A tour tem início na Casa de Apostas Arena Fonte Nova
“Tempo e espaço navegando todos os sentidos.” Esse é um dos trechos da canção escolhida por Gilberto Gil para dar nome à sua última turnê — Tempo Rei —, que passará por dez cidades do Brasil. O show de estreia acontecerá no próximo sábado, dia 15 de março, em Salvador, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. Ainda restam poucos ingressos disponíveis para o primeiro show, que podem ser adquiridos no site.
Quando Gilberto Gil compôs Tempo Rei, em 1984, ele propunha uma resposta à canção Oração ao Tempo (1979), de Caetano Veloso. Enquanto a música do seu conterrâneo (e contemporâneo) surge com uma ideia de que o tempo e aquele que o inventou desaparecerão, a letra de Gil traz um vago desejo de permanência e transformação. Não à toa, o artista escolheu Tempo Rei para dar nome à sua última turnê.
Gilberto Gil vem amadurecendo a ideia de não realizar mais turnês há algum tempo. É uma reflexão que ele enxerga como natural e a decisão visa diminuir a intensidade de sua agenda. Há também uma mudança de perspectiva: agora menos centrada no plano material e mais próxima à espiritualidade. A turnê Tempo Rei será a experiência de celebrar a ampla obra musical do cantor e compositor baiano, uma trilha sonora enraizada na cultura do país, além de presente no DNA de todo brasileiro.
O princípio de Gil na música foi com o acordeão (inspirado por Luiz Gonzaga), nos anos 1950. E sua sonoridade foi se moldando ao passo em que outras referências chegaram ao seu alcance. De João Gilberto, da bossa nova a Dorival Caymmi; até que ele se conectasse com o violão — instrumento que abriga as harmonias particulares de sua obra até hoje. Com o passar das décadas, ficou evidente uma unidade muito preciosa no catálogo fonográfico de Gil, com canções que sempre retrataram o país, e uma musicalidade moldada por formas rítmicas e melódicas muito pessoais.

“Foram vários os elementos que ponderei para chegar na decisão da realização de uma última turnê. Houve reflexão sobre este mercado e também sobre a exigência física necessária para esses grandes shows. Quero continuar fazendo música em outro ritmo, mas, antes, teremos essa celebração bonita junto do público e da família. ‘Transformai as velhas formas do viver’”, afirma Gilberto Gil.
“É natural que a gente fale de ‘tempo’ de várias perspectivas e fico pensando em todas as viagens e turnês que fizemos. São 43 anos de estrada, nas quais viajamos o país e o mundo com a música de Gil. Nos últimos anos, traduzimos a carreira dele em audiovisual, em plataformas multidisciplinares e, agora, levamos essa história completa para o palco para uma última turnê de grandes proporções”, adiciona Flora Gil, diretora da Gege Produções.
Com direção artística de Rafael Dragaud, direção musical de Bem Gil e José Gil, e acompanhado por uma mega banda composta por Bem Gil (guitarra/baixo), José Gil (bateria), João Gil (guitarra/baixo), Nara Gil (voz), Mariá Pinkusfeld (voz), Diogo Gomes (sopro), Thiago Oliveira (sopro), Marlon Sete (sopro), Danilo Andrade (teclado), Leonardo Reis (percussão), Gustavo Di Dalva (percussão), Mestrinho (sanfona) e ainda um quarteto de cordas, Gilberto Gil fará uma apresentação que celebrará de forma imersiva e sensorial a entidade mais intrigante da experiência humana: o tempo.
Lembrando que, para Gil, o tempo é simplesmente o AGORA. E esse é o convite e a proposta do artista: embaralhar as cartas de sua própria história e viver junto com seu público um espetáculo que o Brasil e o mundo irão guardar para sempre na memória.
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Texto revisado por Cristiane Amarante