Em meio a figurinos lindos e cenários incríveis, as mulheres dessas produções lutam por sua emancipação
Imaginar como seria viver em épocas passadas, quando se é mulher, significa pensar em uma vida certamente mais restrita, com menos direitos e liberdades. Porém, também significa pensar nas mulheres que lutaram para que a realidade dos dias de hoje seja um pouco melhor do que a de décadas atrás.
Pensando nessa importância, fizemos essa lista apresentando algumas séries que, de Madri ao Rio de Janeiro, passando por Nova York e Marrocos, abordam a busca feminina, nas mais diversas vivências e contextos, por emancipação.
As Telefonistas
Em As Telefonistas, um grupo de quatro amigas, funcionárias de uma grande companhia telefônica, enfrenta a machista Madri dos anos 1920. Numa época em que o voto feminino não era permitido e as mulheres brancas ainda eram criadas para viverem como donas de casa, essas mulheres trabalhadoras enfrentam diversos obstáculos para adquirirem sua liberdade. Abordando a violência marital e pais controladores, a série toca ainda em temas como a descoberta da sexualidade e de identidades de gênero.
O Tempo Entre Costuras
Depois de trabalhar desde a infância como costureira ao lado de sua mãe, Sira Quiroga sai de Madri para viver com o homem que ama em Marrocos. Porém, nem tudo sai como o planejado e ela precisa aprender a se virar no novo país enquanto espera a guerra civil espanhola acabar. Adaptada do livro homônimo, a série, que traz vários personagens reais, explora os detalhes da política europeia durante os anos 30 e na Segunda Guerra Mundial, apresentando a atuação feminina determinante sob diversos aspectos dessas relações políticas.
The Marvelous Mrs Maisel
A partir de um divórcio, Midge, filha de pais conservadores que a criaram para ser uma dona de casa, acaba se descobrindo uma artista, mais especificamente, comediante. Em The Marvelous Mrs Maisel, em meio aos cenários e figurinos belíssimos da década de 50, os espectadores acompanham a jornada de Midge no meio do stand up norte-americano, tão masculino e restrito.
Coisa Mais Linda
A prima brasileira de As Telefonistas, Coisa Mais Linda, ambientada no Rio de Janeiro da Bossa Nova, na década de 60, traz, para além de uma linda fotografia, quatro amigas em busca de liberdade. Unidas por meio da arte, em especial, da música, as quatro enfrentam o machismo à brasileira, unido ao racismo estrutural e ao preconceito de classe. Das favelas à Zona Sul, a série mostra os desafios vividos pelas mulheres brasileiras da época, alguns permanecentes nos dias de hoje.
45 RPM
E já que estamos falando de música nos anos 60, que tal uma viagem à Madri? Em 45 RPM, Guillermo, produtor de uma grande gravadora, com a ajuda da assistente Maribel, lança a carreira de Robert, aspirante a cantor de rock. A série, que mistura leveza e momentos de tensão, apresenta, permeada por uma montagem muito interessante, a busca de Maribel por sua paixão profissional e independência financeira e emocional. Além disso, mostra diversas perspectivas da cadeia musical, desde a composição e a produção, até a montagem de palco e a relação com a imprensa.
Mad Men
É claro que a super premiada Mad Men não poderia ficar de fora dessa lista, uma série que, com um elenco de peso, diálogos impecáveis e muito drama, aborda o cotidiano das agências de publicidade da Nova York dos anos 60. Com personagens femininas diversas, trabalhadoras, donas de casa, solteiras, prostitutas, artistas, entre outras, a série mostra suas vivências variadas ao longo da década de 60 e 70 nos Estados Unidos, permeada por revoluções sociais e culturais marcantes.
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* Crédito da foto de destaque: Reprodução/ Cena de Mad Men