A edição de 2021 da editora Camelot traz uma capa em tons de azul e preto, além de ser ilustrada por Rubens Martim.

Resenha | Vinte Mil Léguas Submarinas segue sendo um clássico da ficção científica moderna

Publicado pela primeira vez em 1869, o livro é cheio de mistérios e aventuras pelos diversos mares do mundo

 

Vinte Mil Léguas Submarinas, livro do autor Júlio Verne (também conhecido como Jules Verne), é um dos clássicos da ficção científica moderna. Foi publicado em forma de série na revista francesa Magasin d’Éducation et de Récréation, entre março de 1869 e junho de 1870. A primeira edição ilustrada foi publicada em novembro de 1871 contendo 111 ilustrações criadas pelos ilustradores Alphonse de Neuville e Édouard Riou.

Edição:

A edição de 2021 da editora Camelot traz uma capa em tons de azul e preto, além de ser ilustrada por Rubens Martim. Os capítulos contam com ilustrações originais de Édouard Riou, as folhas dos livros são em tons de cinza, ajudando a evitar o cansaço visual e transparência de uma figura ou texto no verso da folha. Ao todo, é uma edição simples mas bonita.

Sobre a obra:

O livro conta a história de um cientista e professor francês chamado Aronnax, que tem curiosidade e sempre comenta os estranhos avistamentos de um ser maligno que já derrubou vários navios pelos mares, move-se muito rápido, joga água para cima e provavelmente é enorme. 

Devido ao medo que a população está tendo, o governo estadunidense aciona uma expedição para procurar a criatura. Convidado para participar representando a França, Aronnax aceita e leva consigo Conseil, seu funcionário. No navio eles conhecem Ned Land, um canadense famoso por sua habilidade com o arpão.

Ao encontrarem o ser estranho, ele ataca o navio em que Aronnax, Conseil e Ned Land estavam e os três caem no mar. Para se salvarem, eles se seguram na criatura, que depois descobrem ser o grande Náutilus, um submarino construído com dinheiro e peças desviadas.

O capitão de Náutilus se chama Nemo, um homem amargurado que jura nunca mais voltar para a superfície, a tripulação do submarino também nunca mais volta para a terra. Nemo permite que Aronnax e seus companheiros fiquem no submarino, porém eles nunca mais podem deixar a embarcação e terão que viver excluídos e escondidos do mundo para sempre. E assim começa a viagem pelos mares, onde eles descobrem coisas nunca vistas antes e passam por lugares inacreditáveis.

A leitura:

É um livro que tem muitos mistérios e aventuras, mas o ritmo da história pode ser um pouco difícil e o leitor vai precisar prestar atenção em detalhes sobre espécies de flora e fauna marinha, além de cálculos matemáticos feitos pelo personagem Aronnax.

Por Júlio Verne ter sido um estudioso atento às publicações científicas, ele acerta muito nas informações que escreveu no livro, por exemplo, a forma como Náutilus foi construído ainda tem muita coisa em comum com a construção de submarinos de hoje em dia.

Sobre o capitão Nemo, ele é um personagem que não temos muito acesso a sua vida passada, então ele permanece misterioso e isso na história em si, se torna um ponto forte. Em geral, o livro é muito bom, pode ser cansativo em algumas partes devido aos grandes diálogos, mas vale a leitura!

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*Crédito da foto de destaque: divulgação/Camelot

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