fim, o último a encontrar o valioso bilhete é Charlie. No entanto, embora quase o tenha vendido para uma senhora, o dono da loja de doces intercede e manda a mulher embora.

Onde assistir: Max

 

Você sabia que esses filmes nasceram de livros?

Quais outros você conhece? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais – Face, Insta e X – e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

 

Texto revisado por Doralice Silva

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Entretenimento Livros

Celebrando identidades: livros essenciais de escritores indígenas

Vamos explorar juntos a diversidade e a profundidade dos escritores indígenas, dando voz e visibilidade a seus talentos e contribuições!

Acessar riqueza da literatura indígena é mergulhar em narrativas ancestrais que ecoam séculos de história, tradição e sabedoria. 

Pensando nisso, o Entretê apresenta uma seleção de cinco obras imperdíveis de escritores indígenas, um convite para adentrar universos literários genuínos e essenciais. 

Ay Kakyri Tama: Eu Moro Na Cidade — Márcia Wayna Kambeba
Foto: reprodução/O Liberal

 

Em Ay Kakyri Tama (eu moro na cidade, em tupi-kambeba) a autora constrói uma ponte entre sua origem indígena e a vida em Belém do Pará, apresentando a história de seu povo e sua luta em poesias e imagens repletas de emoção e verdade. 

Márcia nos apresenta a cultura da etnia Omágua/Kambeba através do seu próprio olhar, através da sua poesia a escritora nos convida a desconstruir pré-conceitos enraizados em nossa sociedade quanto aos povos originários.

A Chave do Meu Sonho (ou como um parafuso frouxo me fez encontrar a chave e o sonho) — Daniel Munduruku
Foto: reprodução/Portal Lunetas

 

O livro é uma comemoração aos 25 anos de literatura do escritor, é da Nação Munduruku, formado em filosofia e mestre em Antropologia Social pela USP.

Na obra, Munduruku conta a história do terceiro filho do cacique, que cresce sem perspectiva de assumir o papel de líder político de seu pai, mas pensa em se tornar o líder espiritual de sua aldeia.

O jovem cresce vendo seus irmãos sendo treinados para a guerra, enquanto ele nasce com o destino apontado para o mundo dos pajés, o que pode ser uma bênção ou uma maldição.

Daniel nos transporta para uma trilha de sonhos e viagens em meio aos segredos e mistérios da existência de um jovem indígena em sua aldeia.

Canumã: a travessia — Ytanajé Coelho Cardoso
Foto: reprodução/ A crítica

O romance de estreia de Ytanajé, que possui graduação em Letras e mestrado em Letras e Artes pela Universidade do Estado do Amazonas, além de doutorado em Educação pela Universidade Federal do Amazonas.

Aqui, somos apresentados ao momento delicado que vive seu povo que habita o rio Canumã, na região de Borba–AM na aldeia Kwatá. 

Com a ameaça de extinção da língua Munduruku, o escritor foca na importância dos anciãos, que com suas mortes levam consigo conhecimentos ancestrais.

No livro, acompanhamos a luta por uma vida melhor da família Munduruku, que vive na aldeia Kwatá e precisa se mudar para a sede do município, mas antes que possam sair de sua aldeia, ouvem histórias de anciões, aqueles que são os verdadeiros narradores das histórias da aldeia.

“Ester Cardoso, moradora do rio Canumã e que celebrou 100 anos de vida na semana passada, é uma das poucas a falar a língua de sua tribo no Amazonas. Tudo isso tem se perdido ao longo do tempo e não tem sido documento como deveria”, conta o autor.

Pequenas Guerreiras — Yaguarê Yamã
Foto: reprodução/Itaú Social

Ozias Glória de Oliveira Yaguarê Yamã é escritor, ilustrador, professor e líder indígena. Nasceu no estado do Amazonas e é filho do povo maraguá e descendente do povo sateré-mawé.

Formou-se em Geografia pela Universidade de Santo Amaro — UNISA, em São Paulo, onde lecionou no ensino público e iniciou a carreira de escritor, na companhia dos amigos e escritores indígenas Daniel Munduruku e Renê Kithãulu.

Yaguarê traz a história de cinco meninas em seu livro, todas são filhas das amazonas, lendárias guerreiras indígenas que deram o nome ao estado homônimo no Norte do Brasil. 

Um dia, elas vão brincar no lago Espelho da Lua, no rio Nhamundá, porém, são surpreendidas por homens da aldeia inimiga. O que eles não sabiam é que as cinco filhas de guerreiras não trazem o medo em seu vocabulário.

Cidade das Águas Profundas — Marcelo Manhuari Munduruku
Foto: reprodução/Itaú Cultural

Marcelo nos apresenta a Urebu, que descansa em frente a sua casa assim como faz todas as tardes ao acompanhar o Sol se pôr. 

Um dia, porém, dois homens aparecem e convidam Urebu a passear por uma cidade muito especial, a Cidade das Águas Profundas, onde Urebu é apresentado a um mito indígena muito misterioso.

Professor e escritor, Manhuari fala como a literatura indígena pode ser instrumento para a criação de uma nova mentalidade sobre o que é ser indígena no Brasil.

E também sobre a importância de começar essa mudança na infância, para que as crianças já cresçam livres de preconceitos.

 

 

Você conhecia algum desses autores? Conta pra gente! E não deixe de acompanhar o Entretê nas redes sociais — Face, Insta e Twitter — e ficar por dentro das notícias dos mundos da Cultura Latina, Pop, Turca e Asiática!

Leia também: Cinco personalidades indígenas para começar a acompanhar hoje

Texto revisado por Thais Moreira

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XV Festival de Cinema da Fronteira divulga programação

Totalmente gratuito, o festival de cinema é uma celebração da arte cinematográfica que une culturas e atravessa fronteiras.

O evento, inteiramente gratuito, promete enriquecer o cotidiano com uma ampla gama de atividades cinematográficas e artísticas, começando em 23 de abril em Livramento(RS) e Rivera (Uruguai), e seguindo de 24 a 27 de abril na histórica cidade de Bagé(RS), com expansão para a Fronteira da Paz durante a semana.

Uma programação abrangente está disponível no site festivaldafronteira.com.br e no Instagram do evento.

O embrião desse festival remonta a 2009, quando surgiu como uma modesta mostra de curtas, organizada por voluntários do recém-revitalizado Centro Histórico Vila de Santa Thereza, em Bagé(RS). 

Ao longo dos anos, tornou-se uma referência no calendário cultural latino-americano, atraindo apoio e reconhecimento de diversos setores.

A cada edição, o Festival Internacional de Cinema da Fronteira se fortalece como uma vitrine da diversidade e excelência do cinema regional e internacional.

Nomes consagrados e talentos emergentes se encontram nesse palco, celebrando a sétima arte e suas infinitas possibilidades. 

Design: Divulgação/Léo Lage
A programação de 2024

A programação deste ano é repleta de atrações: sete longas em competição, sessões especiais, dezenas de curtas-metragens, apresentações musicais, debates e oficinas.

Destaque também para o III Mercado Sur Frontera WIP LAB, uma oportunidade imperdível para profissionais da indústria audiovisual.

  • 23/04 (TER) – SANT’ANA DO LIVRAMENTO-RS 

9h30min – Abertura Fórum Audiovisual & Turismo | Auditório da ACIL | Autoridades e convidados;

10h – Turismo Cinematográfico: O Papel das Film Commissions | Auditório da ACIL;

Convidados: Nathália Körössy (UFPE), Christiano Braga (Embratur), Joana Braga (POA Film Commission) | Mediação: Sofia Ferreira (Iecine RS);

11h – Destinos de Cinema: O Audiovisual Promovendo o Turismo |  Auditório da ACIL | Convidados: Paulo Senise (Rio Convention), Maria Angela de Jesus (Paramount), Viviane Maciel (Mesa Binacional de Turismo), Santiago Esteves (Ministério de Turismo Uruguaio) | Mediação: Zeca Brito (FICF);

15h – Experiência Imersiva Caminos del Mercosur (convidados).

  • RIVERA-UY

14h30min – Mostra Competitiva de Curtas-metragens de Animação – Sessão 1 | UTEC – Rivera;

16h – Mostra Competitiva de Curtas-metragens de Animação – Sessão 2 | UTEC – Rivera;

19h – Sessão Especial: Longa-metragem Partido (2023) Dir. César Charlone, Sebastian Bednarik, Joaquim Castro –  | UTEC – Rivera 100 min.

Foto: Divulgação/Partido (2023), de César Charlone, Sebastian Bednarik e Joaquim Castro
  • BAGÉ-RS

14h30min – Sessão Especial Flávio Bauraqui: Longa-metragem Pureza (2019) Dir. Renato Barbieri (sessão com recursos de acessibilidade) | CHVST 101 min.

  • 24/04 (QUA) – BAGÉ-RS

9h – Cerimônia de Abertura | CCPW;

10h – Sessão Especial Lucrecia Martel: curta-metragem AI (2019) + longa-metragem Zama (2017) | Cine 7 115 min;

11h – Sur Frontera: Cabine WIP | CHVST;

14h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: A Transformação de Canuto (2023) Dir. Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho | Cine 7 130 min;

14h30min – Sur Frontera;

16h – Mostra Competitiva Regional de Curtas-metragens – Sessão 1 | CHVST.

18h – Mostra Competitiva Internacional de Curtas-metragens – Sessão 1 | CHVST;

20h – Aula Magna com Lucrecia Martel | CHVST.

  • SANT’ANA DO LIVRAMENTO-RS

10h – Mostra Fronteirinha: Longa-metragem Placa Mãe (2023) Dir. Igor Bastos | Escola Estadual Rivadávia Corrêa 105 min.

Foto: Divulgação/Placa Mãe (2023), de Igor Bastos
  • 25/04 (QUI) – BAGÉ-RS

9h – Sur Frontera;

10h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: O Estranho (2023) Dir. Flora Dias, Juruna Mallon | Cine 7 107 min;

11h – Coletiva de Imprensa com Lucrecia Martel | CCPW;

14h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: Las Cosas Indefinidas (2023) Dir. María Aparicio | Cine 7 81 min;

15h – Sur Frontera: Cabine WIP | CHVST;

16h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: Penal Cordillera (2023) Dir. Felipe Carmona | Cine 7 105 min;

17h – Experiência Imersiva Caminos del Mercosur (convidados);

19h – Sessão Especial: Longa-metragem Inventário de Imagens Perdidas (2023) Dir. Gustavo Galvão | IFSul – Campus Bagé 77 min;

21h – Conexiones Sur Frontera.

  • SANT’ANA DO LIVRAMENTO-RS

10h – Mostra Fronteirinha: Longa-metragem O Sonho de Clarice (2023) Dir. Fernando Gutierrez, Guto Bicalho | Escola Estadual Rivadávia Corrêa, 83 min.

  • 26/04 (SEX) – BAGÉ-RS

9h30min – Sur Frontera;

10h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: Seu Cavalcanti (2023) Dir. Leonardo Lacca | Cine 7 78 min;

11h – Coletiva de Imprensa com Flávio Bauraqui | CCPW;

14h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: La Otra Memoria del Mundo (2023) Dir. Mariela Pietragalla | Cine 7 69 min;

14h30min – Sur Frontera;

16h – Mostra Competitiva Internacional de Longas-metragens: O Diabo na Rua no Meio do Redemunho (2023) Dir. Bia Lessa | Cine 7 127 min;

18h – Mostra Competitiva Internacional de Curtas-metragens – Sessão 2 | CHVST;

19h30min – Homenagem a Flávio Bauraqui | CHVST;

20h – Mostra Competitiva Regional de Curtas-metragens – Sessão 2 | CHVST;

21h30min – Show: Clarissa Ferreira com Ana Matielo e Emily Borghetti | CHVST;

  • 27/04 (SÁB) – BAGÉ-RS

10h – Sur Frontera – Pitching | CHVST;

15h – Sessão Especial Flávio Bauraqui: Curtas-metragens O bolo (2010), Como as nuvens são (2011), Ninjas (2011) | CHVST;

16h – Sessão Especial Lucrecia Martel: Longa-metragem La Mujer Sin Cabeza (2008) | CHVST 87 min;

20h30min – Homenagem à Lucrecia Martel | CHVST;

21h – Cerimônia de Premiação | CHVST;

Participações especiais: Julieta Laso, Rita Zart, Carlos Gerbase;

23h – Show: Alê & Claudinho | CHVST.

O poder do Cinema Nacional

O Festival Internacional de Cinema da Fronteira é um exemplo vivo do poder transformador da arte e da cultura.

Em um mundo cada vez mais online, eventos como esse reafirmam a importância do diálogo e da colaboração transfronteiriça na construção de um futuro mais justo e inclusivo para todos. 

O Entretê deseja que essa celebração da criatividade e diversidade continue a inspirar e unir comunidades por muitos anos!

Se você estiver na região ou puder viajar, não perca a oportunidade de vivenciar esse momento único de encontro e celebração da sétima arte na fronteira do Brasil com o Uruguai.

O XV Festival Internacional de Cinema da Fronteira promete ser uma experiência inesquecível para todos os amantes do cinema e da cultura!

Foto: Divulgação/Lucas Fialho

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Leia também: 33º Edição do Festival Curta Cinema começa nesta quarta

Texto revisado por Thais Moreira

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