Criaturas fantásticas, mistérios, romances e muita brasilidade. Conheça estas escritoras brasileiras dedicadas à fantasia
A presença de bruxas, fadas, vampiros, magos, dragões e criaturas mágicas são apenas alguns dos elementos que caracterizam uma obra de fantasia. A literatura fantástica, que traz histórias sobrenaturais e surreais, é um sucesso entre diferentes gerações.
Sagas de livros como Harry Potter (1997-2007), de J.K. Rowling, O Senhor dos Anéis (1954-1955), de J.R.R. Tolkien, e As Crônicas de Gelo e Fogo (1996-2011), de George R.R. Martin, atraem milhares de leitores fascinados pelos universos construídos pelos autores.
A origem deste tipo de literatura é incerta, mas é provável ter surgido entre os séculos 18 e 19. Mary Shelley, escritora britânica, foi uma das primeiras mulheres a ganhar fama com livros do gênero ao publicar Frankenstein em 1818. No Brasil, diversas autoras também exploram o gênero e ainda trazem vários aspectos da nossa cultura em suas obras.
Confira a seguir cinco autoras brasileiras de fantasia!
Paola Siviero
Natural de Belo Horizonte, Paola Siviero cresceu no interior de São Paulo e tem dois livros publicados: O Auto da Maga Josefa (2021) e A Lenda da Caixa das Almas (2023), ambos pela editora Gutenberg. No primeiro, ela conta a história de Toninho, um caçador de demônios que persegue inúmeras criaturas que vivem no sertão, como múmias, vampiros e chupa-cabras.
O segundo, por sua vez, narra a trajetória de Otto e Theo, que vivem em um mundo em que, assim que se atinge a maturidade, cada indivíduo recebe um animal que o acompanhará para sempre. Um dia, os irmãos saem para uma caçada na Floresta Sombria, mas apenas um retorna.
Giu Domingues
Giu Domingues é a mente por trás da Duologia Boreal (2023), uma fantasia sáfica e eletrizante. Em Luzes do Norte (2022), o leitor conhecerá a cidade misteriosa e gelada de Nurensalem, repleta de ursos amedrontadores, florestas nevadas e intrigas políticas.
Neste contexto, somos apresentados a Dimitria Coromandel, caçadora habilidosa contratada para proteger Aurora Van Vintermer, herdeira de uma família abastada. A autora ainda publicou a continuação, Sombras do Sul (2022), e o livro Canção dos Ossos (2024), uma releitura sáfica de O Fantasma da Ópera (1909).
Carol Chiovatto
Carol Chiovatto é escritora, tradutora e finalista do Prêmio Jabuti 2021. Porém Bruxa (2023), seu romance de estreia, explora o cotidiano de Ísis Rossetti, bruxa que trabalha como monitora responsável por atividades sobrenaturais na cidade de São Paulo.
Embora saiba que não pode se envolver em problemas humanos, ela não consegue evitar ajudar pessoas em situações de perigo. Em meio a acontecimentos estranhos e casos policiais similares, ela terá que enfrentar antigos traumas e lidar com o poderoso Corregedor.
Fernanda Castro
Fernanda Castro mora em Recife e tem três livros publicados. O Fantasma de Cora (2022) se passa na cidade de Portomar, local em que vive Coralina, jovem romântica que sonha em se casar. No entanto, ela morre pouco depois da noite de núpcias. É então que sua prima Francine, que acabou de chegar na cidade, decide buscar as causas da morte repentina.
Mariposa Vermelha (2023) conta a história de Amarílis, jovem que convoca um demônio para se vingar do responsável pela derrocada de sua família. Porém, a tarefa não será tão simples quanto ela imagina e precisará superar seus medos em sua busca por justiça.
Maria Freitas
Maria Freitas é autora de livros com protagonismo LGBTQIAP+ e vencedora do prêmio Mix Literário em 2020. Emma, Cobra e a Garota de Outra Dimensão (2024) é uma fantasia com super-heróis que se passa no interior de Minas Gerais e tem protagonismo não-binário.
Emma e Cobra são melhores amigos, mas estão passando por um momento turbulento desde que se beijaram. Um dia, um meteoro cai na pequena cidade onde vivem, dando aos dois poderes sobrenaturais.
Cobra consegue ler mentes, enquanto Emma escuta uma voz incomum vindo de sua parede. A voz, na verdade, é de Trix, garota que veio de outra dimensão – dimensão esta que está ameaçada por um presidente e uma pandemia.
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Texto revisado por Angela Maziero Santana